Um dos destaques da Renault no último Salão do Automóvel em São Paulo foi a pick-up conceito Oroch. Desenvolvida a partir do já bem sucedido SUV Duster apresentou novas referências de materiais e cores, além de capacidade para cinco passageiros e uma série de adaptações para a prática de esportes radicais, no caso o kitesurf. Mas o mais importante, a pick-up é a promessa da Renault de estreia de uma nova categoria entre as pick-ups, que ficará entre as compactas (Strada e Saveiro, por exemplo) e as médias (S10 e Hilux).
Para gravar na memória do consumidor este grande lançamento, a marca apresentou o conceito na cor “branca acetinada”, com detalhes em laranja fluorescente, e equipado com teto panorâmico, racks e santantônio projetado para o transporte de pranchas, sem afetar o espaço da caçamba.
A apresentação também sugeriu que a nova pick-up terá tecnologia empregada, já que dispunha de tecnologia avançada de vídeo, com duas câmeras traseiras externas (com ângulo de visão de 80º a 140º que confere sensação de maior visibilidade) cujas imagens podem ser conferidas na tela multimídia do painel do carro. O sistema é controlado por comando rotativo no console central.
Com a Oroch, a Renault promete a maior altura de pick-up a partir do solo, graças às rodas 255×60 R18. Os bancos possuem tecnologia “Cover Carving Technology” (já utilizada pelo Logan e pelo Sandero 2015), que consiste em uma camada adicional de espuma que permite utilização intensiva, acabamento de melhor qualidade e design exclusivo.
Inspirações e acessórios
Concebido pelo Renault Design América Latina (RDAL), um dos cinco centros de design da marca no mundo, localizado em São Paulo, o modelo é mais uma proposta de estilo.
A parte dianteira valoriza a identidade da marca e desenvolve aspectos explorados anteriormente com o D-Cross Concept, uma reedição do Duster no Salão de São Paulo de 2012. Tanto na dianteira como na traseira, os amplos para-lamas dão robustez e força ao veículo.
Os racks de teto são perfeitamente integrados ao design do veículo e protegem o teto panorâmico de vidro, que proporciona grande luminosidade. O santantônio, equipamento característico das pick-ups, foi especialmente estudado para o transporte de pranchas de kitesurf, permitindo preservar o espaço para a carga na caçamba. O dispositivo oferece proteção ideal para levar equipamentos esportivos.
O painel de instrumentos é equipado com uma tela multimídia que permite ver, em tempo real, as imagens capturadas pelas duas câmeras instaladas na traseira da cabine dupla, na parte externa do veículo. As câmeras são controladas por um comando rotativo, que fica ao lado do passageiro, no console central.
Tanto as cores e os materiais se inspiram em equipamentos usados na prática de esportes aquáticos. Detalhes coloridos, como laranja fluorescente, iluminam o ambiente na tonalidade carbono escuro. O aspecto de algumas peças – o painel de instrumentos, os painéis das portas e dos assentos – lembra o neoprene dos trajes de surfe.
Desenvolvimento brasileiro
“O projeto está em um segmento que não existe. O produto irá inaugurar um novo mercado”, afirmou o presidente da Renault do Brasil, Olivier Murguet. A confiança do comandante da montadora francesa se deve à proximidade com o projeto: o desenvolvimento da pick-up será nacional.
“O Brasil merece uma pick-up feita por brasileiros, para brasileiros, seguindo os conceitos globais, mas atendendo aos anseios do público local”, afirmou o diretor global de veículos comerciais leves da Renault, o indiano Ashwani Gupta, durante o salão.
Porém, o novo veículo não deverá ser restrito ao mercado local. O produto final deve tomar o mesmo caminho do Sandero, feito com foco no Brasil, mas que ganhou o mundo.
Para conseguir êxito na nova empreitada, a Renault descartou algumas decisões. Uma delas foi evitar o lançamento de uma versão da pick-up do Logan, modelo que já existe em outros mercados. Se tomasse essa decisão correria o risco de fracassar, já que, entre as pick-ups pequenas, o domínio é da dupla Fiat Strada/ Volkswagen Saveiro. As duas são donas de 86,5% de participação no segmento.
“Não era o melhor caminho entrar com o Logan pick-up, já que este é um segmento apertado”, reconheceu Murguet. Nesse caso, o objetivo, ao menos para o Brasil fica mais próximo de ser atingido, que é alcançar 8% de participação do mercado até 2016. Hoje, a montadora detém 6,95% das vendas. Se chegar aos 8%, supera a fatia atual da Hyundai e se aproxima da Ford, consolidando-se entre as maiores marcas do país.
Quando ela chega?
O presidente da Renault fez segredos quanto a data de estreia da nova pick-up no mercado. “Chegaremos ao mercado no momento certo, com o produto certo”, ameniza. Já quanto a valores, ele deu mais sinais, afirmando que ela deve ter preços aproximados aos cobrados hoje às versões equivalentes do Duster.
Texto: Denise Andrade
Imagens: Divulgação
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Parabéns pela matéria e meus parabéns a renault pela pick up, muinto linda tenho certeza que cairá no gosto do brazileiro.
Jilvanildo, obrigado
Como em muitas coisas da vida usando nossa inteligência emprestada, há uma fronteira entre o útil e o desnecessário. Quando o assunto é automóveis, esta fronteira é como um mito, uma realidade cultural de natureza extremamente complexa...