Rolls-Royce Vision Next 100, uma visão do luxo no futuro

Um concept car inovador mostra o que a montadora inglesa prevê para o próximo século

Como serão os veículos no futuro? Essa pergunta tem sido feita e respondida há muitas décadas, desde que surgiram os primeiros concept cars. Muitas vezes, a visão de futuro é válida para alguns anos. Em outros casos, ela é de décadas. É esse o caso de um inédito concept que a Rolls-Royce apresentou como parte das comemorações dos 100 anos do grupo BMW. A Rolls-Royce, cujos carros são unanimemente considerados os mais luxuosos do mundo, nunca havia mostrado publicamente um veículo conceitual nem apresentado a sua visão de futuro.

A julgar pelas propostas do Rolls-Royce Vision Next 100, que recebeu internamente o código 103EX, valeu a pena esperar. Giles Taylor, Diretor de Design da Rolls-Royce, deixou claro esse propósito, declarando que: “com o Vision Next quisemos ser tão inovadores quanto possível e, ao mesmo tempo, transcender a história do design da marca”.
Mais do que um exercício de estilo, o concept apresentado mostra que praticamente cada componente teve a sua função questionada e repensada, sem trair a tradição de luxo, refinamento e exclusividade que é parte essencial dos veículos da marca.

Um exemplo fácil de ser percebido dessa postura é o porta-malas, que deixa a sua posição tradicional na traseira e passa a ser alojado atrás das rodas dianteiras, aproveitando espaços antes ociosos. O projeto do Rolls-Royce Vision Next 100 procura fundir o melhor em tecnologia e design com o acabamento artesanal de altíssimo padrão que se tornou uma das marcas registradas dos veículos da tradicional marca inglesa.

Enquanto a aparência externa assegura um visual que dificilmente deixará de ser notado, dentro do conceito que a Rolls-Royce batizou de Grand Arrival, o interior adota o conceito batizado de Grand Sanctuary, para oferecer aos ocupantes um espaço amplo, exclusivo e luxuoso.

Com isso, ela rejeita a visão de que os veículos no futuro serão apenas modelos utilitários, anônimos e de visual light produzidos em massa. Graças a uma profunda compreensão da personalidade de seus consumidores e de suas aspirações, o Vision Next 100 reflete uma proposta de mobilidade belíssima, autônoma, espaçosa e totalmente personalizável.

Visão do futuro da mobilidade de luxo

Para criar o concept, a Rolls-Royce partiu de três perguntas: 1) Como podemos remodelar o luxo nos próximos cem anos? 2) O que o proprietário de um Rolls-Royce irá esperar do seu veículo nas próximas décadas? 3) Como nós imaginamos atingir essas expectativas?

Em resposta a essas perguntas, a montadora chegou a quatro conceitos, que resumem sua visão de futuro da mobilidade de luxo:

A visão pessoal – De acordo com esse conceito, os compradores de um Rolls-Royce poderão influenciar tanto o quanto a configuração de seus veículos, que serão produzidos praticamente sob-medida.

A jornada sem esforço – Uma assistente pessoal eletrônica apelidada de Eleanor irá fazer o papel de mordomo e motorista, cuidando de cada aspecto do carro, desde a manutenção até levá-lo onde o proprietário está para que ele possa embarcar e conduzí-lo ao seu destino final.

O grande santuário – A área destinada aos ocupantes deve ser o seu santuário, configurado como uma verdadeira sala de estar construída utilizando os materiais mais nobres para proporcionar todos os confortos imagináveis. A tecnologia mais avançada complementa a experiência, como, por exemplo, no caso da grande tela OLED que domina a parte frontal da cabine.

A grande chegada – Desde os tempos mais remotos, os poderosos fazem questão de marcar a sua chegada com símbolos de poder. A proposta é que a aparência dos novos Rolls-Royce continue a fazer deles símbolos de status e poder. Esperemos que essa visão de palácio autônomo sobre rodas possa se transformar rapidamente em realidade. Embora ter um carro desses – ou mesmo poder ser transportado num deles – seja uma expectativa muito improvável, resta-nos ao menos esperar poder ver um de perto num Salão ou concessionária Rolls-Royce.

Texto: Amadeu Castanho Neto
Imagens: Divulgação