Copa do Mundo, antecipação das férias escolares, férias coletivas generalizadas, trânsito complicado, manifestações políticas e eleições. 2014 promete muitas novidades que devem impactar a economia, atiçar a inflação e mexer com as indústrias, com o comércio e com a vida do consumidor.
Em função disso tudo, as previsões das indústrias automobilísticas é que o ano termine num zero a zero, ou, se tudo der certo, num crescimento apenas nominal. Se isso não é muito bom, não chega a ser exatamente ruim.
Crescer a taxas como as registradas nos últimos anos poderia levar a um clima de euforia e o mercado acabaria aceitando como normais gorduras, ineficiências e custos que cada vez têm menos lugar na economia atual.
Portanto, este ano, com um ritmo de crescimento menos acelerado, deve oferecer boas oportunidades para repensar a operação, ver o que está no caminho da eficiência, enxugar custos e aperfeiçoar processos.
Daqui para a frente, a palavra-chave será competitividade, tanto para as montadoras e importadoras quanto para as concessionárias autorizadas. E lógico, para todos os players do mercado de equipamentos de som e acessórios automotivos, desde os varejistas até os fornecedores.
Não, não acredito que o mercado vá regredir, entrar em recessão ou quebrar. Mas, certamente, vai ter de se repensar e reinventar. Vai ter de rever conceitos e se preparar para os novos tempos.
Por quê? Os motivos são muitos. Para começar, um número cada vez maior de marcas e modelos de veículos disputa a preferência do consumidor. São veículos cada vez mais modernos, duráveis, eficientes, tecnologicamente atualizados e bem equipados, que ajudam a fazer com que o consumidor se acostume com um novo padrão e se torne cada vez mais exigente.
Ao mesmo tempo, as garantias cada vez mais longas e abrangentes e os veículos cada vez mais confortáveis, seguros e duráveis devem diminuir a percentagem de proprietários que troca de carro todo ano para ter um carro zerado.
A internet permite pesquisar e comparar preços e atributos fácil e rapidamente. Bem informado, o consumidor já chega às lojas só para fazer um test-drive comparativo e pronto para falar de negócios de igual para igual.
Para ser competitivo é preciso estar alerta, preparado e ser eficiente em cada etapa e aspecto da operação. É preciso reexaminar custos, rotinas, questionar procedimentos. Buscar não deixar gorduras sobrando, amarrar as pontas soltas, evitar os atalhos e as decisões tomadas sem base.
No novo mercado só vai ter sucesso quem for qualificado e estiver bem preparado. Não vai adiantar ficar reclamando ou lembrando da margem de lucro folgada de antes, tem de estar pronto para competir! E competir não só com a loja do lado, mas com o hipermercado, os sites da Internet e por aí vai…
E no mercado de equipamentos de som e acessórios automotivos não deve ser diferente. Quem não se preparar pode perder o bonde para o novo mercado que se desenha para 2015, 2016 e daí em diante.
Crise? Não, oportunidade!
Mas entenda bem: isso não significa em absoluto motivo para botar o pé no freio. O mercado ainda tem muito para crescer: as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste estão se industrializando e desenvolvendo rapidamente e a venda de veículos nelas tem crescido a taxas superiores às da região sudeste e sul.
Embora na congestionada São Paulo a relação seja de dois habitantes por veículo, próxima da registrada nos grandes centros nos Estados Unidos ou na Europa, a média nacional ainda é de 5,2 pessoas por veículo e chega a ser de 8,8 habitantes para cada veículo fora dos grandes centros de consumo.
Isso significa que ainda há muito espaço para a indústria automotiva crescer. Uma eventual andada de lado este ano, portanto, não é sinal de crise ou de retrocesso. Só é indicação de que o nosso modelo de negócio talvez precise ser repensado e discutido.
Este ano temos a oportunidade de fazer uma pausa para a reflexão e de nos prepararmos para o futuro que exige que sejamos mais e mais competitivos. É hora, portanto, de examinar a estratégia, questionar ponto por ponto e talvez repensar o negócio.
Não há motivos para pessimismo, mas há muitos para parar, pensar e planejar o futuro. Leia e releia as matérias que a AutoMOTIVO vem publicando. Por exemplo, a recente matéria sobre as diferenças regionais do mercado automotivo. Que reflexos isso tem no seu negócio?
Ou a sobre o assombroso potencial do mercado de equipamentos para veículos usados, várias vezes maior do que o de carros zero. Em 2013, o mercado de usados cresceu quase 5%,enquanto o mercado de veículos novos praticamente estacionou.
A proporção de automóveis e comerciais leves usados que trocam de mão a cada zero que sai da concessionária vem aumentando. De acordo com a Fenabrave, foram 2,8 em 2013, contra 2,4 em 2012, acompanhando uma tendência que a consultoria alemã Dekra Automotive Solutions afirma que é mundial.
Enquanto as concessionárias autorizadas estão cada vez mais pressionadas, operando com margens cada vez mais reduzidas, no varejo de veículos usados as margens são mais folgadas. Só que as concessionárias e montadoras estão investindo cada vez mais na venda de acessórios, enquanto que as lojas de usados ficam na delas e só vendem veículos, seguros e financiamento.
Será que não existem oportunidades para o seu negócio de um lado ou de outro, se é que não há nos dois? Para vender produtos ou prestar serviços? Quem sabe, até para as duas coisas?
Por: Amadeu Castanho Neto
Fotos: Divulgação
Mistura de perua esportiva com hatch chega a quase 1000cv de potência A primeira aparição…
Potência chega a 800cv e fica mais alta que as antigas versões Lamborghini Urus PHEV…
Rede de concessionários celebrou despedida do Camaro com grupo de colecionadores Camaro Collection em exposição…
SUV muda três anos após seu lançamento mantendo sua motorização 2.0 aspirada flex ou 1.8…
SUV líder no segmento de sete lugares ganha duas novas versões com motor 2.0 turbo…
Evento reunirá proprietários de Camaro na Luchini de Jundiaí O Chevrolet Camaro chegou ao fim…
This website uses cookies.