Não é segredo para ninguém que a Volkswagen precisa com urgência de produtos que a ajudem a atrair e conquistar mais consumidores. Ainda não é desta vez que a montadora vai apresentar um substituto à altura do Fusca e do Gol, mas a primeira arma da Volks para tentar mudar o jogo já está pronta para chegar às revendas e promete mexer com o mercado.
O novo Polo e sua versão sedan, o Virtus, que deve começar a ser vendida no primeiro trimestre de 2018, são resultado de um investimento de mais de R$ 2,6 bilhões que a Volkswagen fez no desenvolvimento, testes de certificação e validação do produtos; desenvolvimento local de peças, qualificação de pessoal, ações para o lançamento, bem como a modernização da fábrica Anchieta, a sua mais antiga no Brasil. Esse valor é parte dos R$ 7 bilhões que a Volks prevê investir no Brasil até 2020.
Em comunicado, a montadora afirma que está se preparando para a maior ofensiva de produtos em sua história, com modelos alinhados em linha com o que há de melhor no mundo e trabalha no sentido de ser mais rápida, mais enxuta e mais eficiente.
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A Volkswagen desenvolveu os dois novos modelos sobre a moderna plataforma modular MQB, que também deve ser usada em breve como base para no mínimo dois outros modelos a curto e médio prazo, como o SUV T-Cross e uma pick-up ainda inédita, que deve ser posicionada entre a Saveiro e a Amarok.
Embora não deva ter preços que permitam que venha a se tornar um fenômeno de vendas e substituir o Gol, a sexta geração do Polo promete chegar com muitos atributos para atrair os consumidores de volta para as concessionárias Volkswagen.
As metas da empresa são bastante ambiciosas: segundo David Powels, CEO e Presidente da Volkswagen do Brasil, a empresa pretende que novo Polo esteja entre os cinco modelos mais vendidos no País. Considerando que os dois primeiros colocados do ranking, o Chevrolet Ônix e o Hyundai HB20, têm uma grande diferença em relação aos outros modelos na lista dos “top five” de emplacamentos, se os planos da Volks se concretizarem vai sobrar para o Ford Ka, o Renault Sandero e para o Gol, atual quinto colocado.
Se por um lado isso pode se refletir nas vendas (e lucros) de uma ou mais montadoras, para o mercado de som e acessórios o resultado tende a ser positivo, pois concorrência mais acirrada implica em promoções, congelamento ou redução de preços, séries especiais e muita publicidade, o que pode acabar convencendo mais consumidores a abrir a carteira e comprar um carro novo. E carro novo, por sua vez, mais cedo ou mais tarde acaba pedindo uma passada numa loja de acessórios.
Polo e Virtus
Entre outros atributos, o novo Polo e o Virtus devem seguir o exemplo de concorrentes como o Fiat Argo: design atual e atraente, muitos equipamentos de segurança ativa e passiva, suporte à conectividade, bom aproveitamento de espaço interno, além de motores econômicos e com desempenho, inclusive um turbo-comprimido.
Os dois novos modelos da Volkswagen devem ser os carros Made in Brazil mais próximos do padrão dos seus similares vendidos hoje na Europa. Embora atualmente, graças à farta disponibilidade de modelos importados, os consumidores não precisem mais de modelos nacionais como parâmetro para estabelecer novos padrões de exigência em termos de equipamentos, a extensa rede de concessionárias da Volkswagen e até a marca devem ajudar o Polo e o Virtus a aumentarem os padrões de exigência dos consumidores. E isso, historicamente, na maioria absoluta das vezes, se refletiu positivamente no mercado de equipamentos de som e acessórios automotivos.
Os modelos oferecem sistema de infotainment com tela sensível ao toque de 8 polegadas e espelhamento de smartphones por meio das plataformas Apple CarPlay e Android Auto, além de acionamento por comando de voz ou teclas no volante.
Em resumo, os dois novos modelos da Volkswagen trazem atributos como design moderno, bom espaço interno, farto conteúdo digital, acabamento de nível superior, maior segurança, bons índices de consumo de combustível e motores aperfeiçoados, além de equipamentos como câmbio automático Tiptronic de seis marchas com acionamento por aletas no volante, quatro airbags (frontais e laterais) desde a versão de entrada, controle eletrônico de estabilidade (ESC), detector de fadiga, sistema de frenagem pós-colisão, bloqueio eletrônico do diferencial, controle eletrônico de estabilidade, monitoramento da pressão dos pneus, entre outros.
Tudo leva a crer que a espera dos fãs dos modelos Volkswagen vai valer a pena. Torcemos para que a nova arma da montadora seja um sucesso e ajude a movimentar o mercado!
Texto: Amadeu Castanho Neto
Imagens: Divulgação