Com a competitividade cada vez mais acirrada, e com a qualidade dos produtos se tornando cada vez mais nivelada, o mercado tem buscado encontrar formas de se diferenciar aos olhos do consumidor. Uma das maneiras que vem trazendo resultados é investimento do Ponto de Venda.
Quando falamos em modernidade, não se trata de uma abordagem tecnológica, mas de um atendimento moderno, atento ao que acontece em outros setores e com resultados positivos. E as lojas tem se tornado o grande diferencial nesta ‘briga’ pela atenção do consumidor.
Atualmente, tem obtido sucesso quem encara o PDV, não mais como somente um ponto de venda, mas como um ponto de relacionamento, onde a preferência do cliente por preços mais baixos sai de cena e dá espaço à valorização de outros elementos como atendimento, percepção de marca, conforto, qualidade e conveniência.
Não se trata de pegar tudo o que sabemos sobre PDV e jogar no lixo, os elementos tradicionais como preço, promoção, localização estratégica e variedade de produtos adequados continuam sendo muito importantes e primordiais. O que é preciso neste momento é somar outras ações focadas em serviço, como: atendimento de qualidade, customização do espaço e marca, facilidade e inteligência na exposição do produto.
E para que este investimento dê resultado é importantíssimo que indústria e varejo trabalhem em parceria, já que agora a ideia é fazer com que o produto vá ao consumidor e não o contrário, como estamos acostumados. O PDV moderno está mais flexível, ele interage com o consumidor, não aceita mais a ideia estática de antes.
Como o foco é interagir, criar este ambiente de relacionamento, vender não fica mais em primeiro plano nas comunicações. Os verbos – relacionar e identificar – vêm para o primeiro plano. As informações devem tentar fazer uma ligação afetiva do consumidor com a marca, já que qualidade passou a ser obrigação e não mais diferencial.
Em outros setores de entretenimento, como das lojas Fnac, por exemplo, os visitantes (isso mesmo, não são considerados clientes apenas) sentem-se à vontade para experimentar os produtos. O relacionamento com os clientes faz parte do DNA da marca francesa. As lojas são lugares para compartilhar experiências, testar uma câmera fotográfica, ouvir um CD antes de comprar, ler um livro. Isso faz parte da estratégia de marketing de deixar o cliente à vontade, tirando o peso da compra.
Outro exemplo, e dentro do setor automotivo, é o Espaço Citroën Oscar Freire, em São Paulo, inspirado no projeto da marca em Paris, onde a interatividade e o relacionamento são o principal. O espaço oferece inúmeras atrações, como um café, uma boutique e uma ativa área de eventos. “Neste espaço, os visitantes podem vivenciar tudo que é tendência para a Citroën, tudo o que nos inspira”, explica Nivea Ferradosa, diretora de marketing da Citroën do Brasil.
Neste espaços de relacionamento é claro que a venda é o objetivo, mas ela acontece naturalmente, por isso é importante também que o cliente não dependa de vendedores, não que eles não estejam presentes, mas esses funcionários recebem treinamento adequado para se tornar parte deste ambiente moderno.
É preciso encontrar um ponto de equilíbrio para não exagerar na quantidade de informações. Criar um ambiente ideal para que o consumidor encontre as opções que procura, através de materiais e um PDV bem elaborado, o primeiro contato com o consumidor dá-se por um atendimento mudo.
Quanto mais merchandising no PDV, menos a pessoa percebe. É necessário organizar uma loja, uma vitrine de forma a esclarecer mais sobre o produto. E quando necessário, mais detalhes, um trabalho bem feito de treinamento de promotores fará muita diferença.
Por: Denise Andrade
Imagens: Equipe AM