California T: o retorno do motor turbo à Ferrari

Dependendo da sua idade, talvez você se lembre de algum fato importante que viveu ou que estava acontecendo no mundo no ano de 1987. Uma das coisas que talvez você se lembre é que naquele ano o Brasil, por exemplo, era governado por José Sarney e Nelson Piquet conquistou o tricampeonato de Fórmula 1, superando Nigel Mansell.

No entanto, o que talvez você não se lembre, é que esse foi o último ano que a Ferrari lançou um carro com motor Turbo. Na época, a F40 foi lançada com um motor V8 3.0 litros turbinado de 478 cv, e foi fabricada até 1992, época que a montadora italiana resolveu aposentar esses motores e investir nos propulsores naturalmente aspirados.

 

O tempo passou e a mentalidade das pessoas mudou. Atualmente, a grande discussão sobre a preservação do meio ambiente tem feito as montadoras repensarem seus motores preocupando-se com a emissão de gás carbônico. Sendo assim, 27 anos depois, a Ferrari escolheu seu modelo de entrada para receber o novo motor turbo da marca. Vale lembrar que em 1988 a escuderia Ferrari também utilizou pela última vez os motores turbo na F1, que voltaram nessa temporada com o nome de V6. A Ferrari California T foi a grande atração dos italianos no Salão de Genebra, em março.

Potente

O motor da nova California T é o mesmo usado pela Maserati Quattroporte e Ghibli, um V8, de 3.8 litros com turbocompressor e propulsor capaz de entregar 560 cv de potência a 7.500 rpm e 49% mais torque. Comparada ao modelo anterior, são 70 cv a mais, transmissão automatizada de dupla embreagem e sete marchas, e o sistema de launch control que faz o carro chegar a impressionantes 316 km/h. A máquina não só é mais potente, como também é 15% mais eficiente e 20% menos poluente que a versão anterior.

Novas curvas, a mesma identidade

O design da California T possui farois de LED redesenhados e dianteira inspirados na F12 Berlinetta e para-choques arredondados do clássico modelo de 1950, a 250 Testa Rossa. As tomadas de ar são vistas na frente, uma de cada lado, no capô e nas portas, além da grande “boca” frontal, o que tornou a aparência do conjunto mais “musculosa” e esportiva.

Ainda no exterior, a California T mantém sua capota rígida retrátil que demora apenas 14 segundos para abrir ou fechar. Essa otimização do espaço na hora de remover a capota mantém a qualidade da California de prezar por um bom compartimento de bagagem e amplo espaço interno.

Confortável e cheia de tecnologia

  

Quanto ao interior da California T, pode-se dizer que pouco mudou, o que não é algo necessariamente ruim. A tela sensível ao toque de 6,5 polegadas integrada ao painel antigo e os botões de marcha iguais aos da F12 só deixou mais sofisticado o que já era bom. O volante é “multifuncional” e deixa à mão grande parte dos principais comandos do carro, como botão de partida, setas, farol alto, limpadores de para-brisa e o seletor do modo de condução.

O preço da California T deve continuar US$ 198.190,00, o que a mantém como o modelo de entrada da Ferrari. Confira o vídeo com mais detalhes dessa super máquina:

Por: Laelie Machado

Fotos: Divulgação