Comercial entre 4 paredes – Conheça o outro lado da representação realizada através de uma única empresa.

 

 

 

Já a algumas edições temos publicado entrevistas com representantes experientes do setor automotivo e em sua maioria, que trabalham com diversas marcas e nas ruas, visitando as lojas, conhecendo os lojistas e suas necessidades de perto.

Nesta edição, trazemos uma história um pouco diferente, nem por isso, menos importante. Ao contrário, apresentamos uma entrevista com o representante Carlos Piza, que atua na área de compra e venda de acessórios há 23 anos, e conhece os pormenores de um outro lado da profissão – a de representar através de uma única empresa (distribuidora) grandes marcas e conseguir com sucesso atrair o cliente.

Revista AutoMOTIVO – Qual a empresa que você representa e há quanto tempo?
Carlos Piza – Nova Retrosul é a empresa em que atuo há 11 anos.

RA – Sempre atuou em São Paulo, ou já esteve em outros Estados?
Piza – Não. Sempre atuei no Estado de São Paulo. E fortemente na região de São Bernardo na Grande São Paulo, onde cerca de 90% dos lojistas são clientes Nova Retrosul.

RA – O que difere um representante chamado ‘de rua’, do trabalho que você realiza junto à distribuidora?
Piza – O trabalho de rua, do representante que tem sua carteira de clientes e os visita e as vezes trabalha nove horas por dia é muito importante e ainda bastante presente no mercado, mas principalmente em São Paulo, e mais precisamente em São Bernardo, onde atuo fortemente , o trabalho que eu realizo tem sido cada vez mais valorizado por várias questões. A mais importante delas é a facilidade com que o lojista pode fazer seus pedidos e atender sua demanda, sem precisar designar espaço para estoque. Pois nós podemos ter um estoque bem amplo e diversificado para atendê-lo rapidamente.

RA – Na sua opinião, há alguma mudança significativa que ocorreu no modo de trabalho do representante na última década? Principalmente com a entrada de tecnologias como internet, e-mail e etc.
Piza – Sim. Houve uma mudança muito radical, pois antigamente dependíamos de fax, correios e outros modos de envio para as malas diretas e outros tipos de promoções e divulgação. Atualmente, temos à nossa disposição a internet onde se encontra de tudo, sites que em segundos os clientes já estão sabendo de promoções e malas diretas, além de conseguirem fazer pedidos e muito mais. Para o meu trabalho internamente isso melhorou e muito, pois não é preciso que eu esteja fisicamente na loja, pois as tecnologias nos aproximaram o suficiente.

RA – Pode nos definir características específicas do mercado paulistano? 
Piza – É um mercado muito diferenciado em todas as partes, já que estamos tratando da maior cidade do Brasil. Existem clientes exigentes com marcas de produtos, tempo de garantia e outras coisas, mas outros são mais maleaveis e querem um produto simples somente para tocar um cd mp3, por exemplo.

RA – Qual acessório automotivo você considera o top de vendas em SP? Ou ainda, quais os principais produtos comercializados na cidade?
Piza – Kit multimidia. Os principais produtos são: CD’s, DVD’s, alarmes, falantes, modulos de potência, vidros elétricos, travas elétrica e muito mais…

RA – Os grandes lançamentos, normalmente, acontecem em Feiras na cidade de São Paulo. Acredita que essa prática facilita o trabalho do representante de São Paulo? Porquê? 
Piza –  Sim. Facilita não só para São Paulo, mas para todo o Brasil pois às feiras de hoje em dia comparecem empresarios, representantes, lojistas e até consumidores finais de todas as regiões para conhecer os lançamentos.

RA- Há ainda alguma dificuldade, ou algo que os fabricantes poderiam fazer para tornar melhor o trabalho do seu representante? 
Piza – Olha, hoje em dia existem alguns fabricamentes, que frente há alguns clientes (lojistas) com potencial acabam vendendo direto, o que acaba atrapalhando nosso trabalho. Melhor seria, separar verdadeiramente cliente de fornecedor e não ‘atravessar’ o distribuidor. Estamos aqui para atuar como verdadeiros parceiros, mas na atual posição de alguns fabricantes esse trabalho de parceria fica prejudicado.