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Center Lopes – Tradição e Seriedade a 30 Anos

Uma empresa familiar, de sólida tradição no mercado de Osasco e da Grande São Paulo, que completa 37 anos expandindo seu trabalho para todo o Brasil, atendendo com uma equipe treinada e produtos de qualidade a preços competitivos.

Tudo começou em 1972 – com o sr. Alberto Moreno Lopes – em uma loja de ferramentaria na Rua Santa Ifigênia, no Centro de São Paulo. Em 1976, seu filho Edson muda o negócio para Osasco e foca o comércio em uma loja de caça e pesca (que existe até hoje).

Ele e seus filhos realizaram a transição para o negócio de acessórios, que alavancou o nome Center Lopes para o patamar que hoje ostenta, terminando 2008 como uma das grandes distribuidoras do território nacional e vendo a quarta geração já prestes a assumir a frente da empresa. “Pois é, logo meus filhos estarão aqui”, diz Edson Moreno Lopes Jr., homem da família à frente da Distribuidora. Ele falou um pouco sobre a trajetória da empresa à nossa reportagem. Veja a entrevista:

Como foi a transição do varejo para a distribuição, dentro da estrutura da Center Lopes?
Foi um salto natural, fruto do próprio crescimento do nosso varejo. A medida que a loja foi crescendo, passamos a buscar preço para manter a competitividade, e isso só era possível com a aquisição de grandes volumes de mercadorias junto a nossos fornecedores. Por isso – neste processo de compra alta – nós começamos primeiro a fazer um “atacadinho”, ou seja: preços diferenciados para lojas da nossa cidade e da região oeste. Isso foi crescendo, até que nós percebemos a vantagem de fornecer para outras cidades, outros estados.

E hoje, como se dá a dinâmica dos negócios?
Hoje está completamente separado. Por fornecer para todo o território nacional, tivemos esta preocupação, até para não misturar. Somos fortes no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com um foco também na região oeste da Grande São Paulo.

Interior do estado de SP e Sul…
Sim, mas em menor escala.

Como você vê o mercado, neste momento?
O mercado estava forte, vindo bem por todo 2008, mas com esta crise anunciada nos EUA e na Europa e a grande divulgação pela mídia, o Brasileiro ficou alerta e retraído.

Ela já chegou aqui, no seu entender?
Novembro foi um mês atípico, com redução nas vendas, mas nada alarmante.

Fruto de uma retração genuína, ou só o burburinho que espanta mercado?
Foi muito mais o burburinho. Você sabe como é: a TV – ao invés de estimular o mercado e os negócios – fica falando que a GM está quebrando, os Estados Unidos tão mal, a recessão está aí, e tudo isso deixa o mercado receoso. E aí ninguém oportuniza negócios, pois o receio de fazer dívida e ser pego depois num momento de transição, delicado, é grande…

Então, quem tem, segura…
Isso. Prefere não correr riscos. E a gente perde oportunidades por bobagem. Vira uma bola de neve. Outra coisa é a dependência da venda de carros novos: se há vendas, há movimento nas lojas por acessórios. Da mesma forma, se há queda no desempenho das vendas da rede concessionária, nós também temos uma retração em nosso mercado. Está muito ligado.

Você acha que a tendência de migração do usuário do carro novo – que num momento de crise tende a migrar para o mercado de semi-novos ou então opta pela reforma de seu carro usado – não possa compensar esta perda recente nas vendas?
É complicado. A crise é de crédito. Quem não compra carro, não compra novo nem velho. E também não compra acessórios. E a partir de janeiro tem uma redução forte de movimento…

Vai perder mercado?
A ação natural é de redução de mercado, fruto do começo do ano, fim de Festas, início de férias, também vai se somar uma retração nas ações. Entretanto, houve a redução de IPI, o que já estimulou as vendas de carros 0KM.

E como é que vai ficar?
Não sei, ainda. É um cenário de “pé no freio”, mas que a gente acredita que volte à normalidade em breve.

Vai mudar alguma coisa na forma de atuar da distribuidora ou da loja da Center Lopes?
Não. Nós estamos numa curva ascendente e esperamos manter assim. Buscamos fortes parcerias em 2008 para iniciar o ano mantendo uma trajetória de crescimento, e é isso que projetamos para o ano que se inicia. Queremos deslanchar, já a partir de março.

E como vai acontecer?
Temos algumas novidades: vamos abrir um terceiro pavilhão de estocagem, vamos oferecer novos produtos e entrar com uma linha grande de som dentro da distribuidora (nosso forte sempre foi de acessórios para caminhonetes). Agora, teremos também alto-falantes, amplificadores, aparelhos, um mix de produtos mais amplo na distribuidora.

E como isso se deu?
Veja, só foi possível porque nós buscamos parcerias fortes com grandes marcas, em um acordo de fornecimento direto com fabricantes. Isso garante volume e preço.

Então, para sobreviver, a sua estratégia é ampliar e flexibilizar os negócios, com um mix amplo de som e acessórios?
Sim, correto.

E o mercado? Tem bons fabricantes, é fácil de lidar com as grandes marcas?
É um mercado bom. Nós já temos um expertise com a atuação da loja, onde a gente “mede” o mercado. A partir deste termômetro, nós transferimos a visão para o foco da distribuidora. Sony, Pioneer, nós sempre trabalhamos na loja. E bem.

Na sua visão de varejo, o que o mercado pede mais, nos dias de hoje?

Se eu disser que é uma coisa só, vou estar mentindo. O mercado deu uma “explosão” neste último ano, e um bom exemplo é o DVD player – antes era caríssimo, só para alguns privilegiados. Uma nota preta. Hoje, nós vendemos DVD a preços em torno de mil reais. Barateou muito porque o som cresceu e diversificou demais.

E o mercado quer o quê, hoje?
Hoje, quem encosta o carro na loja pede um som completo. Pede um som top que tenha mp3, saída para IPod, alto-falantes mais potentes, até um amplificador…

E o fabricante que tem uma linha completa, então, sai na frente…
Sim, porque hoje ele com uma linha completa consegue atender a todas as minhas expectativas. Na distribuidora e na loja. E claro, o consumidor é o mais beneficiado.

fabio codellos

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