Instalação de som em SUVs

Por: Serginho e Billa

Qual é melhor para trabalhar?

Falaremos nesta edição sobre os prós e contras na instalação de um sistema de som nestes estilos de carros.

Um fator que devemos levar em conta num sistema de som é o “ganho de cabine”. Este fator nada mais é do que a distância entre dois extremos internos do veículo, que vai da curvatura do porta-malas até a angulação do pára-brisa. Quanto maior a curvatura e menor a distância entre os extremos, maior o ganho de cabine e melhor o desempenho das freqüências.
O formato da parte interna do veículo e seu posicionamento acústico original influenciam – e muito – na qualidade do projeto de sonorização. Este detalhe é facilmente encontrado nos carros mais luxuosos, pois o engenheiro tem maior preocupação voltada para a riqueza em detalhes devido ao valor econômico agregado ao veículo. Mas isto não vem a ser um fator que limita somente a qualidade de áudio a carros mais luxuosos. É sobre estes detalhes em particular que vamos comentar agora.

Hatches

Estes carros são os mais comuns em nosso dia-a-dia e os melhores para desenvolvimento de um sistema alternativo de áudio, com o melhor ganho de cabine de todas as versões abaixo.
Um ponto interessante é que, nestas versões o custo para um sistema de som começa bem baixo, pois a desenvoltura do sistema com o maior ganho cabine ajuda e muito

Perua ou SUV

Muito próximo dos hatches, as SUV’s ou peruas só perdem no ganho de cabine porque são mais extensas. Mas, em contrapartida, o seu amplo espaço aguça a imaginação dos projetistas para desenvolver sistemas mais amplos e avançados de áudio – como sistemas 5.1 com canal central e sistemas de multimídia, projetos com resultados incríveis, mas com custo bem mais elevado

Pick-ups

Em nossa opinião, os carros mais ingratos de sonorização interna, muito limitadas no espaço e com ganho de cabine muito baixo, limitando o projetista a construir um sistema bem simples e com qualidade limitada devido ao posicionamento dos equipamentos; mas, por outro lado, tais veículos são os mais utilizados para sonorização externa: o famoso “trio elétrico” e “pancadão”, muito utilizados na região Nordeste e Centro-Oeste nos rachas de som

Sedans

Carro muito utilizado com sistema de som dia-a-dia ou de qualidade, pois seu porta-malas trabalha como um isolante acústico do interior do veículo, prejudicando assim o cliente que gosta de um grave mais forte (SPL). Este efeito se deve à grande perda de ganho de cabine (cerca de 15% a 30% menor do que os outros modelos).

Abaixo, Alguns projetos de áudio e suas funcionalidades.

Projetos de dia-a-dia

São, geralmente, projetos de custo menor – para o cliente que quer um sistema simples: alto-falante triaxial ou kit duas vias, um amplificador (tipo booster ou mosfet) e uma caixa com subwoofer.
Estes projetos visam um sistema com relativa qualidade, agradando uma grande parcela do público consumidor

Projetos de qualidade

São considerados projetos de qualidade quando aproximamos as freqüências em uma régua, isto é, quando nenhuma freqüência de grave, médio grave, médio, médio agudo e agudo não se sobressaem uma à outra trabalhando em perfeita harmonia. Isto requer um estudo de posicionamento de áudio do veículo a ser construído, para que o palco fique perfeito.
Projeto que não abrange grande parcela de consumidores, pois geralmente te custo muito elevado e, infelizmente, só uma pequena parcela do público consumidor admira e investe.

Projeto de SPL

É o mais procurado pelo público jovem do momento. Projeto este que visa uma grande disparidade no grave sobre as outras freqüências, provocando assim um grande deslocamento de ar no interior do veículo.
Projeto com custo igualmente elevado, dependendo da configuração e potência

Trio-elétrico e pancadão

Projeto que visa o som para parte exterior do carro, geralmente utilizado para dar show em ambientes abertos. Estes projetos são muito flexíveis, podendo possuir um número muito grande de amplificadores, drivers, tweeters, woofers e subwoofers, com o uso de fontes de alimentação auxiliares (baterias profissionais) para suportar o consumo – que é altíssimo.