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Avaliação: Confira o que vender para os donos do bem equipado Geely EC7

Dona da Volvo e já considerada uma das grandes montadoras do mercado automotivo mundial, a Geely chega ao mercado brasileiro disposta a provar que não está brincando. Pelas mãos do experiente grupo Gandini, que fez da coreana Kia a marca importada mais vendida no país, a montadora chinesa se mostra disposta a acabar com a má fama dos veículos fabricados naquele país no mercado brasileiro.

Por isso, caprichou no projeto, está tomando todo cuidado com a montagem de rede de revendas e escolheu dois veículos para ponta de lança, um sedan médio e um compacto que prometem dar trabalho aos rivais. A proposta é de oferecer veículos de qualidade, bem equipados, seguros e confiáveis, por valores altamente competitivos.

O primeiro a chegar ao mercado é o sedan médio EC7, que segundo a Geely Motors do Brasil já tem até fila de espera para entrega. No próximo mês é a vez do sub-compacto GC2, conhecido como Panda em muitos mercados onde já é vendido, cujo desempenho junto ao público também promete ser positivo.

Como já publicamos, a empresa estuda a possibilidade de uma fábrica local, mas até que isso aconteça, seus produtos serão montados no Uruguai em sistema de CKD, o que permite tirar vantagem das regras do Mercosul, sem a carga do IPI salgado a que precisa de se submeter a maioria dos outros importados.

Dois outros modelos da Geely também são montados na mesmas instalações no Uruguai: o SUV EX7 e o GX2, versão Cross do EC2. A Geely do Brasil já testa o GX2, dotado de motor 1.5, mas não se manifesta sobre o EX7, que pode ser uma surpresa reservada para o stand da empresa no Salão do Automóvel.

Avaliação

Para conhecer melhor a proposta da Geely e avaliar em primeira mão os veículos que ela está colocando no mercado, a equipe da AutoMOTIVO foi convidada para ir a Itu, no interior do estado de São Paulo, onde fica a sede da marca no Brasil.

O primeiro a ser avaliado foi o EC7, que chega às ruas brasileiras este mês. O sedan de porte médio é o carro mais vendido da Emgrand, divisão premium da marca, tem boas avaliações no Exterior e aqui chega com o competitivo preço de tabela de R$49,9 mil reais em versão única e bem equipada.

Seu principal alvo devem ser os consumidores de outros sedans de porte similar, como o Honda Accord e o Toyota Corolla, mas em função do preço e dos bons atributos ele deve também deve chamar a atenção dos consumidores de outros sedans mais compactos, como o Honda City e o Fiat Linea, por exemplo.

O carro oferece bastante espaço interno, acabamento interno e externo de bom nível e bom desempenho. No que diz respeito à segurança, o EC7 não foge da regra, com freios a disco nas quatro rodas, dois airbags frontais, ABS e EBD Bosch, além de cintos de segurança de três pontos pré-tensionados e chega bem avaliado, com quatro estrelas no exigente teste Euro NCAP.

O pacote mecânico também é bem equilibrado, como um motor 1.8 de 16 válvulas e um eficiente câmbio com cinco marchas bem escalonadas. Embora por enquanto o motor só aceite gasolina, no segundo semestre deve estar disponível também uma versão flex, com equipamento desenvolvido pela Delphi.

Equipamentos e oportunidades

 

O EC7 chega ao mercado com um pacote de equipamentos bastante completo, que inclui vidros elétricos nas quatro portas com acionamento de um toque na do motorista, retrovisores com controle remoto elétrico, travas elétricas nas quatro portas, sensor de estacionamento traseiro, ar-condicionado digital automático, direção hidráulica, coluna de direção com regulagem de altura, computador de bordo, destravamento remoto do porta-malas, tomada para equipamentos 12V no painel e retrovisores com lanternas incorporadas.

A relação continua com banco do motorista com apoio lombar regulável, bancos com revestimento em couro ecológico, apoio de braços no banco traseiro com porta-copos, apoios de cabeça para cinco pessoas, espelhos de cortesia com clip para documentos nos para-sóis do motorista e do passageiro, porta-óculos embutido no teto e luzes de cortesia internas separadas para os ocupantes da frente e de trás.

Quando o normal é faltar espaço para instalação de botões de equipamentos opcionais, como por exemplo faróis auxiliares, o sedan da Geely oferece isso em profusão. Outro diferencial mais curioso é a inclusão no painel de um acendedor de cigarros. No entanto, o carro não oferece nenhum cinzeiro.

O sistema de som original com quatro alto-falantes e dois tweeters tem CD player e entradas auxiliar e mini USB frontais para MP3. Fica faltando um bom sistema multimídia com GPS, o que é uma ótima deixa para os varejistas de som e acessórios.

Outro equipamento que faz falta é o módulo anti-esmagamento para os vidros elétricos, que a Geely não oferece nem como opcional. A empresa se mostra aberta a homologar equipamentos dos fornecedores nacionais para suprir essas carências.

Geely GC2

O segundo modelo da Geely a ser lançado no mercado brasileiro será o sub-compacto GC2, que no exterior ganhou o apelido de Panda em função da frente que lembra o charmoso e raro animal chinês devorador de brotos de bambu.

Ele deve começar a ser comercializado no próximo mês, com preço de pouco mais de R$27 mil e um bom pacote de equipamentos, que inclui ar-condicionado, direção hidráulica, vidros, travas e retrovisores elétricos, som, freios ABS e airbag duplo.

Graças à excelente relação custo-benefício, ele promete ser uma opção interessante para quem deseja um veículo ágil para o dia-a-dia nas grandes cidades. O motor é um 1.0, que promete chegar já na versão flex.

Como no caso do EC7, mesmo com um bom pacote de equipamentos ainda sobra espaço para o lojista incrementar o carro: o sistema de som original pode ser substituído por um com recursos multimídia e os vidros elétricos podem ganhar o módulo anti-esmagamento, por exemplo.

Em função do porte e do público-alvo, que tende a ser bem mais jovem que o do seu irmão maior, o GC2 é um bom carro para personalizações de aparência, como envelopamento parcial ou total, aplicação de faixas e apliques, uso de capas de retrovisores, etc.

 

Por: Amadeu Castanho Neto

Fotos: Equipe AM e Divulgação

 

 

fabio codellos

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  • Em relação ao EC7, no que diz respeito ao ascendedor de cigarros, acho o acessório um pouco antiquado, porém ao contrário do que diz a reportagem, é oferecido o cinzeiro, que é entregue no momento da entrega do veículo ao proprietário. Também no console central, tem um cinzeiro para os ocupantes do banco de trás.

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