Apresentado pela primeira vez no Salão de Genebra deste ano, o Aston Martin Vulcan vai ser um carro difícil de ver nas ruas, mesmo nos lugares visitados pelos ricos e famosos na Europa, nos Estados Unidos ou no Oriente Médio.
Apesar do visual moderno e agressivo, que certamente agrada a muitos consumidores do mundo todo com caixa suficiente para encarar um Aston Martin de produção limitada, o Vulcan foi projetado especificamente para as pistas.
A proposta da sofisticada montadora inglesa é de produzir uma série limitada a apenas 24 exemplares do Vulcan e, antes de entregá-los, submeter seus proprietários a um amplo e cuidadoso processo de treinamento como pilotos,.
Uma equipe de experts, inclusive experientes pilotos de competição – como Darren Turner, vencedor na sua classe das 24 Horas de Le Mans, ao volante de um Aston Martin –, estará disponível para apoiar os compradores, de modo que eles possam refinar as suas técnicas de pilotagem e aprimorar as suas habilidades através de uma série de aulas práticas e teóricas cuidadosamente desenhada.
Nessas aulas, os felizardos terão à disposição, para praticar, uma série de carros de alta performance da Aston Martin como o Vantage S V12 e o One-77, de rua, e o Vantage GT4, de competição, podendo adquirir experiência e desenvolver suas técnicas de pilotagem antes de começarem a tirar partido do imenso potencial de seus Vulcans.
Vulcan, um concept que funciona
Como um bom concept, a linguagem do design do Vulcan traz hoje muitos elementos que estarão presentes na próxima geração de esportivos da Aston Martin, o que também vale para o belo DBX, que também foi apresentado no Salão de Genebra.
Inteiramente projetado pela equipe de estilo da Aston Martin, chefiada pelo Chief Creative Officer da empresa, Marek Reichman, o Vulcan tem um perfil extremamente limpo e contínuo, começando pela grande entrada de ar bem próxima ao solo, ascendendo delicadamente pelo longo capô e terminando abruptamente numa traseira curta e delicada.
Para-brisas e capota, mesmo pintados de negro, em contraste com a carroceria em British Green, são tão delicados que parecem a continuação lógica e natural da parte dianteira.
No projeto foi utilizado também todo o know-how obtido a partir da extensa atuação da Aston Martins nas pistas de todo o mundo. Assim, o monocoque e a carroceria foram inteiramente produzidos em fibra de carbono, o que permite que o Vulcan tenha uma relação peso-potência melhor dos que os GTEs que competem nas provas do Campeonato Mundial de Endurance da FIA.
Fiel à tradição da fábrica de produzir supercarros de motor dianteiro e tração traseira, para mover o Vulcan os engenheiros da Aston Martin instalaram logo à frente da cabine a versão mais potente de seus motores aspirados, um V-12 a gasolina de 7,0 litros preparado em parceria com a Aston Martin Racing, que desenvolve mais de 800hp.
O pacote técnico ainda inclui, entre outros, caixa de câmbio seqüencial Xtrac de seis marchas, eixo cardam em fibra de carbono, diferencial auto-blocante integral, discos de freio de cerâmica de carbono com pinças Brembo e rodas traseiras 345/30 R19 com pneus de competição Michelin.
Os 24 Vulcans serão vendidos através do programa de vendas VIP da Aston Martin e poderão ser recebidos com uma série de opções de cores e acabamentos oferecidos pelo Q, serviço de personalização sob- medida da montadora.
Como resumiu o CEO da Aston Martin, Dr. Andy Palmer: “O Vulcan é um supercarro raro, um esportivo para verdadeiros amantes de carros esportivos”.
Texto: Amadeu Castanho Neto
Imagens: Divulgação