Como será ter um carro que possui visual, mecânica e preço de Lamborghini, leva o famoso touro dourado estilizado no capô, mas não tem o ronco grave característico do motorzão da tradicional casa de Sant’Agata Bolognese?
À primeira vista, pagar por um carro esportivo e saber que o ronco do motor é gerado eletronicamente, como na maioria dos elétricos, não faz muito sentido. Além disso, o Asterion contraria vários outros elementos que os apaixonados por carros aprenderam a associar com o DNA de um Lamborghini.
É o caso das linhas angulosas bem marcadas, e do nome diferente, tradicionalmente associado a touros, touradas e à Espanha, como Miura, Islero, Espada, Gallardo, Diablo, Murciélago, Veneno, Egoista e Huracán.
Asterion (senhor das estrelas) é um nome da mitologia grega e a sua única conexão com touros e touradas é que alguns estudiosos creditam que seja associado ao mítico Minotauro. A sigla LPI 910-4 indica que o motor é montado no sentido do comprimento (L, de
longitudinale) na parte traseira (P, de posteriore) e que o veículo é um híbrido (ibrido, em italiano). Os números se referem à potência total (910) e à tração nas quatro rodas (4).
No fim, tudo isso não importa muito. O importante mesmo é que no scudetto que adorna o bico do carro esteja o touro dourado aplicado sobre o fundo preto, garantindo que se trata de um legítimo Lamborghini.
Visual
modelos da casa italiana.
Talvez esteja aí uma característica do carro que esteja mais próxima de chegar às ruas, pois a tendência é que um modelo com esse visual possa atrair mais consumidores abonados para as concessionárias Lamborghini.
Da frente – que lança mão do visual “tigre dente de sabre” em vez do “bocão” adotado por tantos designers – à traseira, tudo parece cuidadosamente pensado para passar uma imagem menos agressiva que a normalmente esperada de um carro da vizinha da Ferrari.
Talvez o único ponto mais controverso possa ser o formato do vidro traseiro, que adota o formato hexagonal repetido em dezenas de pontos em todo o carro e que remete aos formatos associados por muitos às constelações de estrelas. Até as belas ponteiras de escapamento adotam, com sucesso, o formato hexagonal.
Interior
O toque de modernidade fica por conta do tablet portátil alojado no console, que permite que os ocupantes controlem o sistema de som e entretenimento, bem como o GPS e o ar condicionado.
Chama a atenção o posicionamento dos dois assentos, mais altos que outros modelos da Lamborghini, de acordo com a proposta de um carro para utilização mais urbana e a passeio que propriamente esportiva.
O volante é inspirado no mítico Miura e incorpora três botões para seleção do modo de dirigir: Zero (zero emissões), para 100% elétrico; I (de ibrido, híbrido em italiano) e T ( de termico) para usar o motor de propulsão convencional.
Mecânica
Dois dos motores elétricos foram posicionados no eixo dianteiro e o terceiro na traseira, entre o motor convencional e a caixa de câmbio ultrarrápida DSG de sete velocidades e dupla embreagem. Com essa solução, o carro tem tração nas quatro rodas e alcança uma velocidade máxima de conservadores 320 km/h, acelerando de 0 a 100 km/h em apenas 3 segundos.
A autonomia no modo elétrico é de 50 km, com velocidade máxima de 125 km/h. Tecnicamente é muito interessante, um belo exercício como concept, mas nada convincente como argumento de respeito à ecologia.
Certamente o comprador dessa máquina acabaria usando a propulsão elétrica só na hora de licenciar ou quando precisasse transmitir uma mensagem de respeito ao meio ambiente para a namorada, jornalistas ou acionistas da sua empresa. No resto do tempo, “mandaria ver” no V10 mesmo.
Mesmo com legislações ambientais cada vez mais duras no que diz respeito a emissões e consumo, e com consumidores dispostos a pagar
o preço por veículos ecologicamente responsáveis, caso dos híbridos e elétricos, esperar que o dono de uma Lamborghini abra mão de toda sua potência é sonhar demais.
Autor: Amadeu Castanho Neto
Imagens: Divulgação
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