Uma reunião no último dia 21 de maio no gabinete do Secretário da Promoção de Igualdade Racial da cidade de São Paulo promoveu o encontro do Poder Público da cidade com grandes empresários da fabricação de alto falantes, amplificadores e segmentos do audio automotivo.
O motivo do encontro foi a parceria entre a ANAFIMA CBS, entidade que conglomera as principais empresas do mercado de som automotivo com representantes da Prefeitura de São Paulo para trabalhar conjuntamente a descriminalização dos proprietários de som automotivo no municipio.
Durante a reunião foi acordado um movimento de responsabilidade conjunta para a capacitação dos proprietários de som automotivo, parceria entre as empresas e os eventos coordenados pelo Secretário.
Contra a corrente
Diferente da maioria das cidades, São Paulo, através de um pensamento simples, encontrou o equilibrio entre comunidade e cidadãos que possuem uma aparelhagem potente em seus carros: respeito mútuo.
O início desta história foi quando o Prefeito de São Paulo chamou Antonio Pinto, Secretário de Promoção da Igualdade Racial, para organizar o que parecia ser impossível: os eventos de fluxo, pancadões e festas no meio dos bairros da periferia da maior capital da América Latina.
Neste momento a ANAFIMA CBS, entidade que responde pela indústria do som automotivo, entendeu que deveria trazer os empresários juntamente com a classe política e organizadores. “A Prefeitura de São Paulo, através da figura do Secretário Antonio Pinto e Cátia Cristina Dias da Silva, Assessora Especial da Secretaria Municipal de Promoção da Igualdade Racial, foram extremamente sensíveis em entender que punir quem organiza não era a solução definitiva. Eles estão aproveitando o canal aberto com estas comunidades que se agrupam para as festas e levam capacitação, agentes de saúde, educação e conscientização”, explica Daniel A Neves, presidente da ANAFIMA CBS.
A economia por trás do som automotivo
Caso de apreensão dos equipamentos e repressão aos proprietários tem sido comum em diversas cidades no Brasil. Na ‘defesa’ da paz pública, policiais autorizados por leis municipais atuam muitas vezes com violência e criminalizando proprietários de automóveis com som instalado, mesmo que estejam desligados, sob a acusação que estes veículos estão na ‘eminência de cometer um crime’.
Por outro lado, seguindo a tendência mundial, São Paulo saiu na frente de todas as demais cidades brasileiras, buscando aproveitar a economia gerada pelos eventos de som automotivo e aproximar as leis e normas de conduta. Partindo do princípio que eventos como do som automotivo geram renda, empregos e entretenimento.
O Brasil possui mais de 150 empresas fornecedoras de equipamentos, além de ao menos 5.600 lojas e instaladoras. Mais de 400 campeonatos regionais profissionalizados movimentam uma economia considerável nas cidades em que são realizados.
De acordo com a Prefeitura de São Paulo, mais de 500 eventos são realizados por ano e a sua condução pode alavancar uma socialização e entrada de agentes públicos em locais possivelmente sem acesso anteriormente, ao contrário do que acontece com a sua repressão.
Prefeituras de cidades próximas de São Paulo estão se articulando com os produtores de eventos relacionados ao som automotivo, visto que com estes há também um aumento da economia local. Destinar uma área para estes eventos e aproveitar, ao invés de condenar, é uma saída de geração de economia local inteligente.
Todo grande entretenimento deve ser regido por normas. O futebol possui torcidas organizadas, diversas classes sociais e conseguiu-se organizar o princípio da regra e moralidade do evento. Por que não fazer isto com os campeonatos de som automotivo?
“A indústria de som automotivo no Brasil é grande e emprega milhares de pessoas, sem contar o setor de serviço. As indústrias, distribuidoras e importadoras estão trabalhando ao máximo para incentivar o uso correto dos equipamentos”, explica Neves, da ANAFIMA CBS.
Para o Presidente da entidade, a repressão não resolve o problema da ordem pública, somente a empurra para outro entretenimento que muitas vezes é visto também de forma negativa pela sociedade: “Ninguém quer ser perturbado por um som alto, nós concordamos com isto. O que trabalhamos é a forma que esta situação está sendo lidada. Aproveitar que já existe um agrupamento de pessoas. Resta agora outros Municípios aderirem a este tipo de ação e movimentar a economia de suas cidades, ao invés de repreenderem”.
A revista AutoMOTIVO, como representante de mídia do mercado, acompanhou a reuniao e conferiu o progresso do diálogo e as resoluções altamente interessantes para o setor.
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parabens para todos. era de uma atitude dessa que o brasil estava precisando,pois som automotivo não é crime e sim diverssão som precisar entrar em um acordo para que todos posso se divertir sem encomodar ninguem