Se você é daqueles que se orgulha de pilotar uma máquina detonadora de radares e se incomoda quando algum abusado tem a ousadia de querer ultrapassá-lo, é bom prestar atenção no carro que aparece nestas fotos.
Mais dia, menos dia, um carrão desses vai aparecer no seu retrovisor e quando isso acontecer, é bom que você esteja preparado para a possibilidade de ter que comer poeira. Ou no improvável cenário de você ser o dono de uma supermáquina como uma Ferrari ou uma Lamborghini, para a possibilidade de uma boa disputa.
E como identificar o carrão pelo retrovisor? Em primeiro lugar, pelo tamanho para americano nenhum botar defeito. E depois, pelo logo quattro, logo abaixo das quatro argolas entrelaçadas na grade frontal tipo colméia, situada entre os faróis recortados delineados por LEDs, cujo formato lembra o de olhos entreabertos.
Se você é daqueles que gosta de encarar desafios, talvez seja bom pensar duas vezes antes de resolver disputar lugar com ele. Debaixo do longo capô está um motor V8 dotado de dois turbos que desenvolve nada menos do que 560 cavalos e pode levá-lo a velocidades de até 305km/h.
Disputas à parte, quem sabe não seja melhor você passar numa loja e conhecer o possível rival pessoalmente? Nem bem foi apresentado no Salão de Detroit deste ano, o invocadíssimo Audi RS7 Sportback, versão super-apimentada derivada do Audi A7, está chegando ao Brasil. Segundo a Audi, é o primeiro de uma boa safra de novidades.
Desempenho de superesportivo por preço de carrão
Embora seu preço final deva ficar próximo dos 600 mil reais (o modelo básico custa 113 mil euros na Europa), o que deve limitar suas vendas a menos de uma dúzia de unidades por ano, o RS7 tem atributos capazes de igualar ou superar os de máquinas muito mais caras e badaladas.
Sua potência empata com a de uma Ferrari 458 Itália e deixa para trás a do Porsche Panamera Turbo, só para citar dois exemplos. Apesar do peso de praticamente duas toneladas, seus 3,9 segundos para ir de 0 a 100 km/h empatam com a aceleração de muitos modelos da Ferrari e da Lamborghini.
Até dentro de casa o RS7 faz bonito. Sua potência é superior à do icônico R8 5.2 FSI Plus S tronic quattro, que tem preço de tabela de mais de 900 mil reais. E seu torque é muito superior, apesar de os dois serem bi turbo.
O torque, aliás, é um dos pontos altos deste carrão: impressionantes 71,4 mkgf, disponíveis numa faixa de rotações bastante ampla, entre 1.750 rpm e 5.500 rpm. Isso significa que mesmo com o pé ainda tocando de leve no acelerador, já é possível dispor de toda a potência do motorzão. Um câmbio ZF Tiptronic de oito marchas e a tração integral quattro exclusiva da Audi ajudam a transferir toda essa força para as rodas.
A título de comparação, o torque do RS7 Sportback é maior do que o entregue por uma Ferrari F12 Berlinetta ou por uma Lamborghini Aventador, supermáquinas definitivamente esportivas que custam mais do que quatro vezes mais.
No entanto, é preciso ter em mente que essa comparação não é lá muito justa, já que o novo Audi não é um superesportivo, mas um semi-comportado coupé de cinco portas, criado para transportar confortavelmente quatro adultos.
Linha Audi RS
A linha RS (RennSport ou Racing Sport) da Audi, reúne veículos derivados da sua linha tradicional (designada A ou S, no caso dos carros e Q, no das SUVs) e radicalmente envenenados pela quattro, uma subsidiária da marca que produz seus veículos em uma fábrica própria, localizada em Neckarsulm, na Alemanha.
Essa linha teve origem em uma joint venture entre a Audi e a Porsche, que desenvolveu e produziu a pioneira perua RS2 Avant no período entre 1994 e 1995. Depois disso, a Audi assumiu integralmente o projeto e batizou a divisão com o nome da sua revolucionária tecnologia de tração integral, desenvolvida para o Campeonato Mundial de Rally.
Com 120 funcionários, a quattro tem um papel que corresponde ao das divisões AMG da Mercedes Benz e M da BMW. É dessa fábrica que saem não só os modelos Audi mais potentes e velozes mas também os que oferecem a última palavra em tecnologia.
No caso do RS7, por exemplo, foram incorporados equipamentos tais como o comando COD (“cylinder on demand”) do motor, que detecta quando o motor não está sendo exigido e desativa quatro dos oito cilindros, fechando as suas válvulas até que o motorista volte a acelerar mais forte.
Graças a ele e às outras soluções usadas no veiotão bi turbo, o RS7 contraria todas as expectativas de quem espera que um carro com o seu porte, peso e potência seja uma máquina devoradora de gasolina.
Sua média de consumo é de 9,8 litros para cada 100 quilômetros, ou aproximadamente 10,2 km/l, o que está para lá de bom para um carro de praticamente duas toneladas com um motor de 560 cavalos.
Outro equipamento de ponta incorporado ao RS7 Sportback é o sistema de suspensão Dynamic Ride Control, que utiliza bobinas hidráulicas instaladas junto dos amortecedores montados em diagonal para permitir um ajuste personalizado conforme a velocidade e o estilo de dirigir do motorista.
Equipamentos
Apesar do modelo básico já superar as expectativas da maioria absoluta dos motoristas, por mais metidos a pilotos que sejam, com equipamentos como tração integral quattro, bloqueio do diferencial central, rodas de liga leve de 20 polegadas, aerofólio incorporado à carroceria, ar-condicionado digital com três zonas de regulagem de temperatura, faróis com lâmpadas xenon, avançado sistema multimídia e sistema de som surround Bose, a fábrica vai mais além.
Os compradores ainda contam com uma ampla gama de equipamentos e acessórios para incrementar o seu RS7 Sportback. Por exemplo, três modelos de rodas de liga leve de 21 polegadas, discos de freio de fibra de carbono com pinças em vermelho e um pacote de suspensão esportivo.
Ou duas opções de pacotes de desempenho, que alargam os limites de velocidade máxima permitida. Ou ainda o exclusivo sistema de som Advanced Sound System da dinamarquesa Bang & Olufsen.
Outro destaque é o grande número de opções de equipamentos avançados de segurança, como o display HUD, o assistente de visão noturna que avisa ao detectar pedestres no caminho, aviso de mudança de faixa e aviso de velocidade máxima permitida.
A lista é longa e inclui acabamento personalizado do interior e do exterior. Segundo a fábrica, quem compra um carro produzido pela divisão quattro tem a possibilidade de personalizá-lo até torná-lo tão único quanto as suas impressões digitais.
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Por: Amadeu Castanho Neto
Fotos: Divulgação