No terceiro da série de artigos iniciada na edição de maio, continuamos a analisar as respostas dadas pelos participantes da pesquisa feita pela AutoMOTIVO com varejistas de equipamentos de som e acessórios automotivos de todo o Brasil.
O questionário tinha 30 questões abordando diversos aspectos relacionados ao varejo especializado, abrangendo informações sobre as lojas, seus clientes e seu relacionamento com distribuidores e fabricantes, entre outros.
Em função da extensão do conteúdo e do volume de respostas recebidas, optamos por analisar os resultados da pesquisa em artigos separados, focando em cada um apenas um grupo de perguntas e as respostas e comentários feitos pelos varejistas participantes.
Conhecendo os clientes
De acordo com as respostas dadas pelos varejistas, os produtos mais vendidos em suas lojas são os alarmes, seguidos pelos alto-falantes. Amplificadores, players e películas são os três mais mencionados a seguir.
Quando questionados a respeito da proporção entre veículos novos e usados levados pelos clientes para equipar, os respondentes não foram unânimes. As respostas a esse quesito revelam que a proporção varia muito, conforme a loja, a cidade e até o bairro onde ela atua.
Muito embora a maioria das respostas revele uma clara predominância de veículos novos sobre usados, houve casos de proporções equilibradas e até de loja onde só 10% dos carros dos clientes são novos.
Os varejistas responderam que dos veículos atendidos, 29% são Básicos (Gol, Uno, Pálio, Corsa, etc.), 14% Compactos (HB20, New Fiesta, Onix, etc.), 11% Compactos médios (Cruze, City, Punto, Golf, etc.), 12% Médios (Civic, Corolla, Focus, etc.), 7% Grandes (Fusion, Azera, etc.), 4% Importados de luxo (Audi, BMW, Mercedes-Benz, Mini, etc.), 10% SUVs (Ecosport, Duster, Pajero, etc.), 16% Pick-ups pequenas (Strada, Saveiro, Montana, etc.) e 11% Pick-ups grandes (S10, Hilux, Amarok, Ranger, L200, etc.) e 5% Comerciais leves (Ducato, Master, Fiorino, Doblò, etc.).
Segundo os donos de lojas, a maior parte dos clientes faz compras que somam entre R$250 e R$500. Uma parcela um pouco menor gera um ticket entre R$150 e R$200, seguida por um grupo que gasta até R$100 por compra. Embora algumas respostas indiquem gastos de até R$8 mil, as lojas que declaram média de gastos acima de R$1 mil foram minoria entre os resultados da pesquisa.
Quanto ao número de pessoas que trabalham no estabelecimento, as respostam mostram que 23,91% das lojas têm três pessoas, 21,74% duas pessoas, 17,39% quatro pessoas, 10, 87% seis pessoas, enquanto 6,3% dos varejistas participantes revelaram ter de doze a quinze pessoas na equipe.
Presença na Internet
Apesar dos milhões de consumidores presentes na “web” e da sua importância cada vez maior como meio de divulgação e canal de vendas, a presença na Internet ainda não é unanimidade entre os lojistas que participaram da pesquisa da AutoMOTIVO.
Segundo pesquisas recentes, 60% da população brasileira acessa a internet com freqüência através de computadores ou dispositivos móveis, como smartphones, notebooks e tablets. Só os usuários de dispositivos móveis chegam a 42 milhões de brasileiros.
No entanto, no mercado de som e acessórios automotivos, de acordo com as respostas recebidas, menos de metade (48,94%) das lojas têm um site na Internet, enquanto as que ainda não têm presença virtual são 51,06%.
Dos varejistas que responderam ter sites na Internet, só uma minoria já faz vendas através desse canal. A imensa maioria ainda não tem lojas virtuais. Desses, menos de um terço já decidiu criar uma loja na Internet, percentual superado pelos que ainda estão indecisos e pelos que já decidiram que não vão ter lojas virtuais em 2014.
Diversos participantes da pesquisa comentaram suas razões para manterem distância das lojas virtuais. “A Internet é boa para divulgação, mas tem muitas desvantagens em relação a preços”, explicou um. Outro comentou já ter tido uma loja online que não gerou muitos resultados. E um outro, que achava não ter estrutura para isso. “Prefiro vender o produto já instalado, mantendo uma boa margem de lucro e garantindo a qualidade do produto e serviço”, comentou outro lojista. Outro, bateu em tecla semelhante, afirmando que “O forte da minha loja é a prestação de serviço. Na internet é briga por preço e não tenho nenhuma intenção em entrar nessa disputa”.
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Por: Amadeu Castanho Neto
Imagens: Equipe AutoMOTIVO