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Saiba se as vendas de seus equipamentos de som ou acessórios automotivos acompanham as vendas de veículos zero quilômetro.
Todos os meses a AutoMOTIVO publica uma página com o resumo das vendas de veículos novos e também de seminovos e usados no território nacional. Uma das tabelas mostra mês a mês quais foram os 25 automóveis novos mais emplacados e outra lista os dez veículos comerciais leves mais vendidos.
Para fazer um bom planejamento de vendas ou compras, no entanto, é muito importante ter uma ideia mais clara de como essas vendas se distribuem pelas cinco regiões geográficas em que o país está dividido: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
O Brasil está dividido em cinco regiões geográficas: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. A região Norte abrange sete estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará , Rondônia, Roraima e
Tocantins. A Nordeste tem nove estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.
A Centro-Oeste reúne o Distrito Federal e três estados: Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A região Sudeste, quatro estados: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Finalmente, a região Sul abrange três estados: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Analisando os três gráficos abaixo, é possível perceber que a participação de cada região no total de emplacamentos praticamente vai crescendo do Norte para o Sul do Brasil, sendo menor no Norte e maior no Sudeste e no Sul, acompanhando a evolução da renda per capita (veja tabela). É possível observar também que essa participação não é fixa, variando de mês a mês numa mesma região. Do mesmo modo, há diferenças nessa participação conforme o tipo de veículo analisado. Uma região com uma participação de menos de 4% nos emplacamentos de automóveis zero quilômetro pode registrar mais do dobro desse potencial quando se trata de veículos comerciais leves.
Emplacamentos por região
Qualquer que seja o tipo de veículo emplacado, os sete estados que integram a região Norte a tornam a que menos compra automóveis e veículos comerciais leves entre todas as regiões brasileiras. Durante o ano passado, o melhor resultado na participação de vendas de automóveis foi de 4,79% e o de veículos comerciais leves, 8,37%. Logo a seguir vem a região Centro-Oeste. Nela, os melhores resultados em 2016 foram 10,22% dos emplacamentos dos automóveis e 13,46% dos relativos aos veículos comerciais leves.
Fonte: FENABRAVE
O terceiro maior mercado consumidor de veículos automotores do Brasil é a região Nordeste. Ela chegou a representar no ano passado 17,36% dos emplacamentos de automóveis e 13,52% dos de veículos comerciais leves. O segundo maior mercado é a região Sul. Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul têm uma participação bastante estável tanto no emplacamento de automóveis quando no de veículos comerciais leves, não chegando aos dois pontos percentuais ao longo do ano.
Evidentemente, a região Sudeste, que abrange os três estados mais populosos do Brasil – São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro – acaba ficando com a parte do leão, o que é bastante compreensível. Além de reunir os principais polos de atividade industrial e de serviços, o Sudeste engloba 41,9% da população do país, respondendo por 49% do potencial de consumo do Brasil em 2016.
Fonte: FENABRAVE
Emplacamentos e potencial de consumo
Outro referencial importante é o potencial de consumo da população de cada região. Como é possível analisar na planilha ao lado, nem sempre basta analisar o tamanho da população e seu potencial de consumo.
Isso pode ser verificado no caso da região Nordeste: embora tenha a segunda maior população do Brasil (27,60%) e também o índice de potencial de consumo (19,00%), no que diz respeito aos emplacamentos de veículos novos, o Nordeste é o terceiro maior mercado do país, quando pela lógica deveria ser o segundo.
Fonte: FENABRAVE
Em resumo: vale a pena analisar esses dados e usá-los como referenciais no planejamento estratégico da sua empresa. Pode ser eles indiquem o caminho para oportunidades que não estejam sendo devidamente aproveitadas.
Texto: Amadeu Castanho Neto
Imagens: Divulgação
