Unidades deve fechar a partir de 7 de junho por 10 dias
A Volkswagen paralisará a produção em São José dos Pinhais, no Paraná, e em Taubaté, em São Paulo, por conta da falta de semicondutores, que tem afetado a indústria mundial. As unidades fabris devem fechar a partir de 7 de junho e ficarão paradas por 10 dias. Deste modo, a comercialização do Fox, Voyage, Gol e T-Cross devem ser prejudicadas, já que sofrerão com a pausa na fabricação. A empresa foi procurada pela equipe de reportagem da revista AutoMOTIVO, e recebeu uma nota de resposta com detalhes da situação.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região – Sindmetau confirmou que 2 mil funcionários da empresa ficarão em casa no próximo mês. Na fábrica paranaense cerca de 4 mil operários devem entrar de férias coletivas. Caso as unidades do Grande ABC paulista e de São Carlos também parem, cerca de 13,5 mil trabalhadores deverão ficar em casa.
Nota Volkswagen
“Uma escassez significativa de capacidades de semicondutores está levando a vários gargalos de fornecimento em muitas indústrias globalmente. Isso também gerou problemas no abastecimento da indústria automotiva ao redor do mundo desde a virada do ano. O resultado são adaptações em toda a indústria na produção de automóveis, o que também afeta as marcas do Grupo Volkswagen. Nos últimos meses, o time da Volkswagen do Brasil tem trabalhado intensamente e com sucesso, internamente e em parceria com a nossa matriz, para minimizar os efeitos da escassez de semicondutores para a produção em suas fábricas no Brasil. Até hoje, as nossas unidades no País não foram afetadas em maior escala. Entretanto, com o agravamento do cenário e com base na situação atual, presumimos que o fornecimento de semicondutores continuará a ser limitado ao longo das próximas semanas. Por essa razão, as fábricas da Volkswagen em São José dos Pinhais, no Paraná, e em Taubaté, em São Paulo, suspenderão as suas operações por 10 dias, a partir de 7 de junho.”
Crise global por falta de equipamentos eletrônicos
Não é só a Volkswagen que sofrerá com a falta de semicondutores. Outras montadoras também têm sofrido por conta da carência do componente tecnológico. A General Motors é um exemplo, já que a partir de junho irá paralisar a produção em São Caetano do Sul por falta de peças e também para ajustar a implantação de uma nova linha para a pick-up Montana. Em Gravataí a suspensão derrubou as vendas do Onix e Onix Plus.
Outra empresa que deve parar é a Nissan pois informou que pode suspender a linha de montagem de Resende, no interior do Rio de Janeiro. Caso isso aconteça, mais de 1,76 milhão de carros não serão fabricados no país, como aponta estudo da consultoria norte-americana Auto Forecast Solution – AFS.
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