Pesquisa nacional da revista AutoMOTIVO mostra que os distribuidores estão animados com a recuperação nas vendas mas falta de produtos ainda preocupa o setor
Em meio a números macroeconômicos positivos para a recuperação da economia, repentina queda do dólar em mais de 15% e novas notícias sobre o sucesso no combate à pandemia a revista AutoMOTIVO queria ouvir a opinião dos principais distribuidores do setor que atuam no mercado brasileiro. A intenção era compreender a perspectiva destes experientes profissionais que estão entre os fabricantes e os lojistas. “É uma visão real, positiva e ao mesmo tempo cautelosa dos representantes nesta primeira pesquisa que fazemos desde o início da pandemia e que mostra a expectativa por grandes eventos como o ENAN e a recuperação da economia como um todo”, explica Fabio Codellos, diretor da revista AutoMOTIVO e criador do ENAN.
E o que os distribuidores pensam?
Há um sentimento de esperança com a economia do país que luta contra o coronavírus enquanto avança o processo de vacinação. Para 85,7% dos respondentes o comércio vai se recuperar no segundo semestre enquanto 14,3% acreditam que não.
Olhando para o passado 1/3 dos profissionais de venda reportam que as vendas cresceram e a mesma proporção disse que as vendas foram estáveis neste primeiro semestre. Para 28,6% as vendas foram fracas pois os clientes ainda estão com receio de consumir.
Em termos de vendas 85,7% dos representantes afirmam que seus clientes estão funcionando normalmente enquanto 14,3% ainda sofrem com restrições e fechamentos impostos por governadores e prefeitos como medida para evitar a disseminação do coronavírus.
Falta de produtos: uma realidade
Em uma das questões feitas aos profissionais de venda 57% disseram que a falta de produtos de som e acessórios tem prejudicado as vendas quando somente 14,3% disseram que não há problemas de desabastecimento no mercado. 28,6% foram obrigados a trocar de marca e buscar novos fornecedores para continuar trabalhando.
“Ouvimos de muitos profissionais por todo o Brasil que essa questão de falta de chips e semicondutores afetou de forma generalizada o comércio e muitas empresas ainda estão se recuperando. Vemos que o mercado de carros foi afetado ao terceirizar itens elétricos, chips e módulos que já prejudicam a produção de todas as montadoras sem exceção e o mesmo ocorreu no nosso segmento”, alerta Fabio Codellos.
E quanto ao futuro?
A pesquisa também colheu as opiniões dos distribuidores sobre quais serão os produtos de destaque nos próximos meses. Com a mudança de comportamento dos clientes que passam a viajar mais de carro, além da falta de modelos novos no mercado muitos clientes finais buscam equipar a parte interna do veículo e isso se reflete na alta procura por som, processadores, multimídias e alto falantes. Para 47,6% dos representantes estes serão os produtos que mais serão procurados nas lojas.
Da mesma forma os acessórios internos vão se destacar na opinião de 19% dos respondentes. Produtos como soleiras, carregadores rápidos, câmeras HD, câmeras de ré, antenas e pedaleiras devem continuar se destacando no desempenho de vendas.
Na opinião de 14,3% dos distribuidores itens externos como engates, frisos, acabamentos, grades, suportes, películas e antenas serão os produtos de maior destaque nas vendas enquanto para 19% a iluminação seguirá em alta nas lojas com produtos tais como LEDs, lâmpadas super brancas, luzes de cortesia e todas as soluções deste segmento continuarão se destacando.
Como o distribuidor enxerga o consumidor final neste momento?
Para 52,4% o consumidor está gastando com muito critério e busca produtos que ofereçam custo benefício. Para 47,6% o consumidor final ainda está muito cauteloso por conta da crise.
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