O que fazer em nossa empresa nesta hora difícil que estamos passando no Brasil?
Como devemos agir, como indivíduos, como grupos e como empresas?
O que nós, brasileiros simples, ainda empregados, que temos família para sustentar e contas para pagar podemos fazer, de fato, sem sonhos e com os pés no chão, para que nossa empresa não pare de vez, que a engrenagem continue rodando, mesmo com todas as dificuldades que sabemos existir?
Conversando com empresários, empreendedores, funcionários dos mais diversos setores da economia e mesmo servidores públicos, a conclusão a que chegamos é que nesta hora só nos resta a união.
Nos momentos de grande dificuldade temos que reaprender o poder da união, da cooperação, da força de trabalhar em times.
Temos que, muitas vezes, passar por cima de nossas antipatias e simpatias e nos unir com todos os nossos colegas de trabalho para que façamos tudo o que possa ser feito para tentar salvar nossos empregos.
Agora, pois, não é hora de desunião, de discussões estéreis, de jogar contra o próprio time. Agora é hora de colocarmos os pés no chão e seguirmos em frente, apesar de todos os pesares e de nossa revolta com tudo o que está acontecendo no Brasil.
Assim, o que, de fato, podemos fazer é trabalhar duro para não perder clientes.
Para isso temos que cuidar da qualidade de tudo o que fizermos, pois na crise o cliente fica mais seletivo e exigente e dá muito mais valor ao seu pouco dinheiro.
Temos que melhorar ainda mais o nosso atendimento, o nosso pós-venda, a nossa assistência técnica, a nossa agilidade.
Temos que, unidos, pensar criativamente em como fazer alguma diferença de valor para os nossos clientes, ao mesmo tempo em que não podemos aumentar os custos de nossos produtos ou serviços.
E, como membros da sociedade brasileira, temos que exercer nossa cidadania, exigindo dos políticos em quem votamos que promovam as reformas que o Brasil precisa para produzir mais e melhor, gerar mais emprego e renda.
Isso significa fazer uma grande reforma tributária para diminuir impostos, favorecer a produção e a exportação, acabar com
a burocracia pesada e diminuir o tamanho do Estado e o Custo Brasil, favorecendo a iniciativa privada e combatendo a corrupção e os privilégios.
Isto significa votar bem e com consciência e nunca esquecer que voto tem consequências.
Mas até lá – até que tudo isso possa acontecer e dar resultados, só nos resta trabalhar bem para manter nossos empregos, nossa renda e nossa capacidade de sobreviver a mais esta crise, que será mais longa ou mais curta em função de nossa capacidade de nos unir e, juntos, fazer acontecer o quase impossível.
Pense nisso. Sucesso!
O antropólogo e escritor Luiz Marins, mais conhecido como Professor Marins, é um dos mais conhecidos e populares palestrantes e consultores do Brasil e colaborador fixo da AutoMOTIVO. Perguntas relativas ao assunto podem ser encaminhadas poe e-mail para: consultores@revistaautomotivo.com.br