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Nome respeitado no mercado de equipamentos de som e acessórios automotivos, Luiz Barion começou sua carreira no varejo, mais precisamente atrás de um balcão. Seu primeiro emprego foi na Ger-Som, importante loja especializada em som na rua Santa Efigênia, em São Paulo. “O Gérson, dono da loja, era conhecido do meu pai. Um dia ele precisou de alguém para trabalhar com arquivos Kardex. Depois de um mês lá, virei balconista, pois o ritmo lá era muito forte”, ele conta.
Luiz Barion
“Lá eu tinha contato com os representantes das fábricas de alto-falantes e, depois de um ano trabalhando como balconista, fui convidado para trabalhar como representante da Selenium em São Paulo e na região do Vale do Paraíba. Eu era preposto do representante da Selenium responsável pelo estado de São Paulo. Comecei o meu trabalho pelo Vale do Paraíba e depois cheguei a São Paulo”, continua.
“Era uma época em que a empresa só fabricava um produto (o tweeter), a Bravox dois ou três, e só existiam quatro fabricantes de alto-falantes no Brasil, que praticamente dividiam o mercado entre si. Havia uma empresa que era mais voltada para o segmento musical, outra que focava mais no automotivo, a outra misturava um pouquinho de cada e a Selenium estava no Sul e só tinha um produto, o tweeter. Isso aconteceu em meados dos anos 70, por volta de 1975, 1976, e nessa época, com a boa aceitação do tweeter, a fábrica já queria colocar no mercado um novo modelo de alto-falante”, complementa Barion.
Depois de dois anos trabalhando com a Selenium, ele recebeu um convite para ir trabalhar na Bravox. Nessa época, a empresa resolveu mudar a sua estrutura comercial e ele foi contratado como representante. Sete anos depois, em 1986, Barion já era Gerente Comercial. Ele lembra que essa era uma fase muito importante para o mercado, com a indústria automotiva crescendo muito. A Bravox, que sempre tinha focado principalmente no segmento de som automotivo, era então a principal empresa desse mercado e também exportava para os mercados mais exigentes, como a Alemanha e outros países da Europa, o Canadá, além de vender bastante para outros países da América Latina.
Depois de ficar na Bravox até 2002 e de assumir alguns projetos de consultoria junto a outras fabricantes de alto-falantes, Barion foi trabalhar na Universal Automotive System, como Supervisor de Vendas. Após um ano na empresa, ela comprou a marca Micro de acionadores de vidro e passou a oferecer kits de vidro elétrico para o Brasil todo. Barion destaca o trabalho de assistência técnica, que permitia que o usuário final fosse atendido numa eventual necessidade de reparo em qualquer cidade do Brasil, porque o lojista mais próximo fazia o atendimento, o que resultava em satisfação do cliente final e vendas para o lojista e o distribuidor.
Em seguida, Barion foi para uma empresa importadora, a DSW Automotive, onde foi responsável pela área comercial, estruturando a entrada no segmento de áudio automotivo, no qual ela veio a se tornar uma importante player, com presença nacional. Ele ficou na empresa até 2014, à frente de uma equipe que cuidava de assistência técnica, marketing, promoção de vendas, etc.
Depois de ficar afastado por cerca de 18 meses para tratamento de saúde, Barion voltou ao mercado, aproveitando toda a rede de contatos construída nos muitos anos no mercado para iniciar uma nova fase profissional, desta vez em voo solo, como representante da Dial em São Paulo e para a América Latina. Outro cliente é a Farad, que ele representa para a América Latina. Agora, ele se prepara para ampliar o trabalho de conquista do mercado latino-americano, agregando novas representadas.
Apesar de poder se acomodar, já que “aqui estou em casa, bato em qualquer porta e sou bem recebido”, ele considera que o desafio de ir para o Exterior e abrir novos mercados para os seus representados é muito estimulante.
Barion destaca que o mercado mudou muito desde que começou a sua carreira. “Hoje em dia, em muitos casos, parece que tudo gira em torno do WhatsApp. Estar sempre em contato e atender os clientes rapidamente, sem dúvida, são coisas muito importantes, mas não devem substituir o atendimento pessoal. Relacionamento construído com base em bom atendimento e confiança mútua continua sendo essencial”, finaliza.
Texto: Amadeu Castanho Neto
Imagens: Divulgação
