Produção e exportação tiveram bons números no mês passado
Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores – Anfavea novembro não só manteve a alta do segundo semestre como foi o melhor mês do ano, que sofre graves efeitos por conta da pandemia de corona vírus. O mês passado teve aumento na produção, licenciamento e, também, nas exportações.
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Em relação ao licenciamento, novembro teve 225 mil unidades licenciadas, o que resultou crescimento de 4,6% ante o mês de outubro deste ano, que teve 215 mil unidades licenciadas. No entanto, ao comparar com o mesmo período do ano passado houve queda de 7,1% com 242 mil unidades licenciadas.
Foram levados para fora do país neste período 44 mil unidades, o que representa o melhor resultado desde agosto de 2018. Ao comparar com outubro deste ano o aumento foi de 34,9% já que foram exportados 34,9 mil unidades e, também, houve crescimento 38,6% em relação a novembro de 2019, quando saíram do Brasil 31,7 mil unidades. Já no acumulado do ano há queda de 28,4% com 285,9 mil exportados em 2020 e 399,2 mil exportados em 2019.
A produção também puxou os dados para cima. Foram produzidas 238,2 mil unidades no mês passado, o que representou crescimento de 0,7% ante outubro, que teve 236,5 mil unidades fabricadas. Ao comparar com o mesmo período em 2019 o aumento foi de 4,7% ao comparar com as 227,5 mil unidades produzidas. No acumulado houve queda de 35%, pois no ano passado foram fabricados 2,8 milhões ante 1,8 milhão deste ano.
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A média diária do estoque está em 16 dias com 119,4 mil unidades, deste montante 21,3 mil estão nas fábricas e 98,1 mil estão nas concessionárias. Já o emprego no segmento teve queda de 0,5% ao comparar com outubro que teve 121,4 mil postos de trabalho contra os 120,8 mil postos de trabalho de novembro.
Estados em queda
A entidade também divulgou os números do acumulado do licenciamento de autoveículos por estados. Os três principais estados: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro tiveram queda. Os paulistas tiveram 640.763 unidades licenciadas em 2019, já neste ano foram licenciadas 434.500 unidades, o que representa uma queda de 32%.
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Os cariocas licenciaram 86.199 unidades neste ano, o que representa uma queda de 38% ante o acumulado do ano passado que teve 138.747 unidades. Já os mineiros tiveram 358.083 unidades licenciadas neste ano, já em 2019 fora 556.178 unidades, o que representa queda de 36%.
Outros países
De fato o ano está ruim para todo mundo, o quase todo mundo. Já que os orientais já mostram sinais de recuperação no licenciamento. No mês de novembro Coreia do Sul teve aumento de 5%, Japão de 7% e China de 11%, porém, no acumulado apenas os sul-coreanos tiveram crescimento com 6%, chineses caíram 5% e japoneses 12%.
Na Alemanha, França, Itália, Espanha e Reino Unido tiveram queda tanto no mês de novembro quanto no acumulado. O destaque negativo ficam para espanhóis e ingleses que tiveram queda de 32% no acumulado do ano.
Já os países do continente americano seguem o mesmo ritmo dos europeus. Estados unidos teve queda de 16% no acumulado e de 14% em novembro. Os latinos americanos Brasil, Argentina e México tiveram queda no acumulado. Argentinos caíram 27%, já brasileiros e mexicanos caíram 29%. Os argentinos ainda tiveram aumento de 34% em novembro, mas não foi possível puxar o mercado para cima.
Preocupações e Desafios
A Anfavea ainda demonstrou preocupação com a desvalorização do dólar, altos preços do aço e aumento da inflação. Estes dois fatores devem puxar os preços dos carros para cima, como já vem acontecendo. Além destes dois fatores econômicos, a associação externou receio com a falta de insumos, que pode paralisar a produção por um ou dois meses, o que pode afetar o emplacamento e a exportação.
“O aumento do aço é na veia. Isso impacta diretamente na cadeia de produção, o que é quase impossível não repassar esse custo pra o consumidor final. Já em relação ao risco de parada de produção estamos fazendo o melhor possível. As montadoras estão tentando achar a melhor saída possível para mitigar os riscos. Apesar de todo esse esforço existe sim um risco um pouco maior de parar em dezembro”, ressaltou o Presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.
Mercado Automotivo 2021
Com a vacina muito próxima e com ela a esperança de terminar a pandemia, todos esperam um 2021 bem melhor do que foi 2020. Porém, para o presidente da Anfavea ainda é cedo para fazer perspectivas do mercado em 2021.
“Nos estamos fazendo um trabalho de perspectivas de 2021. Mas ainda estamos na fase de ouvir bancos, fornecedores, veículos usados, montadoras, enfim estamos coletando informações para termos algo mais concreto. Pois ainda temos muitas incertezas e, por conta, da pandemia ainda é cedo para dar uma perceptiva. Em relação a economia, ainda temos dúvidas na questão fiscal. Enfim, esperamos um cenário melhor”, analisou.
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