Diz o ditado popular que onde tem fumaça tem fogo. Quem ler as seções de Economia nos jornais ou nos portais da Internet vai encontrar uma série de notícias falando em queda do crescimento, problemas na economia, etc. e provavelmente vai ter vontade de meter o pé no freio.
Ao menos no que diz respeito ao mercado automotivo e mais especificamente ao setor de acessórios, tudo leva a crer que a ordem ainda é de continuar acelerando, ainda que de olho a um eventual sinal amarelo piscante.
Então não existem problemas e não há nenhuma nuvem no horizonte? Existem, sim. Há problemas agora e perspectivas de mais problemas num futuro próximo que podem fazer que a navegação do nosso barco seja um pouco menos do que tranquila.
Só que, em contrapartida, os sinais positivos são tantos que o resultado continua sendo positivo.
Vejamos: as vendas de veículos 0 km continuam crescendo, o mercado de usados parece estar se recuperando, a frota está em expansão, estão chegando novos lançamentos para “sacudir” o mercado e, num horizonte mais distante, um número nunca visto de novas fábricas deve gerar uma dose extra de energia com a introdução de novos modelos e o barateamento de alguns veículos que hoje são importados e passarão a ser produzidos aqui.
Além disso, a renovação da linha de produtos de montadoras como General Motors, Volkswagen, Ford também deve mexer com o ânimo dos consumidores, tanto na base quanto no miolo da pirâmide. Modelos como o Up, o novo Ka, além de novidades em termos de SUVs compactos prometem dar o que falar.
Se por esse lado as notícias são animadoras, há outras que podem preocupar, como por exemplo o crescente interesse das montadoras e suas concessionárias autorizadas pela venda de acessórios e a tendência de os veículos saírem cada vez mais equipados de fábrica. (Leia mais sobre isso na entrevista do Presidente na Fenabrave, Flávio Meneguetti, publicada na página 34).
No entanto, é preciso lembrar que isso já aconteceu em outros mercados no Exterior e o mercado de acessórios por lá continua pujante. Se levarmos em conta que por aqui quem cada vez mais vai ter voz ativa é a ultra-competitiva classe C e que os novos lançamentos estão introduzindo novos hábitos e novas exigências, a balança ficará pendendo para o lado positivo.
Mudar para crescer
Então, já dá pra relaxar e fechar os olhos, certo? Errado. Voltando a fazer referência ao que diz o Presidente da Fenabrave nesta edição e ainda ao que afirmou o Presidente do Sincopeças na entrevista da edição de agosto, o varejo precisa mudar. E se o as lojas não mudarem, vão surgir problemas que acabarão se refletindo nos distribuidores, nos fabricantes e nos seus representantes, enfim, o resto da cadeia do nosso segmento.
Então é necessário mudar para crescer. É preciso aperfeiçoar o atendimento, melhorar e atualizar as técnicas de vendas, melhorar as técnicas de gestão, criar ambientes mais agradáveis para atender clientes cada vez mais exigentes e o crescente número de consumidoras do sexo feminino, investir na formação e no aperfeiçoamento de instaladores e muito mais. Complicado? Com certeza. Impossível? De modo algum.
Divergência
Normalmente bastante próximas nas suas projeções de mercado, as duas principais entidades do mercado automotivo nacional passaram a ter números divergentes em suas previsões de vendas para este ano.
A Anfavea, que representa as montadoras está projetando que 2013 feche com um crescimento de 3,5 a 4,5% na produção de automóveis e comerciais leves e pesados, graças em parte à recuperação nas exportações.
Já a Fenabrave, representante dos concessionários autorizados, estima que o crescimento fique igual ou abaixo dos 2%. Ainda que os números sejam divergentes, o resultado é o mesmo: o mercado continuará crescendo.
Até o final da primeira quinzena de agosto já foram emplacados 2.184.614 automóveis e veículos comerciais leves 0km. No mês de julho o total foi de 323.916 veículos desses tipos. Pelo lado dos usados, a Fenauto, entidade que representa o varejo de veículos de segunda mão, comemorou a venda de 840.332 veículos dessas duas categorias em julho. Somados, novos e usados somaram 1.164.248 veículos vendidos em julho, com os novos representando 27,82% e os usados, 72,18%. Para cada novo emplacado são vendidos mais de 2,5 usados.
Outra informação interessante vem da Cetip, que opera o maior banco de dados de créditos de veículos do país. Embora modelos como Gol, Palio, o Uno e Fiesta estejam no topo da lista dos mais financiados, acompanhando o ranking dos mais vendidos, outros que estão bem colocados no ranking não estão entre os dez mais financiados. O caso que chama mais a atenção é do Hyundai HB20, que está em nono lugar entre os mais vendidos até o final de julho aparece em vigésimo lugar quando se trata de financiamentos.
O ranking dos mais vendidos mostra alguns dados interessantes, como a recuperação do Renault Sandero e o bom desempenho dos modelos da General Motors e da Honda.
Por Amadeu Castanho Neto
Fotos: Divulgação
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