O modelo atual do Toyota Corolla saiu de linha no Brasil e não é mais produzido na fábrica de Indaiatuba, em São Paulo. Segundo pesquisa feita pelo portal R7, o Corolla da 10ª geração não é mais montado desde o início da semana passada, quando começou a pré-produção do Novo Corolla.
Com poucas unidades ainda em estoque, os concessionários oferessem descontos generosos para liquidar a fatura. O Corolla Altis, por exemplo, é negociado por cerca de R$ 78.000, enquanto seu preço sugerido é de R$ 86.790 — o desconto é de quase R$ 9.000. Já a versão intermediária XEi, uma das mais procuradas, está em promoção em algumas lojas por R$ 70.500 (aproximadamente R$ 7.000 mais barato que os R$ 77.220 oficiais).
Aos que esperam ansiosos a chegada da nova geração do sedã, preparem os bolsos. Segundo alguns dos vendedores o Novo Corolla chegará um pouco mais caro que o modelo atual. A versão mais simples (XLi) será entre R$ 3.000 e R$ 4.000 mais cara, perto dos R$ 66.000, enquanto o Corolla “top” (Altis) terá preço sugerido acima de R$ 90.000 — com pintura metálica, atingirá os R$ 92.000.
Difícil aconselhar alguém a comprar um carro que vai sair de linha — no caso, que já parou de ser produzido. Mas é certo que as revendas Toyota pelo Brasil não terão dificuldade em zerar os estoques. Ao longo da última década, o Corolla conquistou uma clientela bastante fiel por aqui, especialmente por não dar “dor de cabeça” a seus donos, que basicamente fazem as revisões programadas pela fabricante, sem sofrer com imprevistos e sustos.
A confiabilidade é o ponto forte do sedã e deve facilitar a liquidação total do estoque mesmo diante da forte concorrência. Se o líder Honda Civic está à frente como projeto (é mais sofisticado), o velho Corolla tem no momento o custo/benefício que nunca teve em seis anos de mercado — desde março de 2008. E não estamos falando só do preço: se olharmos para o Corolla Altis, por exemplo, há um pacote de equipamentos mais digno dos R$ 78.000 promocionais.
A mecânica, por exemplo, traz o ótimo 2.0 Dual VVT-i flex de 153 cv de potência a 5.800 rpm e 20,7 kgfm de torque disponíveis aos 3.800 giros — que seguirá sob o capô do Novo Corolla. O ponto fraco é o câmbio automático de quatro velocidades, o mais defasado da categoria, que na nova geração será substituído por uma transmissão do tipo CVT (continuamente variável), com simulação de sete marchas.
Se é para comprar o Corolla atual, tenha a consciência de que o Novo Corolla será superior em vários aspectos — só os motores 1.8 (144 cv) e 2.0 flex serão os mesmos. O câmbio manual, por exemplo, passará a ter seis marchas em vez de cinco. No tamanho, a maior diferença se dá no entre-eixos, que no modelo de hoje mede 2,60 metros, mas no de amanhã terá 2,70 m. Não que falte espaço, mas há uma diferença razoável.
Ainda assim, o sedã lançado em 2008 tem atributos inquestionáveis que, certamente, serão mantidos no de 2014. Um deles é o isolamento acústico hiper eficiente, que deixa a cabine sempre silenciosa e tranquila. Outro ponto é a suspensão com balanceamento perfeito para as ruas brasileiras. Estes dois ajustes juntos entregam um nível de conforto acima da média. Some-se a isso os bons motores e a confiabilidade, e o modelo antigo vai bem.
Contudo, a troca de geração será intensa. Muita coisa vai mudar do Corolla de hoje para o de amanhã. Por isso, é recomendável colocar na balança os prós e os contras. A seu favor, o modelo atual está em oferta e traz lista de equipamentos e motores interessantes. Contra, tem projeto defasado, a provável desvalorização (que será maior) e o “buraco” tecnológico em relação ao novo. É de se pensar.
Fonte: R7 Carros