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Frota brasileira cresce 5,7% e já soma mais de 40 milhões de veículos

Se você está preocupado com as perspectivas do mercado para os próximos anos, pode se acalmar. De acordo com um levantamento divulgado em abril pelo Sindipeças, a frota circulante de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus fechou 2013 com mais de 40 milhões de veículos. Se forem considerados apenas os automóveis e veículos comerciais leves, o total chega a quase 39 milhões de veículos.

O Sindipeças -Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores é a entidade que representa fabricantes de peças e acessórios automotivos, sejam fornecedores das linhas de montagem das fábricas (OEM) ou do mercado de pós-venda (aftermarket).

Embora à primeira vista possa parecer pequeno e tenha sido menor que o registrado em 2012, o crescimento em relação ao ano anterior foi de 5,7%, ou seja, 2.167.488 veículos. Mais de dois milhões de veículos zero quilômetro para serem equipados não é um número que possa ser ignorado.

Importados crescem

A participação dos veículos importados cresceu, chegando a 14% do total de veículos em circulação, ante 11,7 registrados em 2011 e 12,5% em 2012. No total, até o final do ano passado a frota de veículos produzidos em outros países já superava mais de 6 milhões de unidades.

A quantidade de veículos flex ou bicombustível também aumentou, chegando a 52% da frota total. Já os movidos exclusivamente a gasolina, diesel ou álcool tiveram a sua participação reduzida a 38%, 9% e 2%, respectivamente.

Idade média diminui
No último ano, a idade média da frota brasileira continuou diminuindo, passando de 8 anos e 7 meses em 2012 para 8 anos e 5 meses. Os veículos comerciais leves são os que registram menor idade média, com 6 anos e 9 meses. Na outra ponta, fica a frota de caminhões, com 9 anos e 2 meses.

Atualmente, aproximadamente 43% da frota (17,2 milhões de veículos) têm até 5 anos de idade; 24% têm entre 6 e 10 anos de uso e 15%, entre 11 e 15 anos. Os veículos com mais de 20 anos somam apenas 4%.
O levantamento do Sindipeças é feito há mais de 20 anos e é baseado na venda de veículos no mercado interno desde 1957. A entidade faz cálculos por modelo, considerando-se um índice médio de “mortalidade” de 1,5% ao ano para a linha leve e 1% para a pesada.

Concentração da frota

Apenas seis estados da região Sudeste e Sul concentram quase 75% da frota nacional de automóveis e comerciais leves: São Paulo, com 37%; Minas Gerais, com 10%; Rio de Janeiro, com 9%; Rio Grande do Sul e Paraná, com 8% cada e Santa Catarina, com 5%.

São Paulo lidera o ranking, com a maior frota de automóveis do país (11,9 milhões), a maior frota de comerciais leves (quase 2,1 milhões), de caminhões (385 mil) e de ônibus (95 mil). O estado responde sozinho por 34% do total da frota brasileira.

Só oito estados brasileiros têm frota com mais de um milhão de veículos: São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Goiás e Bahia.

A proporção de automóveis, veículos comerciais leves, caminhões e ônibus na composição da frota dos estados varia bastante. Por exemplo, no Distrito Federal os automóveis constituem quase 86% da frota e Tocantins é o estado com maior participação de caminhões, que somam quase 4% da frota.

Habitantes por veículo, um dado relevante

Uma das informações mais interessantes do estudo é a que diz respeito ao número de habitantes por veículo no país. No ano passado, a média foi de cinco habitantes por veículo, ante a de 5,9 apurada em 2010, a de 5,6 em 2011 e a de 5,2 em 2012. Em 2008, esse índice era de 8,4 habitantes por veículo.

Isso é um reflexo do aumento de poder aquisitivo da população, entre outros fatores, portanto um ótimo sinal para o mercado, pois ainda há potencial para grande expansão.

Quando se considera estados e municípios, no entanto, essa proporção poder mudar bastante. Em algumas cidades, como Curitiba, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Florianópolis, Goiânia e Vitória, a proporção fica abaixo de 3 habitantes por veículo. Curitiba chega a registrar menos de dois veículos por morador, índice bastante próximo ao registrado nos grandes centros da Europa e nos Estados Unidos.

Veja abaixo a tabela completa:

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Por: Amadeu Castanho Neto

Fotos: Divulgação

fabio codellos

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