Maníaco por carros que se preze quando fala em concept está se referindo a um veículo conceitual de aspecto futurista e pinta de esportivo, certo? Bom, há quem discorde. Por exemplo, os vinte e tantos jornalistas americanos especializados em automobilismo que integram o júri do prestigioso prêmio para veículos conceito North American Concept Vehicle of the Year Awards.
Na edição de 2013, divulgada em julho, o vencedor da categoria Concept Car do Ano foi o Hyundai HCD-14 Genesis, um luxuoso concept cupê de quatro portas desenvolvido pelo Centro de Design que a empresa sul-coreana mantém no estado da Califórnia. Além disso, o HCD-14 ainda levou um segundo prêmio e ficou com o título na categoria de Concept Mais Significativo.
Por fora
Como em muitos dos concepts apresentados recentemente, esta proposta da Hyundai não não vai muito fundo no quesito visual futurista. Definitivamente é um carro que chamaria a atenção na rua, mas pelo bom desenho e pela harmonia das linhas e não por parecer saído de um filme de ficção científica. Um olhar atento vai identificar no design da carroceria alguns pontos que remetem a alguns belos Aston Martin e Jaguar.
Se para os veículos de outros segmentos, como Azera, Sonata, Elantra e I-35, a fábrica adotou o conceito de estilo que batizou de “escultura fluida”, para o HCD-14 Genesis o design foi revisto e passou a ser “precisão fluida”.
O resultado é um cupê de quatro portas de jeitão esportivo, bonito e equilibrado, que tem na lateral e na traseira os seus pontos fortes, com detalhes que chamam a atenção, tais como os faróis em “escamas”, as portas traseiras, as rodas revestidas de fibra de carbono, as ponteiras de escape extra-largas e as lanternas muito bem desenhadas, aliás, uma característica da maioria dos modelos da marca.
Por dentro
É nas soluções técnicas e na parte interna do carro que estão alguns dos grandes achados do HDC-14 Genesis. Num momento em que só se fala em veículos com motorização híbrida ou elétrica, ele vai contra a corrente e apresenta debaixo do capô um possante motor da série Tau, semelhante aos já usados nos modelos de topo de linha da Hyundai, como o Genesis e o Equus.
O Tau é um motorzão V8 5.0 de 430 HP, dotado de injeção direta, duplo comando de válvulas continuamente variável (D-CVVT) e câmbio automático de nada menos que oito marchas, acionadas por borboletas junto ao volante. Segundo a fábrica, o escapamento é revestido de cerâmica e foi cuidadosamente balanceado para gerar um ronco que ela descreve como “de barítono”, ou seja, grosso. Pode não ser moderno, mas é um ótimo apelo para quem curte automóveis.
Motorista e passageiros entram no Genesis Concept por quatro amplas portas, sendo que as traseiras ainda têm o diferencial de abrirem ao contrário, pois as dobradiças estão localizadas na parte traseira, solução semelhante à utilizada nos modelos quatro portas da Rolls Royce, como o Phantom e o Ghost. O toque especial é que cada porta traseira tem apenas uma dobradiça e ela é aparente, em alumínio escovado, em vez de semi-oculta e pintada, como nos veículos “normais”. Embora chamativa, essa característica talvez seja a que tem menos possibilidades de ser incorporada a um modelo de produção.
Uma vez dentro do carro, começa o show de novidades. A principal não fica à vista, mas é facilmente percebida pelo motorista: graças ao que a Hyundai batizou de Intuitive Connective Concept ( Conceito de Conectividade Intuitiva), o carro reconhece movimentos e gestos de quem está sentado no assento do motorista e reage a eles.
Assim que motorista é identificado óticamente, o carro dá a partida no motor e passa a acompanhar a movimentação dos seus olhos e mãos, com os quais é possível controlar funções de conectividade, informação, navegação ou audio. Não se trata de um mero exercício de futurologia, mas da aplicação de tecnologia já em desenvolvimento pela Hyundai, que a demonstrou na feira CES deste ano, em Las Vegas.
Aliado a um painel HUD (Head-up Display), como nos jatos de combate, o conceito permitiu aos designers da fábrica reduzir drasticamente a quantidade de botões e mostradores no painel e no console central, permitindo uma aparência muito mais “clean” e menos intimidadora.
A interface intuitiva permite ao motorista ter controle total de todas as funções integradas, mantendo os olhos com segurança acima do plano do painel de instrumentos e reduzindo as possibilidades de distração que costumam estar associadas ao uso de controles manuais.
Um dos pontos mais bonitos do carro é o design do habitáculo, que parece envolver motorista e passageiros em áreas próprias, graças a uma série de superfícies onduladas, de aspecto muito agradável.
Integrando e ao mesmo tempo dividindo os espaços de cada um dos ocupantes, um longo console central vai do painel até a base do assento traseiro, com curvas suaves em vez das tradicionais linhas retas. Segundo a montadora, o console foi inspirado em uma dupla onda e parece esculpido, exibindo superfícies graciosas enriquecidas com a aplicação de madeira natural laminada.
O Genesis
O HCD-14 Genesis Concept empresta o nome do Genesis, que faz dobradinha com o feioso e pesado Equus na linha de carros de luxo da montadora, posicionada logo acima do Azera. O modelo vem tendo ótimo desempenho de vendas no concorrido mercado americano e já responde por 9% do total de vendas do seu segmento. Quem sabe um dia a montadora resolva importá-lo para o Brasil.
Por Amadeu Castanho Neto
Fotos: Divulgação
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