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Qual a melhor maneira de passar em valetas ou lombadas?

Frequentemente associado ao conforto, por suavizar impactos, o amortecedor é um dos itens essenciais de segurança para o veículo e seus ocupantes. “A peça é responsável pelo desempenho correto da suspensão e mantém o contato permanente dos pneus com o solo, proporcionando estabilidade e boa dirigibilidade nas mais diversas condições de pista. Por essas razões, quando desgastados ou danificados, os amortecedores podem oferecer riscos ao motorista e passageiros, comprometendo a estrutura do automóvel”, explica Juliano Caretta, coordenador de Treinamento Técnico da Monroe, empresa especializada no desenvolvimento e fabricação de amortecedores.

Além de ser de grande importância na segurança, o funcionamento adequado da peça garante a durabilidade de outras, o que reforça a importância da sua revisão periódica.  Apesar das recomendações serem divulgadas constantemente, muitos conceitos errados ainda são propagados.

Um dos maiores mitos sobre o assunto e que merece atenção: passar por lombadas ou valetas na diagonal não ajuda a preservar os componentes. Pelo contrário, faz com que os movimentos torcionais do carro gerem forças laterais na movimentação da suspensão e do amortecedor, ocasionando folgas excessivas, ruídos e até mesmo o travamento total do sistema. Essa prática pode danificar as buchas da suspensão, amortecedores e rolamentos, além de provocar maior torção da carroceria e, consequentemente, empenar o monobloco.

Desgaste

De acordo com testes realizados pela Monroe, amortecedores desgastados aumentam a distância de frenagem do veículo em até 2,6 metros, a uma velocidade de 80 km/h, enquanto um automóvel com equipamento novo aquaplanou apenas após atingir 125 km/h. Dessa maneira, ao passar por uma lâmina de água, o veículo ficará totalmente instável e inseguro, caso o equipamento não esteja em boas condições.

Para garantir a longevidade dos amortecedores, sem causar desconfortos aos passageiros e ao bolso do proprietário, é necessário mantê-los em ordem, para que possam controlar a movimentação das molas de suspensão. As peças devem ser trocados aos pares. Se apenas um dos amortecedores do eixo (dianteiro ou traseiro) é trocado, a eficiência do outro fica comprometida. O desequilíbrio é capaz de prejudicar a dirigibilidade do carro. Sempre que possível, o ideal é substituir os quatro amortecedores em conjunto ou, ao menos, aos pares em cada eixo.

O prazo indicado para a verificação do equipamento é em média de 40 mil quilômetros. No entanto, esse período pode variar de acordo com as condições de uso. Veículos que rodam apenas em rodovias bem pavimentadas tendem a apresentar, por exemplo, menor desgaste do que os que circulam em vias com trânsito intenso ou em pistas esburacadas. Testes realizados pela Monroe demonstraram que um amortecedor se movimenta aproximadamente 2.600 vezes por quilômetro rodado. Fazendo uma projeção de 40.000 km de uso é possível afirmar que a peça se movimentou cerca de 104 milhões de vezes.

Amortecedores inadequados também impactam no conforto do motorista,  pois provocam balanços e trepidações excessivas, além de tornarem as manobras mais difíceis. Avaliações indicam que um amortecedor com 50% de desgaste pode aumentar em 26% o cansaço do motorista, agravando consideravelmente o risco de acidentes.

O balanço excessivo causado por amortecedores ineficientes também produzem oscilações no feixe de luz dos faróis, podendo ofuscar a visão dos motoristas que trafegam no sentido contrário e, consequentemente, provocar graves acidentes.

Alerta

Amortecedores recondicionados não possuem a mesma eficiência de uma peça nova, e a recuperação dos mesmos é uma verdadeira armadilha para o consumidor. Muitas vezes o equipamento recebe apenas uma pintura externa, ou troca de fluído, com óleo totalmente diferente do especificado. A orientação é optar por marcas conceituadas e desconfiar de preços muito baixos.

Denise Andrade

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