Artigo: Nova fase desafia a indústria automotiva

A indústria da mobilidade vivencia um cenário de grandes desafios, com perspectivas de profundas mudanças em produtos e modelos de negócios.

Após 133 anos de desenvolvimento do motor a combustão, a engenharia vislumbra, em médio prazo, uma transformação no powertrain do veículo, que avança rumo à eletrificação, sobretudo, em países do hemisfério norte.

Nesse contexto, algumas possibilidades se abrem para o Brasil, como aproveitar a experiência em motores a combustão para se tornar centro de referência mundial nesta área, com uso de combustíveis renováveis, como alternativa à mobilidade elétrica.

Em paralelo, o País tem condições de contribuir com a tendência da eletrificação enquanto país fabricante de componentes.

Materiais e processos de fabricação exercem papel fundamental nos processos de inovação.

Além de contribuírem para o atendimento de requisitos como segurança, eficiência energética e durabilidade, causam forte impacto sobre o custo do produto.

Para ilustrar, um caminhão leve demanda mais de duas toneladas de diferentes materiais e um extrapesado pode requerer cinco vezes mais.

Um material que deve contribuir para superação dos desafios da indústria brasileira em produzir tecnologia nacional é o grafeno, nano material que pode ser aplicado tanto em peças de compósitos poliméricos, quanto em baterias de veículos elétricos, catalisadores e filmes condutores, para proteção mecânica, e em tecidos.

O Brasil possui a segunda reserva mundial deste material.

Vale destacar também novos desenvolvimentos feitos pela indústria de materiais poliméricos em função da preocupação ambiental, como pneus à base de óleo de soja e resinas naturais.

Processos de fabricação como soldagem, adesão, conformação e manufatura aditiva ainda abrem um leque de alternativas para os engenheiros de produto.

É importante lembrar também a competição cada vez mais interessante e desafiadora entre aço, alumínio e compósitos pela melhor combinação de redução de peso, custo de fabricação e valor agregado ao cliente.

A engenharia brasileira encontra ambiente favorável para inovar em produtos e processos com a aprovação da política industrial Rota 2030, que possui um prazo de validade adequado para o investimento em tecnologia.

É hora de atualização para melhor aproveitamento desta nova fase.

Felipe Negri Vicentini

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