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Setor Automotivo 2019: inglês é mandatório para quem quer se destacar

Guia Salarial indica retomada de projetos e reaquecimento do mercado de trabalho do setor

Após dois anos consecutivos de retração, o setor automotivo brasileiro entra em recuperação, conforme apontam os especialistas da Robert Half, responsáveis pelos dados da 11ª edição do Guia Salarial da empresa.

“A instabilidade econômica que o Brasil enfrentou obrigou as montadoras e as sistemistas a reduzirem a mão de obra no limite. Agora, observo a retomada de projetos que estavam paralisados, com grandes chances de real aceleração”, explica Maria Sartori, gerente sênior de recrutamento da Robert Half.

Habilidades comportamentais

Para recompor as equipes, Maria Sartori ressalta que a maior dificuldade das empresas tem sido a fluência no inglês, idioma valorizado por 51% dos empregadores entrevistados para a 5ª edição do Índice de Confiança da Robert Half (ICRH).

“Em geral, as matrizes das montadoras estão localizadas na Europa, nos Estados Unidos ou na Ásia, o que exige dos profissionais de posições mais estratégicas dentro de toda a cadeia automotiva ampla capacidade para se comunicar em inglês. Um engenheiro fluente no idioma, por exemplo, tem sido altamente disputado”, ressalta.

“Além do idioma, os profissionais precisam ter perfil mão na massa, uma vez que as estruturas ainda estão enxutas e é preciso que o colaborador tenha capacidade de executar além do que é exigido em sua área”, completa.

Áreas em alta – As principais demandas do setor automotivo estão ligadas às áreas de projetos processos e vendas.

“No caso do engenheiro de processos é importante que o profissional tenha conhecimento prévio em produto, pois a interface com esta área é bastante intensa”, explica a executiva da Robert Half.

Existe também uma procura alta na área de qualidade, em que se exige dos profissionais o domínio da International Automotive Task Force (IATF), nova norma nova do segmento.

Setor Automotivo 2019 – mapeamento de oportunidades (Fonte: Robert Half)

Posições em alta e média salarial

· Gerente de projetos – entre R$ 9.000 e R$ 17.000 (empresas de pequeno e médio porte/ PM); e entre R$ 11.000 e R$ 23.000 (empresas de grande porte/ G)

· Engenheiro de processos – entre R$ 6.700 e R$ 8.000 (empresas de pequeno e médio porte/ PM); e entre R$ 6.800 e R$ 13.000 (empresas de grande porte/ G)

· Engenheiro de vendas – entre R$ 6.800 e R$ 12.500 (empresas de pequeno e médio porte/ PM); e entre R$ 6.800 e R$ 17.000 (empresas de grande porte/ G)

· Qualidade – entre R$ 7.000 e R$ 11.000 (empresas de pequeno e médio porte/ PM); e entre R$ 7.000 e R$ 13.000 (empresas de grande porte/ G)

Felipe Negri Vicentini

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  • Um ponto que deveria ser abordado é o fato da maioria das empresas substituirem o engenheiro por analistas de engenharia. Isso puxa o salário para um nível mais baixo, mas o nível de experiência e proficiência em inglês são os mesmos para cargos de engenheiros.

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