Estamos nos primeiros dias de um novo ano. Como no início de qualquer jornada, é importante saber o destino, os detalhes do percurso a ser percorrido e os recursos necessários para que o destino seja alcançado. Para planejar é preciso contar com informações, também necessárias na hora de reagir adequadamente aos imprevistos que podem aparecer pelo caminho.
No mercado de equipamentos de som e acessórios automotivos não é diferente. E, para planejar, é preciso saber muito sobre ele. Qual é o seu tamanho? Será que ele já está saturado? Existe espaço para crescer? E se existe espaço para aumentar as vendas, para que regiões, Estados e municípios o investimento deve ser dirigido?
Evidentemente, as questões não param por aí. Para obter respostas que permitam planejar com maior segurança, um dos instrumentos mais indicados (embora ainda pouco utilizados, ao menos no nosso mercado) são os estudos de índices de potencial de consumo (IPC), que mostram a capacidade de uma cidade, Estado ou região de absorver uma determinada categoria de produto.
Baseados em dados oficiais do IBGE, utilizando fórmulas estatísticas e cruzamentos com outros dados oficiais, eles permitem mapear o potencial de consumo de cada município brasileiro, com detalhes como número de habitantes, seu sexo e a que classes sociais eles pertencem.
Estudo revela dados positivos
Ainda não existe um estudo que dê uma resposta definitiva para a questão a respeito do real tamanho do nosso mercado, mas os estudos de índice de potencial de consumo permitem apontar tendências e determinar alguns valores.
Por exemplo, um desses estudos, o IPC Maps, mostra que desde 1991 a participação da Região Sudeste no potencial de consumo do país caiu de 59 para 49,2%, enquanto a das outras regiões cresceu ou sofreu poucas alterações. No mesmo período, a região Nordeste passou de 13,7 para 19,5% e a região Norte pulou de 4,6 para 6%.
O estudo aponta que, embora os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul continuem liderando o consumo em geral, seu potencial de consumo vem caindo. Enquanto isso, o de outros mercados aumenta, como é o caso da Bahia, que foi o que mais cresceu, registrando um aumento de potencial de consumo de mais de R$ 25 bilhões entre 1999 e o ano passado.
Ele também mostra que o poder aquisitivo da população vem crescendo e que hoje, 50,8% dos brasileiros já são de classe média. Os da classe A representam 19,5%, os da C somam 26,1% e os da D, só 3,5%, enquanto que os da classe E se reduziram a só 0,1%. Somadas, as classes A e B, que reúnem os consumidores de alto e médio poder aquisitivo, representam 70,3% do consumo do país.
Gastos com veículos
Entre os dados de pesquisas do IBGE, como a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios e a Pesquisa de Orçamento Familiar, está incluída a categoria “Gastos com Veículo Próprio”, que engloba despesas com emplacamento, licenciamento e seguro, pagamento de multas, estacionamento, troca de óleo, pneus e câmaras de ar, funilaria, conserto/mecânico, lubrificação e lavagem, combustível e acessórios.
Os gastos com veículo próprio estão entre os que mais cresceram no consumo urbano entre 1999 e 2014, junto com manutenção do lar, outras despesas, matrículas e mensalidades, viagens, alimentação fora do domicílio e higiene e cuidados pessoais. Enquanto isso, gastos com transportes urbanos, fumo e alimentação no domicílio foram os que tiveram o menor crescimento.
Os itens dessa categoria, que somavam um potencial de consumo anual da ordem de R$ 78 bilhões em 2009, já representavam R$ 153,39 bilhões cinco anos depois, em 2014. Segundo a IPC Maps, as despesas com som e acessórios correspondem a aproximadamente 5% do total dessa categoria, o que significou em 2014 a impressionante cifra de 7,7 bilhões de reais!
Processamento especial para o Fórum
Um processamento especial feito pela IPC Maps especialmente para a AutoMOTIVO e apresentado em primeira mão para os participantes do I Fórum do Mercado de Som e Acessórios, em setembro de 2014, mostrou que a Região Sudeste responde por 48,64% do total do potencial de consumo de gastos com veículos do país, a Sul por 18,97%, a Nordeste por 17,25%, a Centro-Oeste por 10,02% e a região Norte, por 5,1%.
É interessante comparar que nem sempre o potencial de consumo de gastos com veículos de uma região é igual ao potencial de consumo geral. Enquanto no Sul e no Centro Oeste, o IPC de gastos com veículos é superior ao de consumo geral, no Sudeste, no Nordeste e no Norte, ele é inferior. Ou seja, no Sul e no Centro Oeste os moradores gastam mais dinheiro com seus veículos.
O processamento especial aponta ainda como os 7,7 bilhões de reais de consumo com som e acessórios são repartidos pelos Estados (confira a tabela). Para variar, o Estado de São Paulo fica com a parte do “leão”, mais de 31% do total, o que significa R$ 2,38 bilhões em gastos com acessórios.
Mais uma vez o IPC referente a gastos com veículos não acompanha o IPC geral. O Rio de Janeiro, 2º colocado no ranking geral de consumo, é só o 5º no de gastos com veículo próprio, no qual Minas, Rio Grande do Sul e Paraná ficam em 2º, 3º e 4º lugares. Santa Catarina, Bahia, Goiás, Pernambuco e Ceará ocupam da 6ª à 10ª colocação nesse ranking. Só esses dez Estados somam quase seis bilhões de reais de potencial de consumo de equipamentos de som e acessórios automotivos.
No que diz respeito ao potencial de consumo das cidades (confira a tabela), São Paulo vem no topo da lista, com 797 milhões de reais em gastos com som e acessórios, seguida por Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Curitiba. Campinas é o primeiro mercado entre as cidades do Interior, em 10º lugar.
A força do Interior é grande: localizadas na Grande São Paulo, Guarulhos, São Bernardo do Campo e Santo André aparecem nas 13ª, 14ª e 15ª posições, enquanto Ribeirão Preto é a 18ª e São José dos Campos aparece na 20ª posição. Joinville, cidade com o 23º maior potencial de consumo, é a primeira cidade do Interior no ranking que não pertence ao Estado de São Paulo.
A lista revela ainda que os 50 municípios com maior IPC concentram 45,25% do potencial de compras do País inteiro, com gastos de 3,47 bilhões de reais em som e acessórios. Desses 50 municípios, 14 deles (28%) ficam no estado de São Paulo, 5 no Rio de Janeiro e 4 em Minas Gerais. Paraná e Santa Catarina têm 3 cada um, enquanto que na Bahia, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Espírito Santo, apenas 2 em cada.
Texto: Amadeu Castanho Neto
Dados: IPC Marketing
Ilustrações: Divulgação e Equipe AutoMOTIVO
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