O bairro visitado pela equipe da AutoMOTIVO fica localizado na Zona Norte da cidade de São Paulo. A Vila Maria tem boa parte da economia proveniente das atividades relacionadas com logística e transporte de cargas, devido à grande quantidade de empresas do setor localizadas na região.
Os lojistas entrevistados, mais um vez mostram a diversidade que a loja especializada pode ter, ainda que atuem na mesma região. Um deles é especializado em pick-ups e utilitários, outro tem o foco na venda, com uma loja tradicional de balcão e atendimento e a última, ao contrário, investe na prestação do serviço para se destacar. Conheça um pouco mais sobre o que dizem:
Especialização em pick-ups e adequação ao mundo virtual
A Wagon Acessórios está estabelecida há 14 anos no mesmo local, com atendimento especializado em pick-ups e SUVs. Para Wagner, proprietário da loja, o mercado mudou bastante neste período: “Percebemos uma aproximação, cada vez maior, do cliente com o fornecedor, o que é muito desfavorável para nós. O cliente já vem com o produto na mão e a gente fica só com o serviço de instalação, e isso não é o suficiente para manter a loja do jeito que a gente gostaria”, conta.
Outra tendência é a busca do PDV pela internet. “Hoje o ponto físico não é mais o que atrai os clientes. 90% do público que eu recebo hoje na loja não é da região, são clientes que nos encontraram via internet”, afirma Wagner, que diferente do que possa imaginar pela entrada de clientes via internet, tem um público majoritariamente masculino na faixa etária de 35 a 50 anos, ou seja, hoje todos estão conectados.
Para se adequar a necessidade de atender carros cada vez mais equipados, Wagner acredita na profissionalização e investimento em treinamentos: “Não consigo ter novidades em produtos para oferecer, como tinha antigamente. Hoje os carros estão saindo cada vez mais sofisticados também com tecnologia agregada, e sentimos falta de treinamentos nessas áreas. Hoje, acontecem alguns workshops, mas são muito superficiais, precisamos de mais treinamentos técnicos”, finaliza.
A maior dificuldade do lojista é vender
“Não sou pessimista, mas a realidade é que o setor de sonorização caiu bastante. Hoje vendemos 10% de módulos e falantes que vendíamos antigamente. Creditamos muito a nova legislação que vigora em São Paulo”, afirmou Roberto da Roma Equipamentos Automotivos.
A loja, que está no mesmo local há 25 anos e hoje tem 4 funcionários, é forte na venda de som automotivo (alto-falantes e módulos de potência), mas também vende muito bem outros acessórios como os kits de faróis (xênon e LED). “Até temos dois instaladores na loja, mas o nosso forte é a venda, já que atendemos não só o consumidor final, mas alguns lojistas de pequeno porte”, conta.
Mesmo com carros saindo de fábrica mais equipados, Roberto afirma que sempre há o que oferecer. “Esse não é o nosso principal problema, mesmo no sistema de som de um carro zero que aparenta estar redondinho, sempre falta alguma coisa. Para nós o problema maior é agregar valor à venda e conseguir vender. Antes era mais fácil. Com a situação financeira do País ficou mais difícil vender o que é considerado supérfluo”, afirma Roberto.
Até por isso, na hora de escolher os fornecedores, a Roma pesquisa muito preço. “Nós costumamos fazer cotação, comprar em grande quantidade, pagar à vista, tudo para obter o melhor preço. Assim conseguimos nos diferenciar. É claro que algumas marcas exigem fidelidade, já que o cliente chega aqui pedindo por ela. Temos muito cuidado para não faltar produto em nosso estabelecimento”, finaliza.
Investimento em treinamentos e parcerias com lojistas da região
Com 10 anos de história no bairro e cinco funcionários, a Touch Acessórios Automotivos é uma exceção quando se fala em instalação. Segundo Anderson Napoli, essa questão está resolvida na loja: “O nosso instalador mais jovem já está com a gente há três anos, o mais antigo há oito. Formamos uma equipe bem legal e não tenho dificuldade nessa área”, conta.
Um dos motivos para a resolução dessa questão é o investimento em treinamentos: “Nós aqui sempre fazemos os treinamentos nos distribuidores, hoje somos autorizados de duas marcas importantes. Mas tenho sentido falta ultimamente de treinamentos técnicos, aperfeiçoamento, temas sobre as novas tecnologias”.
As novas tecnologias estão muito presentes nos carros que a Touch atende na loja. “O veículo que mais atendemos é o premium, o SUV. Já pensamos que fosse devido à localização e estilo da loja, mas hoje acredito que seja por causa do comércio virtual mesmo. Quem tem carro popular acaba pesquisando muito preço na internet e é uma briga de foice para o lojista físico, que não consegue chegar nos mesmos valores. Então, acaba sendo vantagem, para o cliente do veículo mais popular, comprar pela internet”.
Outro diferencial da Touch é o investimento no mercado de seminovos. Anderson conta que na região há muitas lojas de seminovos e que a loja fechou parceria com algumas delas: “Começamos a atuar numa área de reparos e consertos. Por exemplo, um cliente quer trocar os acessórios, ou até mesmo fazer a manutenção dos existentes, a loja manda para cá. Fica caro fazer esse tipo de conserto numa concessionária, então criamos até uma fama na região, por exemplo: – Onde arrumo o teto? – Vai na Touch que eles arrumam! Isso atrai cliente para a loja e conseguimos vender outros acessórios”, finaliza.
Texto: Denise Andrade e Felipe Negri
Imagens: Equipe AM
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