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Proibição do Som Automotivo

 Como esta questão afeta as competições automotivas?

No último mês de maio, o prefeito da cidade de São Paulo, Fernando Haddad sancionou o projeto de lei que proíbe som alto em veículos parados dentro do município. Mas São Paulo é apenas um dos diversos municípios em que a Lei já vigora.

A legislação que é independente em cada cidade é bastante semelhante em diversos pontos. O exemplo são as restrições que prevêem, como a restrição ao som alto nos carros que estiverem estacionados. Estão entre os proibidos os aparelhos de rádio, televisão, vídeo, CD, DVD, de MPs, Ipods, celulares, além dos alto-falantes e até instrumentos musicais. O que também é comum na legislação é o fato do som estar ‘rolando’ com o carro em movimento, neste caso não há proibição.

De acordo com os projetos aprovados é considerado som alto aquele que atinge 50 decibéis – o equivalente a uma conversa em voz alta numa sala, mas suficiente para acordar alguém em sono profundo. Muitos destes projetos ainda aguardam regulamentação, mas outros já estão em vigor e multando quem coloca o som para tocar em volume alto.

Os responsáveis pelos projetos, afirmam que estes foram medidas que encontraram para acabar com os ‘eventos’ ilegais, como os bailes funks em São Paulo, que serviam como pontos de drogas e para atrapalhar o sossego da comunidade. Já com os eventos legais, nada mudará.

Exceções

De acordo com o projeto em vigor no Ceará, por exemplo, desde que atendidos os limites previstos em legislação sobre o assunto comum a União, estados e municípios, o Poder Público poderá autorizar em dias, locais e horários determinados a utilização da aparelhagem sonora nos seguintes casos:

– Festas religiosas;
– Comemorações oficiais;
– Reuniões desportivas;
– Festejos carnavalescos e juninos;
– Desfiles e passeatas;
– Manifestações políticas, sindicais e culturais.

E isso, parece ocorrer em vários municípios.

O que dizem algumas entidades organizadoras dos Campeonatos Automotivos:

Luiz Henrique Meda (Presidente e fundador da MTM)

“Esta proibição traz mais pontos negativos do que positivos! Mas isso não quer dizer que haverá uma extinção do som automotivo e sim uma readequação. Quem é apaixonado pelo som não vai deixar de gostar, mas terá que se moldar a esta nova fase que esta chegando.

Com relação aos campeonatos de som não vejo nenhum benefício para eles, pois pode parecer que desta forma todos terão de ir aos eventos para poder tocar seu som e com isso os eventos passaram a ter mais carros e mais público, eu garanto que não! Essa legislação causa revolta e a princípio um certo ‘desanimo’, mas como disse a pouco, quem realmente gosta já procura soluções na construção de um bom sistema de qualidade no interior do veículo, ou até a construção de som em Carretilhas (reboque). Como vê o povo brasileiro é muito criativo e com certeza irá encontrar outra forma de se divertir com o som automotivo.

Penso que toda tecnologia desenvolvida na construção de amplificadores e alto-falantes de alta potência agora vão ter uma folga. Os engenheiros e técnicos de fábricas terão que criar novos produtos que chamem a atenção com uma qualidade voltada ao interior do veículo que possa atender também às novas categorias de SQ (Sound Qualidade), a qual a MTM esta disponibilizando aos competidores de suas etapas, embora o grande mercado desta categoria ainda seja a EUROPA.
Para finalizar, nós organizadoras de campeonatos vamos superar mais esta questão.”

 

Mauro Junior (Diretor da Velocidade Máxima)

“Toda proibição que afete um segmento do setor automotivo reflete de forma negativa, pois está afetando diretamente nossos clientes, podendo inclusive desestimular a instalação de som nos carros. Por outro lado, os eventos acabam sendo uma solução, pois em um evento sério onde toda a documentação foi providenciada, acaba sendo um dos poucos lugares onde podemos curtir um som automotivo sem o risco de levarmos multas ou até mesmo ter nossos equipamentos apreendidos.

Então em meio a tanta proibição ao som automotivo, os campeonatos acabam sendo uma espécie de Oasis para quem procura “tocar seu som” tranquilamente.

Precisamos agora, que os governantes, ao invés de só proibir nos dê um apoio, por exemplo, criando áreas onde os eventos possam ser realizados de forma legal e é claro colhendo todos os impostos necessários, pois não podemos fugir de nossas responsabilidades, portanto, a melhor opção é a regulamentação!”

 

 

Denise Andrade

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