Maior octanagem e densidade devem resultar em até 6% de economia no consumo
Conforme antecipou a Petrobras no início do ano, em cumprimento a Resolução 807/20 da ANP (Agência Nacional do Petróleo) a nova gasolina comum começa a ser distribuída aos postos de todo o país nesta semana. Mas o que vai mudar? É possível sentir essa mudança no bolso? A revista AutoMOTIVO ouviu especialistas no assunto. Veja todos os detalhes:
A nova gasolina comum deve ter massa específica mínima de 715 kg/m³ e octanagem mínima de 92 octanas pela metodologia RON. Esta alteração segue um cronograma estabelecido há mais de 30 anos que incluiu a adição de etanol, a remoção do chumbo entre outros aprimoramentos. A gasolina mudou porque os motores dos veículos são hoje mais tecnológicos e dependem de combustível de melhor qualidade para o bom desempenho de mudanças como a inclusão de motores turbinados, de taxa de compressão mais alta e com tecnologias como a injeção direta de gasolina.
Gasolina mais “densa”: a nova gasolina comum deve ter massa específica mínima de 715 kg/m³. Não havia antes uma regra para essa densidade o que levava ao uso de dispersantes e detergentes ou solventes em excesso. A padronização da gasolina facilita a fiscalização e melhora a entrega de combustível para o consumidor. Esta densidade vai melhorar o consumo que será reduzido em até 6%.
A octanagem também mudou sensivelmente. Esse índice é medido por “RONs” e significa a resistência à detonação (queima do combustível). A gasolina comum passa de 87 para 92 e a Premium sobe de 91 para 97. Na prática a gasolina atual comum terá o mesmo índice de octanagem das gasolinas premium como Octapro, Power Racing e Podium. As gasolinas premium por sua vez, terão octanagem comparável ao combustível oferecido na Europa.
Apesar das alterações o percentual de etanol adicionado à gasolina não vai mudar no Brasil: 27% para o combustível comum e aditivado e 25% para o de alta octanagem.
Vale a pena dizer que as novas especificações que entraram em vigor no último dia 02 de agosto ainda tem tolerância até 02 de outubro para que os distribuidores possam se adaptar enquanto os postos ainda podem vender gasolina antiga até 1 de novembro de 2020. No entanto, a Petrobras já está produzindo a gasolina com nova formulação desde julho. Apesar da economia de combustível, distribuidores analisam que o preço da gasolina deve subir entre R$ 0,10 e R$ 0,15 por litro com as mudanças.
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