Estamos acostumados com as tabelas que a AutoMOTIVO publica mensalmente com a quantidade e modelos dos veículos novos e usados mais vendidos. Mas e o resto dos veículos existentes, que somados aos novos, constituem a nossa frota circulante?
Com certeza eles significam muitas oportunidades para instalar som e acessórios automotivos. Mas, qual é o tamanho dessa frota? Como é que ela está distribuída pelos estados? E o que é frota circulante e como estudar alguns de seus aspectos pode ser importante para o seu negócio?
Podemos dizer que a frota circulante total é o tamanho do mercado potencial de veículos que podem ser equipados com som e acessórios. O termo circulante é sinônimo de veículos efetivamente em circulação.
O estudo da Empresômetro – Inteligência de Mercado, que serve de base para esta matéria, cruzou números de chassis e placas e considerou como veículos efetivamente em circulação, aqueles que não tiveram débito de mais de 2 anos seguidos de IPVA ou DPVAT, indicação de veículos sucateados ou levados para fora do Brasil.
Ou seja, ao menos em teoria, se existem X automóveis, veículos comerciais leves, caminhões, ônibus ou motocicletas no Brasil todo, esse é o número de veículos desse tipo que podem ser equipados com o equipamento de som ou acessório automotivo que a sua empresa fabrica, importa ou revende.
Embora esse seja o número potencial, o real tende a ser um pouco mais baixo, pois se o veículo for muito antigo ou estiver em mau estado de conservação, pode ser que o proprietário ache que não vale a pena equipá-lo. Ainda assim, isso não deve ser tomado como regra geral, pois já cansamos de ver por aí Gols, Brasílias, Chevettes, Monzas e outros modelos veteranos hiper-equipados.
Apesar de a frota circulante total abranger automóveis, veículos comerciais leves, caminhões, ônibus e motocicletas, desta vez vamos observar de perto só os dois primeiros tipos de veículos, já que são os que aceitam maior variedade de equipamentos de som ou acessórios automotivos.
Analisando como as vendas dos seus produtos se comportam em relação à frota circulante de cada estado pode revelar informações que podem ser úteis para o planejamento de vendas da sua empresa. Se elas não têm uma distribuição proporcional à frota circulante, pode ser uma chance para identificar oportunidades de negócios e de crescimento.
Trocando em miúdos
Analisando a primeira tabela, podemos ver que de 2016 para 2017 o perfil da frota passou por pequenas mudanças. No ano passado, a quantidade de automóveis e de veículos comerciais leves teve um ligeiro aumento, enquanto que, em compensação, as de caminhões, ônibus, micro-ônibus, motocicletas e ciclomotores tiveram ligeira queda.
No que diz respeito à frota de automóveis, que soma 41.249.207 veículos, vemos que o estado de São Paulo é o que concentra a maior frota, seguido por Minas Gerais. Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Goiás, Bahia, Distrito Federal e Pernambuco vêm a seguir, completando a lista dos 10 estados que têm frotas com mais de um milhão de automóveis.
Já no caso da frota de veículos comerciais leves, que totaliza 7.025.115 veículos, São Paulo é o único estado com mais de um milhão de veículos dessa categoria. Minas Gerais, segundo colocado nesse ranking, tem uma frota de 881.484 veículos comerciais leves.
Analisando as tabelas de distribuição percentual da frota por estado, vemos que, no caso dos automóveis, só três estados concentram 52,58% de toda a frota circulante nacional: São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Somando a frota dos três estados seguintes nesse ranking, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Santa Catarina, a concentração chega a impressionantes 74,16%.
No caso dos veículos comerciais leves, já são precisos quatro estados – São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul – para ultrapassar os 50% de concentração da frota circulante. Somando as frotas do Rio de Janeiro e de Santa Catarina, os seis primeiros estados do ranking somam 69,58% do total da frota da categoria.
Texto: Amadeu Castanho Neto
Imagens: Divulgação