Nós sabemos que, pela sua atuação no mercado, você tem uma denominação diferente de acessório…
Sim, a gente divide em “equipamento acessório” – que são os acessórios opcionais, como engates, bagageiro, farol de milha, etc. – e os “acessórios autopeças” – farol original, pára-choque, retrovisor, e por aí vai.
Baseado nesta atuação de quatro anos – e tua vivência de mercado, de mais de 30 – nos diga uma coisa: hoje nos parece que há menos clientes comprando mais, talvez até melhor, por serem mais exigentes. Como atuar nesta realidade?
Justamente com um mix de produtos que seja de qualidade, atendam às expectativas mas que também permitam uma rentabilidade para o distribuidor, porque hoje há custo para tudo: frete, tem que dar prazo de pagamento (o que já gera um custo em si mesmo, porque você tem de “bancar” a venda durante os 30, 60 dias de prazo), distância (temos clientes em Marabá – Pará – e a entrega demora de 10 a 15dias pra chegar); nesse tempo ele não lucra, e nem eu. Mas o que você falou é verdade: o cliente quer praticidade, então ele busca um distribuidor/fornecedor que o atenda em todas as suas necessidades, ou seja, plenamente.Porque se ele puder ter tudo em um lugar só é mais fácil, facilita a logística, facilita a negociação, facilita em tudo. Nem sempre é possível, mas eu também vejo que esta é necessidade de mercado, e nós temos nos preparado todo este tempo para fazer isso, atendendo nosso cliente plenamente.
Ou seja: que atenda ele no que ele precisa com confiabilidade, relacionamento e credibilidade fazem diferença no mercado?
Sim, claro! Porque o cliente sempre busca alguém que, no final das contas, vai dar um retorno positivo para ele, tanto em preço, prazo quanto acessibilidade e praticidade.
Outra coisa é a seriedade: nós somos novos, mas desde o começo eu tentei implantar um sistema de trabalho muito “sério”. Porque, quando a gente abriu – e olha que nós começamos a trabalhar com um catálogo de cerca de dois mil itens (produtos) em nosso estoque, separados, guardados e etiquetados – nós já tínhamos um programa com o cadastro de potenciais clientes, preço com custo de entrega, tudo calculado para não cometermos erro algum, nem comprometer uma credibilidade que nós buscávamos, à época, e que hoje finalmente conquistamos.
Esta é a tua experiência, então, que você trouxe do seu convívio profissional em outras empresas do ramo, e soube transformar em expertise para sua distribuidora?
Certamente. Mesmo uma empresa que começou pequena como a nossa, com capital de giro modesto há quatro anos, tem como maior patrimônio o compromisso com o cliente, que é a base de nossa credibilidade no mercado. E esse é o objetivo maior e a base do nosso trabalho aqui, na Automix. Não se pode pensar em crescer sem isso.
Como você enxerga o mercado de som nos dias atuais?
Bem, hoje há uma questão fundamental: o público quer qualidade – mas também quer preço! Só que qualidade exige custo, requer investimento.
E como equacionar este “paradoxo” de conciliar custo com qualidade?
Baseado na nossa experiência, isso só é possível com uma avaliação inteligente da situação de mercado, adicionado ao fator de produtividade…
Por favor, exemplifique…
Um exemplo: não adianta comprar componente que demora para montar. A linha de montagem tem que ser rápida, efetiva e inteligente. Por isso, até na busca por insumos e componentes tem de ter inteligência…Só assim nós driblamos o custo, e atingimos objetivos que nos permitam lucratividade para investir e seguir em frente.
Outra solução foi a de colocar dentro da empresa e da linha de produção todo tipo de trabalho de feitura das partes – cabine de pintura e serigrafia das carcaças dos módulos, corte de chapas – tudo isso concentrado e focado dentro da empresa nos dá uma velocidade e flexibilidade na produção que ajuda, e muito, na redução de custos. Sem contar o controle de qualidade, que fica muito mais eficaz, minimizando eventuais erros em processos feitos aqui que, antes, seriam gerenciados por fornecedores ou terceiros.
Então, a qualidade passa pelo equacionamento do custo em todas as fases da produção?
Sim. Desde o desenvolvimento de projeto, passando pela escolha de insumos e componentes, até a montagem. Só assim conseguimos nos desenvolver no mercado.
Qual o produto da Digisound de maior aceitação no mercado até hoje?
Foi o amplificador booster de 3 canais 780, que nós aperfeiçoamos e relançamos posteriormente sob outro número – o 1560, tamanha aceitação ele teve no mercado. Mas também não fabricamos só amplificadores: buscamos diversificar e, hoje, a Digisound produz desde antenas automotivas até amplificadores Mosfet de alta potência, passando pelo mixer e pela mais completa linha de boosters do mercado.
Quer dizer que só mesmo a busca por um mix de produtos garante a flexibilidade da empresa dentro daquela equação custo/qualidade, de que falamos anteriormente?
Perfeitamente. Fomos ocupando o espaço de mercado com segurança, prudência e visão de negócios, e crescemos graças a isso.
A Digisound possui um serviço de pós-vendas?
Temos um SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente) para o lojista/distribuidor.
Qual o índice de retorno de produtos com defeito?
Baixíssimo. Menos de 1% e, muitas vezes, o defeito não se refere a nosso trabalho.
Refere-se a quê, então?
Na grande maioria dos casos, por erro na instalação. O instalador da loja erra na ligação e queima o módulo, assim que o liga. Nestes casos, há muito pouco o que nós possamos fazer, por isso- além dos manuais de instalação, mantemos esta linha direta com lojistas e distribuidores através de um MSN comercial, sempre online durante o horário comercial. Isso representa custo zero na consulta de nossos clientes, que também podem optar por nosso atendimento via telefones ou mesmo por e-mail, quando a consulta não requer urgência.
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