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Chinesa Geely estreia no Brasil com sedã médio de R$ 50 mil

A partir de março, a Geely Motors começa a trazer seus carros para o Brasil. Inicialmente será o sedã médio EC7, com preço em torno de R$ 50 mil. Um mês depois, por cerca de R$ 30 mil, será a vez do subcompacto GC2.

Com sede em Itu, no interior de São Paulo, e controlada no Brasil pelo grupo empresarial de José Luiz Gandini (chefão local da Kia), a Geely se autoproclama “a maior fabricante independente de carros da China”, vale dizer, sem dinheiro estatal (como é o caso da Chery).

O EC7, segundo dados da marca, é o único modelo 100% made in China entre os 20 mais vendidos por lá. É o 19º, atrás de 18 carros de marcas ocidentais “puras” ou que operam por meio de joint ventures.

Por enquanto, a Geely monta seus carros no vizinho Uruguai, onde chegam em kits de peças (CKD) à fábrica em que são feitos os caminhões Bongo, da Kia, entre outros. É o que basta para os Geely gozarem de isenção de taxa de importação e de super-IPI no mercado brasileiro. A unidade uruguaia tem capacidade para produzir 20 mil carros por ano; a Geely quer vender 3.500 no Brasil entre março e dezembro (60% do GC2, 40% do EC7). A rede de lojas inicia os trabalhos com 15 unidades, e deve chegar ao final de 2014 com 25 — a maioria no Sul e no Sudeste.
Desde 2010 o grupo Geely (faturamento total em 2012: US$ 24,6 bilhões) é controlador da Volvo. Num futuro ainda indefinido, sua divisão automotiva compartilhará plataformas com a marca sueca (o EC7, por exemplo, será “irmão” do refinado hatch V40). Nada mau para uma empresa que faz carros apenas desde 1997; antes, fabricava geladeiras.
Quanto ao pacote de equipamentos da versão única, o EC7 acerta nos itens normalmente desejados pelo consumidor, mas peca pela falta de uma central multimídia e de navegação por GPS, o que pode ser uma oportunidade para os lojistas montarem kits específicos para o novo sedã. Também faltam controles eletrônicos de estabilidade e de tração (no entanto, o freio é a disco nas quatro rodas). Não há comandos de áudio no volante. O resto, o EC7 tem.
O motor é 1.8, somente a gasolina, de 130 cavalos de potência e 16,9 kgfm de torque. A versão flez só chega em julho. Possui câmbio de cinco marchas, mas falta transmissão automática. O consumo de combustível é um mistério, já que o computador de bordo não mostra e a empresa não divulga os números.
Com informações do UOL
Denise Andrade

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