Não é novidade que o mundo está passando por uma revolução tecnológica. A tendência é que, cada vez mais, os itens que utilizamos no dia a dia conectem-se entre si e, principalmente, à internet.
No mercado de automóveis, o cenário não é diferente. O momento é muito promissor, tanto para as empresas de tecnologia quanto para as de telefonia móvel, uma vez que o número de conexões com smartphones por meio de cabos ou bluetooth tem crescido de forma significante. De acordo com pesquisa realizada pela Analysis Mason, a estimativa é de que em 2024 48% dos carros utilizados no mundo estarão conectados a web.
Não à toa, é cada vez mais evidente no mercado de reposição o conceito “mirror link” de conectividade, no qual o equipamento de som passa a funcionar como uma plataforma para conectar o celular ao veículo. Dessa forma, todo o sistema do telefone, como o de navegação, aplicativos, músicas, entre outros, é “refletido” no aparelho de áudio do automóvel.
Os sistemas multimídia atuais possuem grande poder de processamento, capacidade de memória e de navegação GPS, o que os torna mais caros. A vantagem do “mirror link” é a possibilidade de oferecer funcionalidades similares a um custo mais baixo, uma vez que a navegação ocorre no smartphone. A central do carro cumpre a função de “espelho” da tela do celular.
Outro fato que pode acrescentar mais recursos e velocidade ao conceito é a evolução desenfreada dos telefones: ao utilizar um aparelho mais moderno e rápido, o “mirror link” automaticamente incorpora suas inovações e a velocidade.
Grandes empresas de tecnologia, como Apple e Google, já compartilham com as montadoras seus sistemas operacionais automotivos, respectivamente chamados de “Car play” e “Android auto”. Eles permitem a conexão IOS e Android ao veículo, dando acesso, inclusive, aos aplicativos de comando de voz, como a “Siri” e “Google Now”, permitindo que controlem algumas funções do carro.
Apesar de muito se comentar sobre a conectividade dos carros com dispositivos móveis, as montadoras já vêm investindo em outro tipo de interatividade, aquela que é interna ao veículo, entre seus diversos módulos.
Alguns exemplos disso são: a conexão entre os sensores de estacionamento e o equipamento de som, expondo informações de distância; a subida e descida dos vidros pelo controle do alarme; a verificação de portas abertas pela tela do equipamento de som, além da possibilidade de conectar a câmera de ré e o aparelho, exibindo na tela a imagem do local. Os carros se tornaram grandes redes digitais de sistemas interligados, agora isso se conectará a web.
A ideia é que, com o tempo, o mundo físico e o digital se tornem um só, por meio dessas tecnologias que se comunicam umas com as outras. As previsões fazem parte de um conceito chamado “internet das coisas”, que diz que qualquer objeto estará conectado a web. Não apenas em automóveis, mas também em eletrodomésticos e outros artigos.
Fábio Nista é Diretor de Inovação da PST Electronics
Perguntas relativas ao assunto podem ser encaminhados ao e-mail: consultores@revistaautomotivo.com.br
Imagens: Divulgação
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