Um dos maiores desafios da atualidade é descobrir como vender mais. Atualmente, vender mais deixou de ser uma simples questão de praticar o menor preço, vender parceladamente a juros módicos, ou ainda aplicar economia de escala, vendendo em grandes quantidades com baixa margem de lucro.
No passado, quando a concorrência parecia ser mais “generosa”, ou até mesmo inexistia em determinados segmentos de mercado, era cômodo colocar produtos e serviços para o mercado consumidor.
Com a abertura do mercado brasileiro para o resto do planeta na década de 90, a “música começou a tocar em outro tom”. O empresário brasileiro viu seu “feudo” invadido por novidades, lançamentos e preços desconhecidos por seu até então leal e submisso público.
Para fazer frente a isso, a saída inicial foi adaptar-se a essa avalanche, incorporando “os forasteiros” ao seu cardápio de vendas. Assim, quem tinha maior variedade acabava saindo na dianteira para uma plateia ávida pelas “novidades”.
O tempo foi passando, as empresas foram de uma forma ou de outra se “virando”, montando seus estoques variados, e aí o problema começou a ser o que estava por trás dos bastidores.
Estoques encalhados, promoções forçadas para “desova” do que não se conseguia vender pelos métodos convencionais e o gargalo financeiro foi apertando a “goela” dos que tinham capital de giro encolhido.
E o que fazer agora para vender mais, diante de uma concorrência crescente e “tubarônica”? O que fazer para enfrentar esse momento que chamávamos de crise, palavra que ouvimos por décadas a fio?
Uma coisa sempre foi e será certa: A concorrência cada vez está mais presente, mais forte e crescente dia a dia. Hoje, tudo está ao alcance de todo e qualquer empresário. Basta ter “coragem” e “grana”. Assim pensam muitos…
Só isso é o suficiente para sobreviver nesse mercado voraz, onde a fidelidade da clientela cada vez escasseia mais? Ainda vemos os “gurus” preconizando o reforço do marketing e da propaganda, afinal, obviamente, “quem não é visto não é lembrado”.
O que fazer então para vender mais?
Os “visionários” estão descobrindo, vejam só… A receita? Olhar e cuidar muito bem do seu capital humano…
Mesmo com toda essa tecnologia e abertura global de mercado, estamos voltando aos tempos antigos, quando atenção, gentileza, preocupação com o cliente, sinceridade e, principalmente, vontade de ajudá-lo, eram obrigações e não atributos.
Isso mesmo, atitudes simples, típicas de quem está disposto a resolver no seu balcão o problema do cliente que o procura e, principalmente, ouvi-lo.
É preciso acima de tudo desenvolver o potencial profissional de cada um de seus colaboradores, antigamente chamados de empregados, e que hoje são a “essência” fundamental da empresa.
É preciso entender que a empresa não é apenas sua razão social, seu patrimônio e o quanto é vista e fixada no mercado. A empresa é constituída essencialmente pelas pessoas que nela atuam, desde sua mais simples e valiosa colaboradora de serviços gerais até seu alto escalão, passando principalmente pelos seus “profissionais de vendas”, chamados antigamente de vendedores, ou tiradores de pedidos, e que hoje são peças valiosíssimas no tabuleiro do comércio.
É preciso investir maciçamente em treinamento desse capital humano, preparando-o para realmente “fazer a diferença” diante de seu público consumidor e também de sua concorrência.
Definir metas, estimular a criatividade de cada um, capacitá-los no conhecimento da concorrência, implantar a cultura de retenção de clientes e prepará-los com técnicas “motivacionais” de vendas: isso terá de ser o cardápio principal e indispensável para a sobrevivência das empresas que pretendem permanecer vivas e saudáveis no cenário atual e futuro de um mercado cheio surpresas.
Autor: Wilson Santos – Palestrante, consultor, treinador de pessoas e profissional de vendas. É especializado em técnicas motivacionais de vendas e marketing de vendas.
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