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Longamente aplaudida, elogiada por todos os participantes e muito comentada no mercado, a palestra proferida pelo Professor Marins durante o jantar de abertura do ENAN 2014 foi baseada em um cuidadoso trabalho de pesquisa, para que ele pudesse conhecer as características e principais necessidades do nosso setor.
Sabedor da insegurança que acaba por ser parte do dia-a-dia dos empresários do nosso mercado, o palestrante fez questão de começar mostrando diversos estudos e artigos que revelam todo o tamanho do mercado brasileiro: segundo o Banco Mundial já somos a sexta maior economia do mundo em 2014, seremos a quinta no próximo ano e a quarta em 2040.
Um país de classe média
E seremos rapidamente um país de classe média. Segundo a Fundação Getúlio Vargas, em 2015 os pobres serão apenas 8% da população e nos próximos cinco anos a projeção é que a classe média passe de 49% para 56,5% da população, enquanto que a soma das classes A, B e C deve abranger 72% de todos os brasileiros.
Além disso, um estudo da empresa Pyxis Ibope Inteligência afirma que, após a forte ascensão das classes D e E para C ocorrida na última década, estamos no meio de um novo movimento de migração semelhante, só que da classe C para a B.
Segundo esse estudo, até o fim de 2015 a classe B deve ser a camada social com maior potencial de consumo, com nada menos que 15,1 milhões de domicílios e R$ 753 bilhões para gastar, ultrapassando a classe C.
Um país, potencial de consumo de vários
Em seguida, Marins passou a examinar o potencial do nosso mercado, comparando os números locais com os de países que muitos de nós invejamos e vemos como de primeiro mundo e como exemplos para nos espelharmos.
Segundo o IBGE, o Brasil tem mais de 190 milhões de habitantes, dos quais mais de 89 milhões têm entre 25 e 59 anos. Esse grupo, no auge da sua capacidade de trabalho, é maior do que toda a população da Alemanha, que é de 81,8 milhões de pessoas, já incluindo crianças e idosos.
Oficialmente, a população economicamente ativa do Brasil é de 108,5 milhões de pessoas. Segundo um estudo de 2008 do IBGE, 62,2% da população brasileira, ou mais de 67 milhões de consumidores, podem ser considerados de classe média. Esse contingente é maior do que a população total da Argentina, Chile e Portugal somadas, ou a toda a população da França, entre outras comparações.
Continuando com dados do IBGE, os mais de 10 milhões de brasileiros que ganham mais de cinco salários mínimos superam a população somada de Noruega e Dinamarca ou de Uruguai, Líbano e Kuwait.
Economias dos estados, maiores que muitos países
Os estados brasileiros também sustentam comparações similares: se São Paulo fosse um país, seria o 17º mais rico entre os 193 países membros da ONU, à frente da Bélgica. A economia do interior do estado, que como país seria a 27ª economia mundial, é maior do que a de toda a Argentina, que é a 31ª.
O Paraná seria a 54ª economia do mundo, maior do que a do Kuwait, e Santa Catarina, a 60ª, superando a Líbia. Já a economia do Rio Grande do Sul é igual à da Nova Zelândia e supera a do Peru. A de Rondônia é maior do que a do Paraguai.
Em resumo, temos muito mercado para conquistar e inúmeros motivos para deixar o pessimismo de lado e continuar acreditando. Como costuma dizer o Professor Marins, “pense nisso”. E continue investindo e trabalhando!
Por: Amadeu Castanho Neto
Fotos: Divulgação e Equipe AM
