Já tenho observado há algum tempo que a maioria dos jovens que utiliza subwoofers em seus carros gostaria de ter graves fortes o suficiente para fazer “tremer o chão”. Independente da marca e modelo dos subs e amplificadores utilizados, lamentavelmente o resultado da maioria das instalações é medíocre, e isso por uma série de motivos que vão desde cabos mal dimensionados até caixas acústicas feitas sem qualquer técnica. O que eu nunca consegui entender é o fato de se gastar R$ 5 mil num sistema de som – e querer economizar R$ 200 justamente na caixa!

O problema das caixas mal projetadas e construídas (note que são duas etapas – projeto e construção) é que elas fazem você perder rendimento (leia-se dB’s). Volume incorreto, vedação inadequada e paredes muito finas fazem a caixa vibrar, diminuindo assim o som resultado final pelo subwoofer. Na realidade, apesar da caixa ser feita para dar graves, suas paredes acabam trabalhando contra o subwoofer – isso sem falar nas junções de fios por dentro da caixa, (em forma de “Y”) com fita crepe, isolante ou até mesmo durex. Emenda em “Y” é o tipo de emenda permitida, desde que você tenha o conector apropriado para tal; caso contrário, torna-se uma verdadeira “gambiarra”.

Cada caixa é um projeto à parte, e o que se deve ter em mente ao projetar uma caixa é o controle sobre o cone do subwoofer e como a caixa vai ser capaz de controlá-lo.

Este cone mais bem controlado vai permitir aplicar muito mais potência no subwoofer, sem risco de danificá-lo. Sem este controle, há uma redução no excursionamento do subwoofer, reduzindo drasticamente a potência aplicável por causa da distorção provocada.

Bem, continuando sobre os vazamentos – quando digo que uma caixa sem vazamentos aumenta a potência aplicável, não me refiro à potência que vem marcada na parte de trás do ímã do subwoofer – pois esta refere-se à “potência térmica” (ou seja, a potência que a bobina suporta sem derreter o verniz e fechar curto-circuito).Refiro-me, neste caso, à potência limitada mecanicamente pelo excursionamento do conjunto da suspensão do subwoofer. Esta potência não vem escrita nem mesmo no manual de instruções do falante, por variar muito de acordo com o volume e o tipo de caixa que se pretende construir. Portanto, é possível que seu sub de 1.000 Watts não suporte mais do que 200 Watts – numa caixa com problemas sérios de vazamento.

Saiba que caixas malfeitas podem render até 9 dB’s a menos, em relação a uma caixa feita corretamente – e 9dB’s significa algo em torno de 400% de diferença. É certo que não adianta tentar resolver o problema escolhendo amplificadores mais potentes ou mais subwoofers. Para obter mais graves, deve-se começar por fazer uma caixa acústica extremamente sólida.

Na próxima edição, explicarei detalhadamente como construir uma excelente caixa acústica para melhorar o desempenho dos sistemas de som dos carros de seus clientes e, assim, garantir um resultado favorável que atenda às expectativas.

Até o mês que vem!

fabio codellos

Recent Posts

Salão do Automóvel de SP 2025 recebeu mais de meio milhão de visitantes

Qual o balanço do salão do automóvel de são paulo 2025? Durante o evento, bem…

4 dias ago

Veikko by NP no Salão do Automóvel: confira o que marca levou para o evento

fabricante de soleiras, protetores e adesivos está no maior evento de carros do Brasil A…

1 semana ago

Ecotap no Salão do Automóvel: veja o que marca levou para o evento

No setor de acessórios, marca destacou produtos de borracha no maior evento do setor A…

1 semana ago

Renault Kardian recebe nota máxima no LATIN NCAP

SUV compacto é bem avaliado em novo teste pelo órgão independente Renault Kardian obtém nota…

1 semana ago

Corzus está no Salão do Automóvel 2025: veja os lançamentos da marca

Fabricante de amplificadores e caixas levou últimas novidades para o evento Screenshot Além de participar…

1 semana ago

Brucke engates no Salão do Automóvel: confira as novidades

Fabricante levou linha de engates e acessórios para o Salão Screenshot "Uma alegria estarmos com…

1 semana ago

This website uses cookies.