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Mustang Mach 1 no dia a dia

Andamos com o lendário esportivo na cidade e na estrada para provar sua vocação para acelerar fundo com um bom motor V8

Depois de oferecer o Mustang Black Shadow na linha 2020, a Ford estreou esse ano um modelo mais apimentado e caro entre os esportivos. O eterno rival do Chevrolet Camaro volta com uma roupagem mais esportiva mas vai muito além disso.

Assim, o Mustang Mach 1 representa um passo à frente no modelo mais longevo entre os esportivos na marca ao resgatar uma versão “custo benefício” que a revista AutoMOTIVO testou ao longo de uma semana rodando na cidade e nas estradas paulistas.Chamativo, indiscreto e instigante o modelo da Ford chama atenção por onde passa mas é muito mais do que um rosto endiabrado.

Mas antes de pisar fundo vale lembrar que o Mach 1 empacota o modelo equipado com motor V8 5,0 litros, que é a motorização mais comum do Mustang, com vários implementos assim como foi lançado em 1969. Naquela época a versão estreava com visual diferenciado e uma grade com dois farois auxiliares redondos em destaque, spoilers e rodas específicas. O preço estava bem distante do GT500 Shelby mas o visual era bem aprimorado por um valor que o consumidor podia pagar naquela época.

Um convite ao protagonismo

Passear com o Mustang Mach 1 pelas ruas é um convite ao destaque. Na cor azul, cheio de emblemas e com o ronco encorpado do motor V8 Coyote é difícil passar despercebido. Ao ligá-lo, pela manhã, o ruído aberto fica mais contido em segundos após se apertar o botão de partidaenquanto os tuchos são carregados, o óleo circula pelo motor e os comandos são acionados. 

O painel pouco mudou e tem somente o emblema Mach 1 numerado diante do passageiro. Também é herança do modelo de 1969 os bancos em couro com costura horizontal e os elementos redondos na saída de ar de inspiração nos clássicos. Mesmo com quatro lugares, o banco traseiro é de difícil acesso e só acomodam bem passageiros pequenos. 

Mesmo sem o foco na tecnologia o Mach 1 tem a multimídia Sync 3 com elementos um pouco antiquados mas com várias funcionalidades eficientes: comando de voz, navegação nativa e FordPass Connect que dá acesso a vários comandos por celular. Em um carro tão instigante há sistema de áudio Bang&Olufsen com 12 alto-falantes e 1.000watts.

Acelerando

Depois de testar o carro em um autódromo no lançamento o foco desta vez esteve no dia a a dia do Mustang. Com buchas e barra estabilizadora do modelo GT350, a suspensão é mais rígida e por vezes desconfortável mas o ronco do escapamento, derivado do GT500, instiga a aceleração forte. 

O motor V8 de 483cv e 57kgfm de torque controlado pelo câmbio de dez marchas evolui com rapidez em giro mais alto. Feito para acelerar fundo, o motor gruda o piloto no banco como nos bons tempos dos clássicos da marca. 

A receita mescla o motor mais conhecido da linha com implementos como  “open air box” (a caixa de entrada do ar com o fitro em destaque) do MustangBullitt, corpo de borboletas o coletor de admissão, o sistema de arrefecimento do motor e o radiador da transmissão são do Shelby GT350.

São sete modos de condução:  “Normal”, “neve/molhado”, “Esportivo”, “Esportivo+” e “Pista” além do “My Mode” totalmente personalizável. Vale destacar que são modos visivelmente distintos entre si sendo que no dia a dia é um desperdício usar os modos esportivos em vias de 50km/h ou no máximo 90km/h. Até mesmo nas estradas de alta velocidade paulista, com limite de 120km/h, é pouco para um carro com tanto apetite. 

Cabe também elogio para a transmissão de dez marchas que explora muito bem a relação de marchas para a economia no modo normal e para a performance nos modos esportivos. A atuação dos controles de tração e estabilidade e suspensão adaptativa é rápida quando o sistema do carro percebe a disposição do piloto para andar mais forte. 

Pelo tamanho do motor o consumo do carro é interessante. Na cidade o computador de bordo marca 6km/l e na estrada chega a 10km mas basta acelerar com força para derrubar essa média.Mesmo com combustível em alta o Mustang não passa despercebido seja na hora de acelerar seja na hora de desfilar pelas ruas da cidade. 

Marcos Camargo

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