Por: Serginho e Billa, da Stop Car Audio Design

Qualidade no equipamento também é importante – a fidelidade de um driver ou um super tweeter, por exemplo, deve ser muito considerada – mas nós estamos falando de um cálculo que permita que a quantidade de decibéis entre graves, médios e agudos seja equivalente.
Em uma montagem de trio elétrico equilibrado, três tipos de falantes são preferencialmente indicados: woofers, drivers e super tweeters. No caso dos subwoofers, não que eles sejam totalmente desprezados neste sistema acima citado; é que sua participação, para que seja notada, requer um grande número de falantes ou um grande diferencial de potência aplicada para atingir o nível de db’s suficiente para um equilíbrio em relação aos outros três tipos de falantes. Isto se dá por ele possuir uma borda de amortecimento, que causa uma perda de db’s quando o porta-malas ficar aberto, e nada mais é do que a descompressão do alto-falante, que é levado a um trabalho de desescurcionamento (perda de curso de trabalho do cone).
Então, o que acontece muito é que se coloca drivers com subwoofers, o que “mata” o equilíbrio das freqüências e, consequentemente, prejudica o resultado final do som. Fica só com médios e agudos e sem “pancada” (é o famoso “som de parquinho”). É um problema seríssimo em instalações que visam qualidade.
Muitas vezes você vê um trio elétrico na rua, estourando em médios e agudos, mas com quase nada em graves. E diz: foi mal projetado. É certo que foi, mas por quê? É porque a potência de saída dos médios e agudos supera (em muito) os graves, o que faz com que as freqüências mais baixas sejam “atropeladas” pelas mais altas. Na grande maioria das vezes, você vê cinco, até seis drivers num projeto, com apenas dois woofers. Natural que, com drivers em grande quantidade, a tendência é eles falarem mais alto que os woofers (graves), quando aplicada a mesma potência para todos.

É simples montar um trio elétrico quando se tem em mente uma coisa, que é a resposta plana do som, isto é, que parta de 60 Hertz e vá até 16 a 18 KHertz com a mesma amplitude em db’s, salvo pequenas variações (que podem variar de ouvido para ouvido). Isso quer dizer que, numa medição por analisador gráfico, o sistema de som testado tem de acusar a resposta das freqüências por igual, sem picos. É um equilíbrio.
Num exemplo, um driver – em média – sendo aplicado um watt, fornece de 110 a 115 db’s, em uma medição com um microfone de alta sensibilidade a um metro de distância. Um woofer – aplicado também um watt e medido da mesma forma – dá, em média, entre 80 e 85 db’s. Há, portanto, uma diferença de cerca de 30 db’s. Isso é 10 vezes mais a potência aplicada: portanto, você terá que aplicar 1.024 watts no woofer para obter o mesmo db da corneta a um watt (não se assuste, isto é real!!!!), fazendo-o chegar aos 110, 115 db’s e dando o equilíbrio entre graves e médios. Um detalhe: estamos falando de um processo em que medimos os falantes segurando-os com as mãos, a 1 metro do microfone; isto quer dizer que não levamos em conta nenhum ganho de acústica provindo de uma instalação em caixa (todo mundo sabe que podemos obter um ganho de até 10 db’s ou mais no projeto acústico da caixa, o que devemos levar em conta na relação da potência aplicada).
Vamos deixar bem claro como se busca o equilíbrio de um sistema de trio elétrico. Esta relação pode ser conseguida pela equação:

V = √ P x R , onde

V = tensão (expressa em volts)
P = potência (expressa em watts)
R = resistência de saída do módulo (expressa em Ohms; ex.: um falante de 4 Ohms, R= 4)

Imagine, então, um trio elétrico com cinco, seis, oito drivers. Neste caso, a relação de distribuição de tensão assume uma complexidade maior pela quantidade de drivers e potência neles aplicada, que deve ser equivalente à potência aplicada aos woofers, para que possamos obter um equilíbrio em db. Então, o que fazer?

Escolha dos falantes: procure sempre no manual do produto (woofer, driver ou super tweeter) quantos decibéis ele pode produzir a um watt de tensão aplicada. Isso é importante para o cálculo correto da distribuição pelo sistema de som.

Com a informação em mãos, aplique a fórmula e descubra quantos woofers, drivers e super tweeters e qual a potência aplicada a cada um será necessário para se obter um mesmo nível de equilíbrio em decibéis.

Cuidado: parta sempre do mínimo de produtos de maior resposta em db’s (geralmente drivers e super tweeters), para conseguir calcular a quantidade e a potência aplicada aos outros falantes (woofers) a serem instalados no trio elétrico

fabio codellos

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