O acordo firmado no último dia 28 de junho entre os países do Mercosul e os da União Europeia ainda deve levar algum tempo para sair efetivamente do papel.
Entretanto, há algumas previsões para o setor automotivo que já podem ser adiantadas.
O presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Luiz Carlos Moraes, acredita em uma competitividade saudável para o setor.
“Agora temos data para que o governo e a sociedade ataquem o Custo Brasil e melhorem nossa competitividade, pois iremos ingressar num jogo global de competição, repleto de oportunidades”, disse.
Assim que o acordo for referendado por todos os países, o que deve levar mais de dois anos, entrará em vigor no setor automotivo um regime de cotas, no qual 32 mil unidades de automóveis poderão entrar no Brasil com Imposto de Importação de 17,5%.
Acima dessa cota, a alíquota será mantida em 35% por sete anos. No oitavo ano, o imposto cai para 28,4%, com reduções anuais (21,7%, 15%, 12,5%, 10%, 7,5%, 5% e 2,5%), até o livre comércio total no 16º ano do acordo.
O contrato prevê ainda um índice de regionalização (componentes originados nos dois blocos) de 55% para veículos e de 50% para autopeças.
E também a redução gradual de impostos para autopeças importadas, até zerar num prazo de 10 anos (15 anos para itens de maior complexidade, como motores).
Moraes afirmou ainda que o acordo deve ser encarado de uma maneira ampla, pensando em todos os setores da economia envolvidos no intercâmbio.
“Esse acordo histórico vai gerar empregos, maior fluxo comercial e crescimento do PIB, por isso vai trazer benefícios e oportunidades para toda a cadeia produtiva, inclusive a automotiva”, declarou.
“A partir de agora, o novo cenário de integração comercial já entra no radar do planejamento estratégico de todas as montadoras que atuam nesses dois blocos comerciais”, concluiu Moraes.
Mercosul
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