Saber dimensionar o seu mercado é um passo essencial para o seu planejamento estratégico. A partir desse dado é possível projetar a produção e planejar os passos necessários para vender os produtos fabricados. No nosso caso, isso significa que precisamos saber quantos veículos de determinado tipo existem em determinada área geográfica que poderiam ser equipados com os meus produtos. Aí você se pergunta: “Como assim preciso? Eu nunca fiz isso e estou a tantos anos no mercado”. O dia-a-dia tem mostrado que a grande maioria das empresas do nosso segmento jamais obteve este tipo de dado e até que um número considerável delas jamais fez nenhum trabalho de planejamento estratégico.
No entanto, com um mercado mais maduro e cada vez mais competitivo, o uso de dados como estes tende a se tornar cada vez mais necessário. E a AutoMOTIVO, como a revista do mercado brasileiro de som e acessórios, acredita que é seu papel trazer dados e estudos que ajudem seus leitores a tomar melhores decisões. Temos feito isso com nossos artigos e com palestras nos nossos eventos e pretendemos continuar fazendo.
No nosso caso, um levantamento da frota circulante de automóveis, veículos comerciais leves, caminhões e ônibus em todo o País permite que conheçamos o tamanho total da base de veículos nos quais podem ser instalados equipamentos de som e acessórios automotivos.
Segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN, órgão federal que centraliza os dados de licenciamento de veículos de todos os estados do Brasil, até o final de dezembro do ano passado nossa frota circulante somava 64.669.703 automóveis, veículos comerciais leves, caminhões e ônibus. Esse total compreende mais de 52 milhões de automóveis (exatos 52.750.925), mais de oito milhões de veículos comerciais leves (8.101.324), mais de três milhões de caminhões (3.181.803) e mais de 600 mil ônibus (635.651) circulando pelas ruas e estradas do País, um volume de veículos considerável para se equipar. Em termos percentuais, 81,57% da frota é composta por automóveis (inclusive SUVs), 12,53% por veículos comerciais leves (inclusive pick-ups), 4,92% por caminhões e só 0,98% por ônibus.
Desde o final de dezembro de 2016, o total da frota circulante ainda aumentou um pouco, com a entrada em circulação de mais 472.004 veículos zero-quilômetro licenciados até o final de março. Nos três primeiros meses do ano sairão das concessionárias autorizadas 391.846 automóveis, 67.960 veículos comerciais leves, 9.675 caminhões e 2.611 ônibus novos.
Distribuição da frota pelas regiões
No entanto, só saber quantos e de que tipo são os veículos que percorrem nossas ruas e estradas não é suficiente. Para poder fazer um planejamento mais preciso também é preciso saber em que regiões do Brasil eles estão.
A distribuição da frota não é uniforme e varia em função do tipo de veículo. No que diz respeito aos automóveis (inclusive SUVs), parte majoritária está nos estados da região Sudeste, que concentra 54,43% do total. Em seguida vêm a região Sul, com 21,34%; a Nordeste, com 12,62%; a Centro-Oeste, com 8,46% e a Norte, com 3,16%.
Já no segmento dos veículos comerciais leves, o panorama é um pouco diferente. Embora a região Sudeste concentre 47,40% do total da frota de pick-ups, vans e caminhões leves, a diferença entre as regiões Sul, Centro-Oeste e Nordeste é bem menor do que a registrada com os automóveis. A região Sul reúne 20,18% da frota do segmento, enquanto que a Centro-Oeste fica com 15,87%, a Nordeste com 10,73% e a Norte, com 5,82%. No caso dos caminhões, 44,34% da frota está baseada nos estados do Sudeste; 25,15% nos da região Sul; 15,47% nos da região Nordeste; 9,88% nos da região Centro-Oeste e 5,17% nos da região Norte.
Finalmente, no que se refere aos ônibus, seja para uso rodoviário ou urbano, há uma inversão de posição interessante, com a frota da região Nordeste superando a da região Sul. Nesse e segmento, 47,46% da frota ficam no Sudeste, 19,98% no Nordeste, 16,91% no Sul, 8,77% no Centro-Oeste e 6,88% no Norte.
Idade média da frota
Outro dado importante que vale a pena ser conhecido é a idade média da frota. Podemos afirmar que para o nosso segmento, carro mais velho melhor. Embora ainda dê para vender muitos equipamentos de som e acessórios automotivos para os modelos zero-quilômetro, é nos seminovos e usados que está o verdadeiro filão.
Não só são comercializados mais de cinco veículos usados para cada novo, como quem compra um seminovo ou usado tende a querer compensar o fato de não estar com um carro zerinho na garagem, sem contar que tem mais necessidade de personalizá-lo por ser um modelo muito mais comum nas ruas. Além disso, a tendência de necessidade de atualização ou reposição de equipamentos de som ou acessórios é muito maior. São desde multimídias que não oferecem opção de espelhamento de conteúdo de smartphones, players sem conexões para pen drives e smartphones, alto-falantes “detonados”, até acessórios que pedem uma troca em função de uso excessivo, exposição ao sol, oxidação ou outro motivo qualquer.
Trocando em miúdos: não é que necessariamente todos os habitantes das regiões Sudeste e Sul dirijam automóveis mais antigos. O que acontece é que os habitantes de menor poder aquisitivo tendem a dirigir veículos com mais anos de uso. Como eles são muitos, a idade média da frota sobe.
No que diz respeito aos veículos comerciais leves, a idade média da frota nacional é de 13,2 anos. Ela varia de 13,9 anos na região Sudeste até 10,7 anos na região Norte. Nas demais regiões ela é de 13,4 anos na Sul, 12,5 anos na Nordeste e 12,7 anos na Centro-Oeste.
No segmento de caminhões, a idade média da frota nacional sobe bastante em relação aos demais, atingindo 18,7 anos. Essa média sobe para 19,3 anos nos estados da região Sudeste e Sul e 19,1 anos para os da região Centro-Oeste. Já as frotas das regiões Nordeste e Norte ficam abaixo da idade média nacional, com 16,7 anos cada uma.
Finalmente, no que se refere à frota de ônibus, a idade média é de 15,1 anos em todo o País. A região com frota com maior idade média é a Sul, com 18,2 anos, seguida pela Centro-Oeste, com 16,9 anos. A da região Norte é a mais nova, com 13,5 anos, seguida pela Sudeste, com 15,1 anos e Nordeste, com 15,2 anos.
Texto: Amadeu Castanho Neto
Imagens: Divulgação
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