A era de chaves simples acabou! Segurança e biometria aliadas para uma nova era automotiva
Desde muitos séculos, a propriedade privada e a garantia de sua inviolabilidade geraram inúmeros itens e tecnologias – desde o cadeado e a tranca com chave até os sistemas de cartões magnéticos com senha pessoal. Porém, entre todas as pesquisas feitas pela ciência, constatou-se que existem somente três formas de identificação pessoal absolutamente impossíveis de serem forjadas: o DNA, a leitura de retina (via laser) e a leitura de digitais, também chamada de biometria digital ou leitura digital biométrica.
Pois esta última forma de identificação pessoal já está acessível e totalmente adaptada ao uso automotivo, tendo inclusive fornecedores em nosso mercado de produtos que utilizam-se do sistema para garantir a inviolabilidade do veículo e sua utilização exclusiva pelo dono do carro.
Sistema inovador – e desenvolvido aqui!
Um sistema tecnológico totalmente adaptado ao uso automotivo – e desenvolvido por aqui – foi o do StartFinger. Ele é um sistema de segurança que só dá a partida mediante a leitura da impressão digital do dono do veículo. De acordo com Aloísio Delfim, do departamento comercial da Finger Tech/Nitgen do Brasil, o sistema memoriza até 50 usuários, com armazenamento de digitais de três dedos, cada pessoa (dois para partida normal e um reservado para casos de emergência – como um assalto, por exemplo).
Se o usuário der partida com o dedo de emergência, o carro só vai andar por 10 minutos, depois o sistema de alimentação é cortado e o veículo para. Já para utilização por terceiros, há a autorização do uso mediante senha.
Como funciona
Com custo bastante acessível (entre R$ 600 e R$ 1.000 no mercado), ele é fácil de instalar. Compatível para veículos de passeio e caminhões, ele funciona em modo stand alone (não necessita estar ligado ao computador de bordo), sendo que todas as operações são realizadas diretamente no aparelho – com o veículo desligado. O aparelho é ligado à bomba de combustível do automóvel, imobilizando-a caso não se faça a verificação das digitais. Para isso, deve-se fazer o cadastramento do usuário-mestre (proprietário ou quem mais frequentemente usa o veículo), sendo que ele é o único que pode incluir e excluir usuários-comuns (como no sistema operacional de um PC), permitindo total controle sobre o uso do veículo. E o que é melhor: sem despesas de manutenção mensal, como nos sistemas de segurança via rastreamento.
Ativação
Para isso, é necessário que o carro esteja desligado. Em seguida, registram-se três dedos diferentes: dois para liberar a ignição e outro para ser utilizado como emergência (botão de pânico), desligando o automóvel 10 minutos depois de ativado. O processo todo é feito rapidamente, e identificado pelo instalador por meio de sinais luminosos: o usuário pressiona o botão central até que a luz verde se acenda -em seguida, aguardam-se 5 segundos para que o sistema reconheça a operação e comece a piscar, indicando que o dedo pode ser posicionado novamente para confirmação da digital; depois, é só repetir o processo para registrar o próximo dedo.
Facilidade
Se a parte da instalação e cadastramento parece mais “chatinha”, é porque se trata do cadastramento das digitais. No dia-a-dia é bem mais simples: você entra no carro, coloca o dedo no sensor, em poucos segundos ele reconhece que você é um usuário cadastrado e libera a ignição. Só isso. O sistema ainda permite registrar outros motoristas como usuários comuns, no máximo de até 50 pessoas. Mas como fazer se você deixar seu carro num estacionamento? Não se preocupe, pois o aparelho possui o “modo manobrista”: você pressiona o sensor por mais tempo, até que uma luz vermelha se acenda e mostre que o veículo está habilitado para que uma pessoa não cadastrada possa utilizá-lo.
Cuidados
Com os dedos engordurados, sujos ou até mesmo com leves cortes, ele tende a não funcionar corretamente – como é alertado no manual que vem com o produto. Mas nesse caso é só limpar a digital ou trocar pelo segundo dedo (entenderam a necessidade de outro?) para o aparelho funcionar corretamente. Porém, vale lembrar: o Startfinger não prescinde do sistema de ignição via chave: a cada uso, você tem de colocar a chave no contato, girá-la e depois fazer a verificação da digital.
Produto importado
Nos EUA, um dos sistemas de leitura biométrica digital adaptada para uso automotivo é o My Secure Touch MSH101. Lançado em 2008, o produto é mais sensível, buscando por dados cruzados como identificação de pulso, pressão sanguínea e temperatura do corpo, bem como identifica os padrões da corrente sanguíunea sob a pele do dedo, em milissegundos – ou seja, não vai ser cortando seu dedo que o ladrão vai conseguir ligar seu carro! Este sistem difere do brasileiro por exigir acesso ao sistema eletrônico de bordo do veículo. E precisa ser instalado embutido ao painel, ao contrário do brasileiro StartFinger.
Bom dia, gostaria de saber se vcs tem algum sistema onde eu posso monitorar o uso do veículo biometrico.
Cadastrar motorista e saber a roda que ele fez?
Reggis, existe sim, são os rastreadores monitorados que se usa em caminhões só não sei se sua aplicação para automóveis.