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Karmann-Ghia comemora 60 anos em outubro

A primeira vez que um Karmann-Ghia foi visto em público foi na época do Salão de Paris de 1953, ainda como um protótipo. Só em 1955 é que as primeira unidades de série começaram a sair da fábrica. Hoje, o primeiro protótipo é uma das atrações da Coleções de Automóveis mantida pela Volkswagen na cidade de Osnabrück, na Alemanha.

Idealizado por Wilhelm Karmann, dono da encarroçadora Karmann, responsável pela fabricação para a Volkswagen da versão conversível (Cabriolet) do Fusca desde 1949, o carro foi projetado em segredo por Luigi Segre, da Carrozzeria Ghia, em Turim, na Itália.

Primeiro protótipo do Karmann-Ghia coupé

Apesar de usar plataforma mecânica Volkswagen, o projeto começou sem que a fábrica alemã tivesse sido nem ao menos consultada. Embora a idéia inicial tenha sido de construir um conversível, o primeiro protótipo apresentado acabou sendo de um pequeno coupé.

Karmann só viu o carro pela primeira vez em outubro de 1953, numa pequena garagem em Paris, cidade onde ele tinha ido para participar do famoso Salon de l’Automobile (Salão do Automóvel de Paris). Entusiasmado com o resultado, no mês seguinte ele apresentou o protótipo para Heinrich Nordhoff, presidente da Volkswagen, que acabou aprovando o projeto e dois anos depois as primeiras unidades chegavam às ruas.

A versão conversível, também desenvolvida por Luigi Segre no estudio Ghia, foi lançada em 1957 e a produção dos dois modelos na Alemanha foi mantida até 1974. Atualmente, a fábrica da Karmann foi incorporada ao grupo VW como Volkswagen Osnabrück GmbH e produz modelos como o Golf Cabriolet, os Porsches Boxster e Cayman, e o Volkswagen XL1.

No Brasil

A Karmann chegou ao Brasil em 1960, com uma fábrica em São Bernardo do Campo, a poucos quilometros da Volkswagen. Dois anos depois saiu da linha de montagem o primeiro Karmann-Ghia brasileiro. Cinco anos depois, em 1967, foi a vez da versão conversível. Em 1972 a Volkswagen decidiu interromper a produção do Karmann-Ghia, se antecipando em dois anos à decisão da matriz. Atualmente, o Karmann-Ghia conversível é um dos modelos mais valorizados pelos colecionadores brasileiros.

fabio codellos