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Falta de chips e semicondutores é atual ameaça ao setor

Em meio ao fortalecimento da pandemia com uma segunda onda de contágios no país o setor de eletroeletrônicos onde estão os segmentos de áudio e vídeo, smartphones e também som e acessórios sofre com uma segunda ameaça, ainda que temporária: a falta de chips e semicondutores. No final de março a Associação da Indústria de semicondutores da China (CSIA) emitiu um alerta para a falta destes insumos. 

Segundo o documento a elevação das vendas desse tipo de produto o que inclui chips, microchips, fios e componentes cresceu 18% em 2020 em função da pandemia. A aceleração dos métodos de trabalho em casa, o chamado home office, fez aumentar a demanda por dispositivos como smartphones, notebooks e desktops. Esse desequilíbrio na demanda que vinha caindo, especialmente de computadores, levou a uma falta generalizada de componentes também usados em circuitos de automação, fiação, chips e outros insumos. Até mesmo produtos usados em multimídias e até o metal empregado em equipamentos de iluminação está em falta por conta deste desequilíbrio. Resultado? Falta de produtos.

O economista Andrey Nousi, do Investing.com, estima que as vendas desses insumos indispensáveis chegaram a US$ 440 bilhões, cerca de R$ 2,2 trilhões em todo o mundo. Boa parte destes produtos é fabricada na China e uma parcela menor em Taiwan, Japão e Estados Unidos que fabrica apenas 12% de tudo o que consome.

Setor automotivo afetado

Só no mês de março Chevrolet, Toyota e Stellantis (Fiat e Jeep) foram obrigadas a suspender a produção de veículos como Onix, Corolla, Compass e Argo. A Anfavea, que reúne os fabricantes de veículos instalados no país, estima que neste período 80.000 veículos deixaram de ser fabricados. Com isso, há uma dificuldade de entrega destes automóveis novos enquanto a demanda por eles segue em alta. 

Neste segmento a situação é ainda mais complexa pois o nível de eletrônica empregada nos automóveis cresce de forma exponencial. Carros elétricos embora tenham construção mais simples são altamente tecnológicos com sensores, dispositivos de condução adaptativa, entre outros.

Solução de longo prazo

Especialistas do setor acreditam que o tempo para ajustar a esta nova demanda fique entre três e cinco anos. É o tempo necessário para ampliar toda a cadeia de fornecedores que não estavam acostumados a um consumo tão grande de dispositivos de uso individual. Neste processo estão produtos como aço, alumínio e silicone, usados nesta indústria, cuja produção precisa acompanhar este novo cenário.

Marcos Camargo

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