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Com carga tributária de 34%, Brasil é o último entre 30 países em retorno de serviços à sociedade

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São muitas as reportagens em noticiários e jornais onde mostram escolas e unidades de saúde em péssimo estado por todo o país.

O brasileiro paga muito por tudo isso, pois além dos tributos, ainda precisa pagar por assistência médica particular, escola de qualidade, segurança, transporte e estradas sem buracos.

E não é culpa da história não. Segundo o presidente executivo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, João Eloi Olenike, “o que o país precisa é investimento nas áreas essenciais como saúde, educação e segurança, e dá para fazer”.

São muito trilhões de reais arrecadados e gastos com a máquina pública que parece existir para servir a si mesma.

Em junho, o painel do Impostômetro, sistema da Associação Comercial de São Paulo em parceria com o IBPT, registrou o primeiro trilhão do ano pago em tributos.

Para medir tudo isso, e na esperança de que um dia o cenário melhore, o IBPT criou o Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade, o IRBES.

Através de dados da OCDE – Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, como a Carga Tributária sobre o PIB – Produto Interno Bruto e o IDH – Índice de Desenvolvimento Humano ONU – (Organização das Nações Unidas), pudemos criar um índice, com importâncias ponderadas, de 15% e 85% respectivamente, que demonstrasse matematicamente a realidade que sentimos no dia a dia”, diz Olenike, que também é Contador.

IRBES – Brasil na lanterna

Em sua 9ª Edição, o estudo IRBES – Índice de Retorno ao Bem-Estar da Sociedade, aponta o Brasil como sendo o último de 30 países analisados entre aqueles com as mais altas cargas tributárias.

Desde a primeira edição do estudo, o Brasil ocupa a última posição. Nós temos a 15ª carga tributária mais alta do mundo, entre os 193 países signatários da ONU.

A Irlanda, país em primeiro lugar no ranking, tem uma carga tributária pequena quando comparada a outros países do estudo, mas tem um excelente nível de desenvolvimento, o que faz com que tenha atingido o maior valor referente ao IRBES.

“É possível arrecadar e investir. Vemos países da América do Sul, como Uruguai e Argentina que têm um índice de retorno maior que o do Brasil. A campeã, Irlanda, também é um excelente exemplo de carga tributária baixa e alto desenvolvimento”, afirma o presidente do IBPT.

Ainda com relação à Irlanda, esse país é um modelo a ser seguido, pois com pouco mais de 4,6 milhões de habitantes, tem uma expectativa de vida de 82 anos, com 67% da população entre 15 e 64 anos empregada e ótimos índices de escolaridade e desenvolvimento social.

O estudo do IRBES é um instrumento de conscientização da população e do Poder Público, para que haja transparência e controle dos recursos arrecadados com tributos no país, além da cobrança para que esses recursos sejam investidos em serviços essenciais de acesso universal, garantindo o desenvolvimento do Brasil em todas as áreas.

Veja abaixo a tabela do Ranking do IRBES:

RANKING ANO 2017 ANO 2018 ÍNDICE OBTIDO RESULTADO RESULTADO
30 PAÍSES DE MAIOR TRIBUTAÇÃO C.T SOBRE O PIB IDH IRBES RANKING RANK. ANTEIROR
IRLANDA 22,80% 0,938 168,51
AUSTRÁLIA 27,80% 0,939 162,85
SUIÇA 28,50% 0,944 162,47
ESTADOS UNIDOS 27,10% 0,924 162,38
CORÉIA DO SUL 26,90% 0,903 160,82
JAPÃO 30,60% 0,909 157,08
CANADÁ 32,20% 0,926 156,68
NOVA ZELÂNDIA 32,00% 0,917 156,15
REINO UNIDO 33,30% 0,922 155,08 11º
ISRAEL 32,70% 0,903 154,15 10º
NORUEGA 38,20% 0,953 152,08 11º 12º
ESPANHA 33,70% 0,891 151,98 12º 13º
ALEMANHA 37,50% 0,936 151,44 13º 16º
ISLÂNDIA 37,70% 0,935 151,12 14º 14º
REPÚBLICA TCHECA 34,90% 0,888 150,35 15º 15º
ESLOVÁQUIA 32,90% 0,855 149,84 16º 20º
ESLOVÊNIA 36,00% 0,896 149,76 17º 19º
URUGUAI 29,30% 0,804 149,65 18º 10º
ARGENTINA 31,30% 0,825 149,13 19º 18º
LUXEMBURGO 38,70% 0,904 147,34 20º 17º
ÁUSTRIA 41,80% 0,908 144,11 21º 26º
DINAMARCA 43,50% 0,929 143,94 22º 23º
FRANÇA 41,50% 0,901 143,86 23º 24º
SUÉCIA 44,00% 0,933 143,71 24º 22º
GRÉCIA 39,40% 0,870 143,64 25º 21º
FINLÂNDIA 43,30% 0,920 143,41 26º 28º
HUNGRIA 37,70% 0,838 142,88 27º 29º
BÉLGICA 44,60% 0,916 141,57 28º 25º
ITÁLIA 42,40% 0,880 141,04 29º 27º
BRASIL 34,25% 0,759 140,13 30º 30º
CARGA TRIBUTÁRIA 2017 – FONTE OCDE        
IDH 2018 FONTE – ONU          
Felipe Negri Vicentini

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Felipe Negri Vicentini

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