Muitos que não são fãs de F-1 mas vivenciaram a época das corridas de Senna nas manhãs de Domingo, sentem até hoje, como se fossem parentes, a perda que o Brasil e o mundo sofreram em maio de 94.
Essa perda também se refletiu na queda do interesse por esse esporte no país. Se estivesse vivo, o automobilismo no geral e suas vertentes com certeza estariam numa melhor situação. Estímulos ao setor automotivo e eventos com certeza organizados por ele estariam se refletindo em todo o mercado, inclusive no de som e acessórios.
Senna corria numa época de ouro da Fórmula 1, quando o piloto era muito mais exigido e com certeza fazia mais diferença no resultado das provas.
Em várias corridas históricas, Senna, mesmo ao volante de um carro muitas vezes inferior, se impunha e deixava claro quem era o melhor. Fatos marcantes e inúmeras vezes surpreendentes marcaram o nome Senna.
UM MITO
Confira abaixo um resumo de fatos e corridas marcantes que transformaram Ayrton Senna num mito:
Era apenas seu primeiro ano na F-1, contratado pela equipe Toleman, largou em 13ª no mítico circuito de Mônaco, um dos mais difíceis do mundo. Sob muita chuva, fez belas ultrapassagens e começou a encostar no líder, o francês Alain Prost. A pilotagem imposta por Ayrton nesta condição extrema era espetacular e a liderança era questão de tempo. Mas a forte chuva foi desculpa para cancelar a corrida na 31ª volta (de um total de 76) questionada até hoje, já que o diretor de prova e ex-piloto Jacky Ickx beneficiou um carro com motor Porsche, marca na qual o belga competia fora da Fórmula 1. Além disso, Ickx não consultou os demais membros da direção de prova para tomar a decisão e nem mesmo a chuva era tão rigorosa quanto no início da prova. Senna terminou em segundo, mas com o gostinho de ser o vencedor e o mundo reconheceu o fato.
Ayrton Senna pilotava sua Lotus, no GP de Portugal, no circuito do Estoril. Antes da partida, o motor do seu carro quebrou e a escuderia teve de fazer a troca, aproveitando o adiamento da largada em função da chuva. Mais uma vez, ele mostrou que dominava a pista molhada como ninguém e conquistou sua primeira vitória na categoria.
No GP da Hungria, Senna vinha em uma ascensão meteórica, mas ainda era um piloto novato. Do outro lado, o também brasileiro Nelson Piquet já tinha dois campeonatos mundiais (1981 e 1983) e defendia a Williams, um dos favoritos ao título daquele ano. Mas nada disso intimidou Senna, que travou um duelo de igual para igual com Piquet. Ayrton garantiu a pole nos treinos. Na corrida, os dois se revezavam na liderança, com ultrapassagens marcantes – como a de Piquet, que entrou para a história, dando um “cavalo de pau” na curva para não levar um X. Piquet venceu a corrida, mas o que ficou marcado no GP foi a corajosa queda de braço.
1987 – O REI DE MÔNACO
Um circuito à parte, no Principado de Montecarlo, este traçado montado em ruas estreitas e desafiadoras sempre provocou a admiração dos expectadores e muito respeito por quem o domina. Uma sequência incrível em nove anos não deixa dúvidas quanto à habilidade de Senna. Foram cinco poles positions (em 1985 e de 1988 a 1991) e seis vitórias (em 1987 e de 1989 a 1993), recorde até hoje. Teria vencido mais uma em 1988 se não fosse um descuido antes de entrar no túnel, já próximo do fim da corrida.
Agora na McLaren, que era a equipe que tinha os dois carros mais equilibrados da temporada, Senna tinha como companheiro de equipe o bicampeão da categoria, o francês Alain Prost. Na largada do GP do Japão, um problema no motor fez com que ele caísse para a 15ª posição, quando precisava da vitória para ser campeão. Acelerando como nunca, foi ultrapassando todos os adversários, até chegar em Alain Prost , logo após uma chuva fina que caía como se tivesse sido enviada para que Senna tirasse a diferença. Na 28ª volta, Senna assumiu a liderança e garantiu o título mundial.
1989 – O INÍCIO DE UMA RIVALIDADE
Novamente disputando o título da F-1 no GP do Japão com Alain Prost, os dois ainda na Mclaren. Ao ser ultrapassado, Prost fechou Senna, que bateu, perdeu o bico, foi para os boxes, voltou em segundo mas mesmo assim ainda recuperou a liderança, para depois ser desclassificado com a justificativa que o seu carro havia sido empurrado.
No ano seguinte, mais uma vez no GP do Japão, tudo o que Senna precisava para ser campeão era que o adversário Alain Prost, agora na Ferrari, não pontuasse. Na primeira curva, ele mergulhou por dentro da curva, os dois carros se tocaram e saíram da pista. A manobra polêmica tirou o francês da disputa e garantiu a Senna o bicampeonato que lhe tinha sido tirado um ano antes.
1991 – TRICAMPEONATO – A COROAÇÃO
Novamente, a temporada foi decidida no GP japonês. Deta vez, Senna disputou o título com o britânico Nigel Mansell, da Williams. O inglês precisava da vitória para ter chances de conquistar o título, mas abandonou a prova depois de tentar uma ultrapassagem e sair da pista, atolando seu carro no piso de brita. Senna liderou com tranquilidade e, na hora de cruzar a linha de chegada, para mostrar a sua gratidão, tirou o pé e deixou a vitória para seu companheiro de equipe e melhor amigo, o austríaco Gerhard Berger.
1992 – IMPOSSÍVEL DE ULTRAPASSAR
Neste ano, o carro da Williams era infinitamente superior e os cinco primeiros GPs haviam sido vencidos por Nigel Mansell. Em Mônaco, Senna largou em terceiro, mas logo passou o italiano Riccardo Patrese e assumiu o segundo lugar. Liderando a prova, Mansell chegou a abrir 30 segundos, mas um problema no pneu o obrigou a voltar aos boxes, muito próximo de Senna que já estava em segundo. Com pneus novos, Mansell passou quatro voltas tentando ultrapassar o brasileiro, que levou o carro ao fim na ponta dos dedos. Ao final, o próprio Mansell rendeu-se ao talento de Senna.
1993 INGLATERRA – A primeira volta de todos os tempos.
Em Donington Park, na Inglaterra, Senna precisou apenas de uma volta para deixar cinco pilotos para trás e assumir o primeiro lugar, e debaixo de chuva. Caiu para quinto ao ser ultrapassado pelo alemão Michael Schumacher, mas conseguiu se recuperar. Então, passou Karl Wendlinger, Damon Hill e, por fim, Alain Prost. Venceu com vantagem de 1min20s sobre o segundo, o inglês Damon Hill, e uma volta de vantagem sobre Prost. Os dois pilotavam carros da Williams.
Em 2014, o legado de Ayrton Senna completa 20 anos, mas se mantém vivo na memória e no coração do país através do seu Instituto Ayrton Senna (IAS), criado em 1994 e presidido pela sua irmã Viviane. Um sonho idealizado pelo tricampeão antes de sua morte e realizado logo após.
Por: Fábio R. Codellos
Colaboração: Bruno Neumann
Imagens: Esta matéria é uma homenagem. Todas as fotos utilizadas foram obtidas de mídias digitais propositadamente, para mostrar como a paixão por Senna supera fronteiras e línguas, perpetuada mundo afora
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