Como acessórios originais impulsionam o mercado de acessórios?
Os acessórios sempre fizeram parte da história e do cotidiano de quem é apaixonado por carro e determinar sua origem é bem difícil. Considerada “oficial”, a onda da customização começou nos anos 1950 nos Estados Unidos, especificamente na Califórnia, onde os jovens da época compravam carros antigos de 20 ou 30 anos de uso e mudavam a mecânica, a suspensão e os deixavam com visual despojado. O movimento deu origem aos “Hot Rods” e na década seguinte, com a popularização do automóvel nos Estados Unidos, a indústria de itens metálicos, depois plásticos, passou a produzir acessórios de reposição e customização que chegou ao Brasil no final dos anos 1960 e início da década de 1960. Boa parte dessa característica se divide em acessórios de acabamentos ou de sonorização que já eram alvo dos compradores mais jovens do país. Naquela altura, ter um Fusca ou um carro mais antigo, era sinônimo de customização dos volantes, calotas, som (os rádios originais nos carros eram item raro) entre outros.
Mas e hoje em dia? A indústria vem acompanhando há algum tempo esse fenômeno. E ele passa pelas próprias montadoras. É o caso especial das pick-ups que tem acessórios homologados pelos fabricantes para personalizar seus produtos, mas já esteve em alta com o rádio (depois os CD´s player) e hoje esta nos upgrades de iluminação e sonorização que boa parte dos veículos não trazem como item de série.
Recentemente a Ford lançou 18 acessórios originais para a Maverick incluindo estribos, defletores, capota marítima entre outros. A GM, ao lançar a S10 reestilizada em 2020 lançou depois a série Z71 com acessórios originais como estrilo tubular, santantonio e capota marítima e exemplos semelhantes não faltam. A própria Chevrolet, ao lançar mais recentemente o Cruze RS, instalou soleiras de resina brilhante com o logo “RS”, tapetes personalizados entre outras mudanças. O resultado? A indústria de acessórios acompanha esse fenômeno.
Mas como as fábricas impulsionam a indústria de acessórios?
Isso ocorre em “duas vias”. O primeiro é instalar itens tecnológicos nas versões topo de linha. O fato de uma versão de entrada ter um simples rádio enquanto a topo de linha ter uma boa multimídia com câmera de ré e sensores dianteiro e traseiro já impulsiona a indústria de acessórios, fabricantes e distribuidores, que incorporam estas novidades em poucos meses.
Outro caso comum é dos LEDs, que são itens de série nos modelos mais caros mas que não estão disponíveis nos modelos de entrada. O resultado? LEDs de todos os perfis, dos equipamentos mais simples de 3.000K aos mais completos com chip de alta durabilidade, modelos do tipo projetor e até a Matriz de LED que já é oferecida em modelos premium no mercado brasileiro como Mercedes-Benz e Audi.
A produção mundial destes componentes concentrada na Ásia é fato suficiente para impulsionar e movimentar os importadores rumo aos mercados mais emergentes para abastecer o varejo automotivo com novidades. “O mercado tem vários níveis especialmente aqui no Brasil. Ainda tenho carros mais simples que buscam o MP5 e uma lâmpada super branca enquanto o mais completo quer uma multimídia com espelhamento sem fio, sensor dianteiro e traseiro, a película antivandalismo, subwoofer e um som mais profissional. Há muito espaço para trabalhar isso”, explica Joathan Ramos, que atua no setor de acessórios desde o final dos anos 1980.
O efeito vitrine é apontado por distribuidores e fabricantes como o principal para esse fenômeno ocorrer. Com o lançamento de novos equipamentos em modelos de série, a busca pelo upgrade começa a ocorrer nas lojas de som de forma automática. “O farol Matriz de LED já tem sido procurado por alguns clientes que tem carros premium seminovos. Essa busca é natural e imediata. A troca de um sistema multimídia por modelos como BMW e Audi, que teve bem recente essa substituição já leva a uma procura por donos de modelos já usados pelo espelhamento que está crescendo agora. Todos querem conectividade e tudo que surge de novidade vende”, explica Anderson Cavalcante, que é proprietário de loja de som com duas décadas de experiência em São Paulo.
No caso das pick-ups o exemplo é bem evidente. Séries especiais, emblemas escuros, grades em colmeia e itens como estribo com novos estilos e cores já impulsionam fabricantes a buscarem novos produtos que permitam upgrades ou a inspiração nos novos modelos. A série Z71 da GM, a Ranger Black, a Amarok Extreme, L200 Outdoor entre outras versões impulsionam os fabricantes de acessórios a buscarem soluções parecidas para atender os consumidores.
Com o reestabelecimento da economia a produção de eletrônicos e acessórios externos está retomando a sua normalidade. Acompanhar o ritmo de lançamentos é algo natural e esperado. E isso ocorre hoje em dia de forma cada vez mais rápida.
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