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Os preços muitas vezes são usados como ferramenta para diferenciar um produto ou serviço dos demais. Isso permite também direciona-lo para um determinado segmento de mercado e muitas vezes, principalmente no caso de preços mais altos, ajuda a conferir ao produto ou serviço um status de exclusivo, refinado, sofisticado.
As sandálias Havaianas são um exemplo de produto que deixou de ser considerado popular e alcançou volumes de vendas estratosféricos e fama mundial quando passou a ser tratado como produto de “griffe” e ganhou um preço bem mais salgado. Claro que por trás dessa “história de Gata Borralheira que vira princesa” há muito mais do que uma simples mudança de preços.
Reposicionando um produto premium
Um comunicado divulgado pela Chrysler americana esta semana ajuda a botar mais tempero na discussão sobre o uso desse tipo de ferramenta de Marketing e o seu resultado nas vendas de um produto.
Para aumentar a competitividade das diversas versões do seu belo Dodge Viper, um agressivo esportivo montado à mão, a montadora reposicionou-os no ano passado, aplicando uma redução de preço de tabela de nada menos de US$15.000 cada um.
Até o ano passado o Viper tinha três modelos, o GTS, o TA e o SRT. Mais tarde foi lançada mais uma versão, a GT. O topo de linha Viper GTS passou de US$122 mil para US$107 mil. O TA passou a custar US$100 mil, o SRT US$84 mil e o GT foi lançado por US$95 mil.
Com isso, as vendas do Viper cresceram 26% nos últimos doze meses, um número impressionante em qualquer mercado e ainda mais significativo no competitivo mercado de veículos esportivos premium dos Estados Unidos.
Lançado em 1992, o modelo custava na época US$50,7 mil, o equivalente a US$86,1 mil em valores corrigidos.
A aparência “invocada” dos Viper é plenamente justificada na hora de botar o pé no acelerador. Embaixo do longo capô está um V-10 de 8,4 litros e nada menos que 645 hp, dotado de um câmbio manual Tremec de seis marchas.
